TEXTOS EM PORTUGUÊS

ARTIGOS POLITICOS EM PORTUGUÊS

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GLOBAL RESEARCH / MONDIALISATION / EM PORTUGUÊS

FAVOR OBSERVAR QUE TODOS OS ARTIGOS AQUI APRESENTADOS NÃO SÃO DE CARÁCTER TRANSITÓRIO COMO NOTÍCIAS “DO DIA OU DE ÚLTIMA HORA”. OS TEXTOS AQUI APRESENTADOS SÃO DE CARÁCTER MAIS ANALÍTICO E DURADOURO. OS PROBLEMAS LEVANTADOS FORAM RELEVANTES ONTEM, CONTINUAM RELAVANTES HOJE E MUITO PROVAVELMENTE TAMBÉM CONTINUARÃO RELEVANTES PARA UM FUTURO NÃO MUITO LONGÍNQUO. OS PERSONAGENS E OS FACTOS PODEM IR MUDANDO COM O TEMPO, MAS AS ESTRUTURAS SUSTENTANDO OS ACONTECIMENTOS PERMANECEM DE MANEIRA GERAL BEM ESTÁVEIS SENDO COMO SÃO ESTRUTURAS DE LONGA DURAÇÃO.

BASEADO NESSE CARÁCTER MAIS ANALÍTICO E DURADOURO TODAS AS DATAS REFERINDO-SE AOS TEXTOS ABERTOS DOS ARTIGOS APRESENTADOS ABAIXO FORAM REMOVIDAS.

PARA MANTER A ATUALIDADE DOS FACTOS NO CONTEXTO APRESENTADO ESSES ARTIGOS IRÃO SENDO ATUALIZADOS CONTINUAMENTE

NUMA RETROSPECTIVA RELEVANTE:

ANNA – CORRESPONDENTE DE PATRIA LATINA NA EUROPA 2009-2020
ANNA

I

ANNA- ARTIGOS PUBLICADOS EM PATRIA LATINA E/OU PRAVDA EM PORTUGUÊS

II

TRADUÇÕES DA ANNA PARA GLOBAL RESEARCH / MONDIALISATION NUMA RETROSPECTIVA RELEVANTE SEGUEM DEPOIS DOS TEXTOS ABERTOS E EM EXTENSO PUBLICADOS EM PATRIA LATINA E/OU PRAVDA PORTUGUÊS

ARTIGOS POLITICOS

I

TEXTOS ABERTOS E EM EXTENSO PUBLICADOS EM PATRIA LATINABRASIL

E/OU PRAVDA PORTUGUÊS

SANGUE AFEGÃO – ARTIGOS POLITICOS

ENTENDENDO A  IDEIA IMPERIALISTA

Por Anna Malm

A  política intervencionista dos Estados Unidos está mais preocupada em proteger o sistema político-econômico global do que preocupada com seus próprios investimentos específicos. Esse é um ponto central a ser  levado em consideração. Para proteger o sistema político-econômico global estarão dispostos ao que quer que seja, ao que tudo indica.

Os Estados Unidos estão acostumados a atacar e invadir. Os Estados Unidos irão apoiar governos que estejam tentando suprimir movimentos guerrilheiros, como em El Salvador, assim como irão apoiar movimentos guerrilheiros tentando derrubar um governo específico, como em Nicaragua. Algumas vezes apoiam governos ditatoriais e parecem nem saber como soletrar  a palavra democracia.  Outras vezes exigem, armados até os dentes,  que algum presumido “ditador”, talvez eleito por uma maioria esmagadora, como por exemplo Hugo Chavez, entregue seus posto a alguém não eleito mas preferido por eles,  e isso em nome de uma absolutamente  sacrosanta democracia, que dizem defender a própria morte.

Apesar de muitas vezes as suas estratégias apresentarem uma aparência de confusão ou falta de coerência não seria correto afirmar que eles não tenham uma política exterior racional. Não se trata exatamente de uma política exterior estúpida ou confusa.

Há que distinguir entre estupidez e subterfúgio. A política imperialista é muitíssimo  racional. O sistema central de organização é invariavelmente o de fazer o mundo seguro,  não para os povos, mas para as multinacionais e para o mercado livre de acumulação do capital. Quase tudo o que fazem na arena internacional resume-se em última instância a isso.

Quando se entende a consistência da política exterior dos Estados Unidos percebe-se que lá não há idiotia, apesar de muitas vezes quererem se fazer passar por isso mesmo, ou seja idiotas, mas isso quando não querendo se fazer passar por anjos, ou salvadores de todas as pátrias e todos os santos.

Como dito, não há lá idiotia, estupidez ou confusão. Muito pelo contrário. Nem mesmo o mais pálido ou fragil desvio para um nacionalismo econômico,  como por exemplo o demonstrado por Saddam Hussein ou uma política independente, como por exemplo en relação ao preço do petróleo, será tolerado mas sim punido e essa punição, em caso de reincidência ou teimosia será mortal.  A menor tentativa de uma afirmação social ou nacionalista ativa os “salvadores da pátria” a avançarem como sabemos com todas as suas forças que, diga-se de passagem, são apocalípticas.    

O objetivo agora é como sempre foi o de erradicar todo e qualquer traço de um sistema econômico alternativo, de mostrar claramente para que todos entendam bem que nenhum caminho poderá ser tomado que não seja o do mercado livre estipulado por eles e nas condições deles.

As conclusões concretas ou  factuais apresentadas acima foram  todas tiradas e apresentadas por Michael Parenti no seu  abrangente estudo das formas e causas da presente situação internacional em relação ao projeto imperialista.  [1]

Podemos então  ainda acrescentar que os Estados Unidos, com armas apocalípticas, estão decididos a fazer -porque ainda não o fizeram até ao ponto de satisfação própria-  que a miséria e a subjugação de ainda  muitos povos e em muitos países se acelere e aprofunde-se  cada vêz mais, incluindo-se agora a classe média europeia, como claramente se pôde ver no caso da Grécia e Portugal.

Leve-se também em consideração que o atual novo projeto imperialista de empobrecimento é  global.  Esse é um outro ponto importante a se ter em mente, quando analisando o que está acontecendo. O projeto atual de empobrecimento global é um ponto chave na política atual  dos Estados Unidos. Para os analistas informados e neutrais fica claro que isso se deve a situação econômica dos mesmos. Com um débito que levaria qualquer pessoa jurídica a declarar falência e um sistema bancário que nada mais tem a oferecer do que especulações dúbias, avançam com o seu projeto de empobrecimento global e o desmenbramento das nações com alguma possibilidade de apresentar resistência. Esse é o projeto que disfarçam abaixo da atrativa denominação política “GLOBALISMO”. Belamente apresentado, com todos os recursos de Hollywood, assim como outros recursos de suas avaçadas campanhas de propaganda de mercado como se um processo de globalização fosse um novo sabonete ou pasta de dente.    

O projeto de empobrecimento global não é abstrato. É concreto. Abrange o enfraquecimento de nações tornando-se poderosas ao redor do mundo,  assim como o enfraquecimento e empobrecimento da classe média mundial, incluindo-se aqui  a classe média da União Europeia, para já  nem se mencionar a tradicional  classe dos trabalhadores por todo o mundo. A força básica que os impulsiona é garantir o nível dos dividendos quando de sua fragilidade econômica, ou se pode mesmo dizer potencial falência. Força bruta não é força econômica.

O atual projeto de enfraquecimento e empobrecimento globalizado também  abrange os próprios americanos combinado então com uma muita massiva repressão policial, que diga-se de passagem conhecemos de perto. Tudo muito longe de todos os princípios democráticos que dizem respeitar. Os princípios democráticos estabelecidos na própria Constituição americana estão sendo de-facto violados, se não suprimidos totalmente. Temos já um bom caminho andado atrás de nós para o estabelecimento de um Estado Policial,  não só nos Estados Unidos como por todo o mundo, ou seja, a globalização.

Aqui tem-se então que um estado policial é um estado onde uma polícia toda poderosa, na maioria dos casos secreta, mantém a ordem através de um controle ativo e cerrado das pessoas, vigilando tudo, fazendo uso ativo da censura, do emprisionamento arbitrário, das denúncias de uns por outros assim como o uso da tortura indiscriminada ou mesmo afinal, de execuçções extra judiciais. Os indivíduos num tal estado não tem proteção jurídica convencional, ou nem mesmo numa qualquer outra instância equivalente .

Aqui não há acaso nem confusão. O projeto imperialista de hoje exige ainda mais miséria do que a com que estamos habituados. Os Estados Unidos não só tentam destruir os que tentam encontrar caminhos econômicos  independentes dos exigidos por eles, como também tentam manter e ainda aumentar a miséria global assim como a fraqueza da grande  maioria das  nações  e não só das que com eles não se alinham.

Nunca será demais chamar a atenção para o facto que o Irã ocupa, ao que tudo indica as minhas vistas ainda no dia  de hoje,  o 2º lugar na lista das 10 maiores do petróleo. Isso significa que o país é rico e forte.  O Iraque que também era rico e forte está hoje desmembrado, fraco e perdido, mas não para o projeto imperialista, que desde o começo, a mais de 30 anos atrás queria ver era isso mesmo, ou seja, um Iraque impotente.

 Percebe-se aqui que eles além de planejarem  com muita antecedência como nos visa o caso do Irã, também parecem ter uma paciência infinita para esperar os resultados à longo prazo, com nos visa o caso do Iraque. O mesmo panorama  de fragmentação, empobrecimento e fraqueza do Iraque é o que têm em vistas para o Irã.  Podemos tentar pensar um pouco na própria pele e perguntar-nos:- se eles pretendem fazer isso com “o segundo” maior do petróleo, o que não terão em mente em relação a nós?

A Líbia  é como se sabe também um projeto imperialista de destruição, desmembramento e enfraquecimento para fins estratégicos específicos. Sabe se  também que o Irã e a Síria, e muitos mais deveriam de uma maneira ou outra  aliar-se  estratégicamente  com  países que pudessem  fazer que a conquista imperialista saisse  cara demais para eles para poder valer a pena. Compreemde-se que outros países,  mais perto ou mais longe  dos interesses imperialistas também,  deveriam  seguir o mesmo preceito o mais depressa possível,  antes que se torne  tarde demais. Mesmo os que cooperam com os interesses imperialistas não deveriam se sentir muito tranquilos. Uma coisa de que não se pode acusar os Estados Unidos é de fidelidade a  amigos ou a princípios morais. Temos a história para nos informar e servir de guia, caso ainda tenhamos algumas dúvidas a respeito.

Felizmente, ao que tudo indica,  pelo menos alguns já começaram a entender a situação real em que nos encontramos e estão agindo em direção ao caminho certo,  o que somando-se ao débito e a de-facto situação financeira dos EUA, assim como a muito discutável situação do dólar, dá esperanças de não termos de ver ainda muitos Tomahawks, bombas  ou robotos assassinos. Talvez, quem sabe, num futuro não muito distante o fruto caia de maduro, por ele mesmo por assim dizer. Por muito respeito que tenhamos pela cultura americana gostaríamos de não precisar  sentir de perto o cheiro de um Tomahawk ou do famigerado radiativo urânio empobrecido, ou de muitas e muitas outras aberrações da natureza.

Depois dessas observações pessoais voltamos a atenção para como as conclusões de  Michael Parenti foram tiradas. As suas conclusões  foram acima  ressaltadas, apresentadas como referido no ponto [1].    

Para chegar a suas conclusões Michael Parenti tinha se perguntado porque os  Estados Unidos tinham apoiado contra-revoluções na Colômbia, Guatemala e em El Salvador assim também porque tinham invadido Granada e Panamá. Acrescentou que também queria saber o porque do apoio que os Estados Unidos tinham dado às guerras mercenárias contra os governos progressistas da Nicaragua, do Moçambique, da Angola, da Etiópia, do Afeganistão, da Indonésia, do Timor do Leste, do Oeste do Saara, do Sul do Yemen e muitos e muitos outros.

Para responder as perguntas ele partiu da compreensão de que os argumentos que os Estados Unidos tinham apresentado para justificar suas ações sempre tinham sido   falsos,  mas que aquilo não significava que a própria política  que tinha sido posta em prática por eles não tenha tido um sentido lógico.  Muito pelo contrário.  A política  sempre tinha sido muito consistente o que, infelizmente para nós, mas felizmente para eles, sempre lhes tinha trazido muito sucesso.

Chamou a atenção para o fato que a história dos Estados Unidos sempre tinha sido  uma história  de expansionismo, tanto ao que se refere à expansão territorial como quanto ao que se refere à expansão econômica. Declarou que todos os benefícios tinham sido transferidos para a classe empresarial na forma de investimentos e mercados,  fácil acesso aos resursos naturais, mão de obra barata, assim como na forma de uma enorme acumulação de lucros.

Acrescentou que tinha sido o povo americano que tinha pago o custo para o império manter um absolutamente enorme estabelecimento militar. O custo teria sido pago através de impostos, injustos e desproporcionais, que tinham que pagar conquanto sofrendo a perda de empregos, assim como a negligência dos serviços públicos entre muitas outras coisas. Acima de tudo teriam pago essa expansão com  a perda de milhares e milhares de vidas de jovens americanos.

Reconheceu depois que o maior custo tinha mesmo sido pago pelo povo do assim chamado anteriormente “3º Mundo” o qual já tinha e continuará suportando enorme miséria, pilhagem, doenças, desapropriação, exploração, analfabetismo assim como uma imensa destruição de seus países, culturas e vidas.

Michael Parenti ressaltou também que os Estados Unidos tinham entrado relativamente tarde na aventura do colonialismo em relação aos seus companheiros europeus, mas que tinham por outro lado se mostrado como os mais consumados  exponentes  do neo-colonialismo, ou seja, do imperialismo brutal. Diferenciando-se dos europeus, então, pelo facto de que o processo da dominância político-econômica das respectivas  nações  subjugadas – tinha sido mantida sem a possessão direta da terra e dos bens do país  subjugado.

Parenti acrescentou ainda que de modo geral o imperialismo americano tinha se mostrado no mínimo  tão brutal como o da França na Indochina, da Bélgica no Congo, da Espanha na América Latina, de Portugal em Angola, da Itália na Líbia, da Alemanha no Sudoeste da Africa, assim como o da Inglaterra  ao redor do mundo.

Especificou ainda que, não a muito tempo, as forças militares dos Estados Unidos tinham deixado uma destruição abrangente  no Vietnam, no Laos e em Cambodja que de longe vinha a superar  tudo que os antigos colonisadores europeus tinham conseguido deixar atrás de si, o que sabemos não foi pouco.

Concluiu que os EstadosUnidos tinham também deixado um sistema  contra-revolucionário, com  forças de repressão na América Latina e pelo mundo afora, que sustentava um sistema de assassinatos políticos, tortura e repressão sem igual na sua sofisticação  tecnológica, assim como na sua impiedade. Aqui deve-se acrescentar também que isso em grande parte tem que estar relacionado a participação nazista na formação, estruturação e implementação das técnicas da Gestapo e da Wehermacht desde a criação da CIA (1947) e do Pentágono (1949), assim como também em tudo o que nesses aspectos foi realizado pelos acima mencionados nos decenios que se seguiram vindo até os nossos dias, passando pela prisão e execução de Che Guevara (OTAN-NATO-E-O-CHE) até a Ucrânia 2014-2024.

Para maiores entendimentos veja então aqui nesse site mesmo “OTAN-NATO-E-O-CHE assim como “RUSSIA. Quanto a Che Guevara tem-se então para começar que:

Ernesto Che Guevara, nasceu em 14 de junho de 1928 em Rosário, na Argentina e morreu em 9 de outubro de 1967, em La Higuera, Bolívia. Che Guevara, marxista revoluionário, médico, escritor, entre muitas outras coisas.

Klaus Barbie (1913-1991). Depois de ter desempenhado um papel importante no assalto ao gueto de Amesterdão, torna-se chefe da Gestapo em Lyon, onde luta contra a resistência e consegue prender e torturar Jean Moulin. Depois da guerra, ele é procurado pelas Nações Unidas, mas é secretamente alistado pela CIA para criar o Gladio Alemão. Interrogado na Alemanha, foi transferido para a Bolívia em 1951. Ele rapidamente se torna o chefe dos serviços de inteligência bolivianos e o homem forte do país, onde prende e executa Che Guevara.

[KLAUS BARBIE, CONHECIDO COMO O AÇOUGUEIRO DE LYON – GESTAPO]

[OBS! KLAUS BARBIE – GESTAPO IN LYON – WW II – WALKS IN BOLIVIA 1951 QUICKLY BECOMING THE HEAD OF THE BOLIVIAN INTELLIGENCE SERVICES AND THE STRONGMAN OF THE COUNTRY – WHERE HE ARRESTS AND EXECUTES CHE GUEVARA, IN BOLIVIA 1967.]

Quanto a Rússia, ou mais explicitamente quanto a OTAN-NATO tem-se que:

COMO HERDEIROS FASCISTAS NA OTAN E NA UE ESTÃO CONSTRUINDO O “QUARTO REICH NAZI” A OTAN depois da Segunda Guerra Mundial na Europa foi comandada – inclusive ativando a guerra fria – por fascistas das Forças Armadas do Supremo Poder do Reich de Adolfo]Hitler (Defesa, Forças Aéreas, Tanques-Batalhões etc). Hoje em dia a OTAN E A UE, União Europeia, estão lutando contra a Rússia num novo Fronte do Leste ao lado de fascistas e pelas mãos dos nativos fascistas colaboradores [os colaboradores de hoje como de então] sob a direção dos netos dos fascistas/nazistas [de Hitler].

A INTENÇÃO, O FIM SERIA CONSTRUIR  UMA “NOVA ORDEM MUNDIAL” – “O QUARTO REICH” – “O NOVO NORMAL” –  A CUSTO DOS ESLAVOS DO LESTE. FOTOS – Claus Schwab e seu pai Eugenio Wilhelm Schwab, membro do Partido Nazista, servindo no Terceiro Reich e sua “NOVA ORDEM” no papel de diretor da Escher Wyss AG.

Continuando então no forum central desse artigo: Parenti também tinha ressaltado em seu estudo que os cidadãos americanos, pelo fato dos canais de informação de massas terem estado já a muito abaixo do controle  das oligarquias que também desde a muito tinham controlado Washington-Wall Street-Casa Branca-Pentágono, nem saberiam ainda que eles mesmos, os americanos, eram os maiores algozes do mundo.

Acreditariam então, de modo geral, que nos faziam um grande favor dando até mesmo suas vidas para nos salvar. Isso além de ter que pagar, e muito,  em termos sociais para poder manter suas guerras intermináveis que há muito nos tem atormentado, mas que eles sempre viram como o preço a pagar pela nossa salvação.

Podemos achar mesmo muito difícil de acreditar, mas talvez seja a pura verdade. Por outro lado podemos perguntar-nos até onde se consegue que um povo fique completamente as cegas por causa do poder de uma propaganda bem dirigida, ou pelo controle das oligarquias sobre os canais de informação.  

Isso nos introduz ao que Parenti [1] apresentava como a função racional dos mitos, o que ele via como um factor com um poder cultural  muito grande, uma vez que era usado para legitimar as relações sociais existentes. De acordo com Parenti a mitologia intervencionista fazia exatamente isso, ou seja, usava certos mitos para legitimar as existentes relações sociais nos Estados Unidos. Como isso teria sido feito não entendi muito bem, mas é alguma coisa assim. Talvez seja necessário ter mais pormenores para se entender melhor.

Nesse contexto então o mito social deveria ressaltar a comunidade de interesses entre os intervencionistas de Washington e o povo americano. Parenti partia do princípio que o que as elites intervencionistas pretendiam fazer acreditar seria  falso e mentiroso, além de por  a verdadeira questão fora do foco, fora das vistas e fora  das  cogitações dos cidadãos. A questão que deveria estar em foco seria muito simplesmente a de quem teria que pagar e quem iria ganhar com as intervenções dos Estados Unidos.

A isso juntava-se também a questão da suposta tática dos Estados Unidos em apoiar tirania para salvar a democracia. Quanto as elites a coisa era apresentada como se os Estados Unidos não tivessem escolha e que todos seriam mesmo obrigados a colaborar com ditadores e isso porque esses seriam os únicos que estariam dispostos a colaborar para salvar a sacrossanta democracia de males piores.

Uma boa mentira sustentando um outro bom mito. Interessante. Muitos e muitos governos, se não quase todos os  governos sociais progressivos ou mesmo revolucionários quando no poder, por razões de auto-preservação ou por razões econômicas, ou mesmo outras, teriam  tentado aproximar-se amigavelmente dos Estados Unidos. A resposta  dos representantes das oligarquias americanas e diga-se de passagem, também internacionais, teria sempre sido a mesma. Não e mais não. Lá não se conversaria  nem se fariam negócios “com ditadores”. Além de terem rejeitado inúmeras propostas de união cultural ou econômica com governos progressivos, os Estados Unidos, ainda de acordo com Parentis:-

  1. Teriam lançado campanhas de desinformação bem orquestradas com inúmeras críticas aos novos governos progressistas por terem emprisionado os carniceiros, assassinos e ou torturadores dos velhos regimes. No caso dos regimes progressistas terem se estabelecido por formas outras que através da farsa que costumam chamar de sistema político ocidental, as eleições, as críticas dirigir-se-ia a esse facto, ou seja, não houveram eleições. Por outro lado – como se  pôde ver em inúmeras ocasiões e em muitos países e circunstâncias – quando o processo ou o resultado das eleições não lhes favoreceram, mas sim a partidos sociais progressistas, nacionalistas, islamistas, ou outros menos queridos, a história tornava-se outra, como por ex. :
  • Denunciam governos progressistas de serem uma ameaça a paz e a segurança.
  • Criam problemas para esses governos tentando destabilizar o país assim como impor sanções econômicas aos mesmos.
  • Atacariam por mãos de algumas forças “contra-revolucionárias” criadas e sustentadas por eles mesmos. Caso isso não fosse suficiente acabariam  entrando com as próprias tropas  americanas, convencionais, ou contratadas, para terminar o trabalho.

De acordo com Parentis ainda não seria difícil de entender que um país a tratado como acima especificado tentasse unir-se a outros numa tentativa de aumentar dessa maneira sua capacidade de defesa militar numa antecipação das consequências quanto a um ataque, de uma ou de outra forma, financiado, ou feito, pelos Estados Unidos.

Para fortalecer seus mitos as oligarquias que sempre teriam estado atrás do que os Estados Unidos fazem, ou deixam de fazer, tomariam essas providências do país a ser atacado, como prova de que o país em questão era  muito anti-americano e perigoso. Nem seria preciso acrescentar que isso seria então trumpetado pelo mundo afora por todas as emissoras internacionais com suas redes e jornais ou mesmo por outros meios, como por exemplo, os diplomáticos.

Parentis ressaltou ainda que apesar de todas as dificuldades muitos países já teriam conseguido estabelecer governos de movimento social, progressista ou revolucionário. Disse que esses governos  tinham trazido maior liberdade individual e bem estar para o povo através do desenvolvimento das condições de saúde e meios de vida, assim como abrindo possibilidades de emprego e educação. Isso teria sido feito através do encaminhamento dos resursos do país para o desenvolvimento do mesmo, em vez de para o injustificável abuso de muitas das multinacionais e seus primos do sector especulativo.

Muitos governos progressistas tinham tido que lutar com grupos reacionários brutais, assim como tinham tido que acabar com muita exploração perpetrada por iniciativa estrangeira. Teriam mesmo feito isso através do envolvimento de largos setores da população do país, numa ampla tarefa de reconstruir seus países.

Especificou-se que: Os Estados Unidos tinham apoiado e ajudado militares a derrubar governos democráticos na Grécia, Uruguai, Bolívia, Pakistan, Tailândia e Turquia. Tem-se também depois que não seria nenhum alto nível de repressão em governos sociais ou progressivos que punha os Estados Unidos ativos, porque  os mesmos tinham apoiado e ajudado muitos dos maiores carniceiros do mundo como Batista em Cuba, Somoza na Nicaragua, o Shah no Irã, Salazar em Portugal, Marcos nas Filipinas, Pinochet no Chile, Zia in Pakistan, Evren na Turquia e mesmo Pol Pot no Cambodja.

Para os representantes das oligarquias econômicas  não importaria se as mudanças sociais fossem feitas gradual e pacíficamente. Os meios não importariam para eles. O que não aceitavam era os resultados. O problema não seria a violência das  revoluções, mas a mudanças das estruturas sociais. Temeriam o socialismo como nós normalmente tememos a pobreza e a fome.

Uma  Cuba socialista, assim como uma  socialista Coréia do Norte em si mesmas não representaria uma ameaça direta  para a sobrevivência do mundo capitalista. O perigo para a idéia imperialista seria aqui um socialismo abrangendo um certo número crítico de países. Tem-se aqui então que as multinacionais precisam quase do mundo inteiro  para  poder explora-lo convenientemente.

Aqui tem-se então também o novo globalismo nascido da ideia imperialista. É preciso contar com grande parte do globo para que as elites internacionais possam se expandir sem  limitações quanto a fronteiras, credos ou interesses divergentes. Quanto a nós, “deplorables”, é só calar a boca, acreditar, submeter-se e esticar o bracinho para mais uma dose experimental do que só o gato poderia saber de que.   

Notas e referências:

[1] Michael Parenti: “Making the World Safe for Hypocrisy” – From the book “Dirty Truths”, www.globalresearch.ca 

NUMA BOA. BELEZA

A Conquista da Africa: OTAN em Gerra num Terceiro Continente

Por Rick Rozoff

[Um estudo a respeito da guerra contra a Libia e sua repercussão na Africa]*

A Organização do Tratado Atlantico Norte em seu “summit”  em Lisboa-Portugal no ultimo novembro adotou  seu primeiro conceito estratégico para o século 21. Ficou estabelecido que a prioridade é de manter a expansão da Otan  não só como uma força Pan-Europeia, mas também como uma força militar internacional.

Além de subordinar toda a Europa à um sistema interceptor de mísseis dominado pelo EUA, completar o novo Comando Cybernético [rêde de computadores/ realidade virtual/ sistemas mecanicos e eletronicos da engenharia de comunicações] a Otan também empenha-se  em guerras cybernéticas e apaga toda e qualquer distinção entre as funções dela mesma e as funções militares da União Européia. O Otan como único bloco militar do mundo endorsa a guerra de quase dez anos no Afeganistão como sua missão principal e reafirma também o seu envolvimento nas missões em curso nos países da região dos Balkans [Bulgaria, Romenia Iugoslávia, Albania e Macedonia].

Quase todos dos aproximadamente 150.000 soldados estrangeiros no Afeganistão estão atualmente abaixo da  Força de Assistencia à Seguridade International (ISAF na sigla inglesa) chefiada pela Otan. Isaf  também está conduzindo ataques e incursões mortais com helicópteros, gunships e artilheria pesada dentro do vizinho Paquistão.

A guerra no sul da Ásia é o primeiro conflito armado da Otan fora da Europa,  assim também como sua primeira guerra no solo de qualquer país. A sua campanha de bombardeamento aéreo em Bósnia em 1995 e os 78-dias de bombardeio aéreo contra a Iugoslávia em1999,  foram suas primeiras ações militares.

[Lembre-se que a Otan  foi uma organização concebida para os problemas da guerra fria e que apesar de sua enorme capacidade já de então, nunca foi posta à uso, pelo menos não em forma significante. Com a queda da União Soviética em vez de desintegrá-la começaram a usá-la da maneira discutável, e mesmo perigosa que agora presenciamos.]

Na reunião oficial do ano passado apresentaram e reafirmaram a consolidação de associações  com nações que não da Europa e da América do Norte, assim como também relações militares e acordos com mais de 1/3 dos 192 membros das Nações Unidas.

Mecanismos usados para aumentar as operações e a influencia dela no mundo inclui a “Associação para a Paz”, “Diálogo Mediterraneo”,  “ A Initiativa de Cooperação de Istambul”,  “Países em Contacto”,  “A Comissão-Otan- Afeganistão- Paquistão” e o “Conselho Otan-Russia”

Cinco dos sete membros do “Diálogo Mediterraneo”- Algéria, Egito, Mauretania, Marroco e Tunísia-  são Estados Africanos.

Com o Comando “AFRICOM”  os Estados Unidos concluiram sua capacidade operacional no continente africano em 1 de outubro de 2008. O continente inteiro foi posto abaixo do comando militar além-mar  norte-americano, que planeja replicar esse mesmo tipo de arranjamento para a Otan. Egito continua na área de responsabilidade norte-americana denominada Comando “CENTCOM”. [1]

O Comando Africano norte-americano (AFRICOM) assumiu o controle do que agora já vai para 12 dias de guerra  contra a Libia,  através das operações da sua Força de Ações Conjuntas  “Odyssey Dawn”.  A LIBIA é a única nação no Norte da Africa não subordinada ao AFRICOM ou  ao CENTCOM e também sem bandas de obrigações quanto à OTAN [o que aqui queremos ressaltar dado aos acontecimentos atuais].

Com a Otan assumindo o comando direto dos ataques aéreos e de mísseis, do bloqueio naval e outros diversos tipos de assaltos incluindo no solo do país em conjunto com as forças insurgentes anti governamentais, e mais tarde independentemente delas,  a AFRICOM e a OTAN estão sendo absorvidas e fundidas como uma só força militar.

Além dessa integração sem precedentes, dois membros da “Iniciativa de Cooperação

de Istambul” ligados à Otan,  Qatar e os Emirados Arabes Unidos, estão provendo aviões de guerra para a operação “Odyssey Dawn.”  No processo estão então se envolvendo pela primeira vez numa ação conjunta com a OTAN  e a AFRICOM .

Os Emirados Arabes Unidos estão também como outras 48 nações,  contribuindo tropas para a guerra da Otan no Afeganistão assim também como  para Bahrain, outro membro da “Iniciativa de Cooperação de Istambul”. Egito, membro do “Diálogo Mediterraneo” é também uma força, inoficial, contribuindo para a Otan no Afeganistão.

Quando em 28 de março o Presidente Barack Obama mencionava repetidamente que a “comunidade internacional”, os “parceiros internacionais” e a “grande coalisão” estavam conduzindo a guerra contra a Libia ao lado do Pentágono ele só conseguiu mencionar onze aliados envolvidos, ou seja nações como a Inglaterra, França, Canada, Dinamarca, Noruega, Italia, Espanha, Grécia e Turquia… Obama ressaltava também os parceiros Arabes, como Qatar e os Emirados Arabes Unidos…

No entanto, Washington uniu aliados norte-americanos e europeus da Otan com os aliados do Golfo Pérsico para uma guerra na Africa e isso foi o ultimo passo para a solidificação de uma aliança militar internacional abaixo do controle dos EUA.

Além disso os americanos ainda estão completando a construção de uma união Asia-Pacífico-Otan, reenforçando parcerias militares no Golfo Pérsico e no Oriente Médio assim como integrando as ex-Republicas Soviéticas  do Leste da Europa, do Caucaso do Sul e da Asia Central na rede Pentagono-Otan.

As operações militares que começaram abaixo da “Força de Operação Conjunta Odyssey Dawn,”  da AFRICOM,  para serem transmitidas à OTAN,   já incluiram mais de 1.800 saídas aéreas e 214 ataques de mísseis Tomahawks desde que a guerra começou em 19 de março. Isso no momento em que esse artigo foi escrito em 30 de março, sendo hoje já o sete de abril.

A declaração da Otan em Lisboa ressaltou um papel mais significante desempenhado e ainda por  ser desempenhado pelo bloco da Africa. Aqui inclui-se apoio à missão da União Africana na Somália  transportando por via aérea milhares de tropas da Uganda para combater na capital do país,  assim como a operação “Proteção Oceanica,”  a operação naval do “Cabo da Africa” e a operacionalização das “Forças de Reserva Africanas” modeladas através dos moldes das Forças de Resposta da Otan.

Os Estados Unidos usaram a Otan para a guerra contra a Iugoslávia- o primeiro ataque sem provocações anteriores por parte do atacado e o primeiro contra uma nação soberana da Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Também a usaran para  guerras por ar  e terra na Asia, da mesma forma que  agora na Libia, um país do norte da Africa. Nenhuma dessas guerras foram lançadas para defender um membro da Otan ou da chamada Euro-Atlantica área, à qual o bloco militar dá a si mesmo o “Direito de Proteger.”

A Otan do século 21 é uma força global de ataque militar para ser usada em qualquer lugar onde  seus principais estados membros, com os EUA na chefia, escolherem para  usá-la. Nações da Africa, Oriente Médio, Asia, Caucaso e não menos na América Latina assim como o que resta da Europa não subjugada, fazem melhor em anotar cuidadosamente..

*Tradução Anna Malm –

REFERÊNCIAS E NOTAS:

  1. Africa: Global NATO Seeks to Recruit 50 New Military Partners. Stop NATO, February 20, 2011 http://rickrozoff.wordpress.com/2011/ 02/20africa- global- nato- seeks- to- recruit 50- new –military- partners

Stop NATO e-mail list home page with archives and search engine: http://gtoups. yahoo.com/group/stopnato/ messages

Stop NATO website and articles: http://rickrozoff.worldpress.com

A CONSTRUÇÃO SOCIAL E SEUS INIMIGOS

Por Anna Malm

ENGLISH BELOW – AUTOMATIC TRANSLATION

Anunciou-se que o  senado norte-americano havia apresentado suas conclusões a respeito do colapso financeiro de 2008 e que a documentação mostrava claramente como a fraude e a criminalidade abrangia todo o sistema financeiro norte americano, assim também como suas relações com as agências governamentais de supervisão. Especificou-se que a investigação baseava-se no exame de documentos internos dos grande bancos envolvidos, das agencias governamentais de controle e das firmas incumbidas da avaliação formal da capacidade de crédito dos diversos atores no mercado. Declarou-se que estava estabelecido que  o colapso de 2008 devia-se ao uso da fraude e da impostura sistemática por parte dos bancos credores em cumplicidade com as agências encarregadas de avaliar a capacidade de crédito, assim como com as agencias governamentais de contrôle. [1]

Ressaltou-se que o cenário total é o de criminalidade por parte do sistema financeiro em sua totalidade, tendo todos os níveis das agências governamentais servido como cúmplices. A economia do país tinha sido sistemáticamente saqueada. Conhece-se que o resultato foi uma tragédia social para milhões e milhões de pessoas, não só nos Estados Unidos como por todo o mundo. No entanto, esse crime histórico não levou a que nenhum dos envolvidos tivesse que enfrentar a justiça. Nenhum dos responsáveis está em qualquer prisão. Muito pelo contrário, eles estão mais ricos e poderosos que nunca. [1]

Já com a Líbia temos uma história completamente diferente. O “crime” de Muamar Kaddafi está sendo punido pela indignação, mãos, armas e bases dos seguintes atores na arena internacional. [2]

Inglaterra:- 17 aviões de bombardeio tipo “Tornado e Furacão,” assim como aeronaves para reconhecimento,  supervisão e reabastecimento aéreo. Também da Inglaterra vem duas fragatas e um submarino.

França:- 36 aviões de guerra, 20 tipo Mirage e Rafale. Além disso o porta-aviões “Charles de Gaulle” com 10 aviões do tipo Rafale e seis jatos de ataque tipo “Super Etendard”, tudo escortado por duas fragatas assim como por “AWACS” e aviões para reabastecimento aéreo.

Itália:- 16 jatos, o porta-aviões Garibaldi e quatro outros navios, assim como a disponibilidade de bases aéreas e navais.

Canada:- 11 jatos de combate, aviões de  patrulhamento e reabastecimento assim como uma fragata.

Bélgia:- 6 jatos de combate tipo F-16,  assim como um navio para reconhecimento e manejamento de minas.

Holanda:- 7 jatos e um navio.

Turquia:- 7 jatos, cinco navios de guerra e um submarino.

Noruega:- 6 jatos tipo F-16.

Dinamarca:- 6 jatos tipo F-16.

Suécia:- 8 jatos de combate tipo “Gripen”, um avião de transporte e um avião de reconhecimento.

Qatar:- 6 jatos de combate tipo Mirage e dois C-17 aviões de transporte.

Emirados Arabes Unidos:- 6 jatos Mirage,  6 jatos tipo F-16 e um C-17 avião de transporte.

Grécia:- 2 jatos, um helicóptero, um navio e 4 bases.

Bulgária:- uma fragata.

Romania:- uma fragata e o uso de uma base.

Para detalhes veja [2]

Argumentou-se  que  a Líbia está sendo destruida em primeiro lugar por ter demonstrado sua independência quanto ao bloco ocidental e em segundo lugar por ter realizado e desenvolvido uma idéia socialista  específica  para as condições culturais e sociais do país. Kaddafi själv pergunta-se onde no ocidente encontra-se um sistema social tãobom como o da Líbia, com alto nível de atendimento de saúde completamente gratuito, alto nível de subvenção com muitos aspectos completamente gratuitos na área da habitação, assim como um alto nível de amparo e segurança social. Kaddafi também chama a atenção para o facto de que quando representantes da oligarquia ocidental vêem tudo isso,  assim como as modernas rodovias, portos, terminais, aeroportos e o efetivo sistema de irrigação por todo o país,  parecem não ver nada. Mas sempre lá está a pergunta:- E a democracia?  Não temos nada contra a democracia assegura êle, muito pelo contrário, mas a democracia a que eles se referem é uma democracia à americana. Democracia por definição significa govêrno do povo para o povo, mas no caso dos Estados Unidos e do Ocidente, o que está em causa é o governo das elites, para bem de si mesmas, o que em princípio nada tem a ver com Democracia, própriamente dito.  [3]

Muitos podem dizer que é tudo pelo petróleo, mas aqui a situação vai para além do petróleo. É o petróleo mais alguma coisa. Que coisa então? Infelizmente estamos frente ao mesmo fenômeno que teve curso em Cuba 1959,  no Brasil em1964, no Chile em 1973, na Nicaragua em 1979, em El Salvador 1979-80, e nos anos 2000 na Venezuela. Isso só para mencionar-se  alguns na grande lista das  tragédias coletivas desencadeadas pelas mesmos algozes, atores e interesses econômicos liderados pelos norte americanos. A diferença é que agora a história se desenrola na Líbia, um país no norte da Africa.

O crime também continua sendo o mesmo. A tentativa de  construir uma realidade social diferente da exigida pelos interesses econômicos-financeiros do bloco ocidental, que hoje, assim como ontem, continuam sendo os mesmos interesses neoliberais liderados pela Wall Street, realizados através das suas principais ferramentas de trabalho, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.

Com a Líbia o problema aguçou-se porque como um dos mais importantes países da Africa na área da economia, a  Líbia socialista começava a representar uma afronta direta e uma ameaça concreta aos interesses econômicos dos velhos colonisadores França e Inglaterra assim como aos interesses imperialistas americanos. A Líbia socialista poderia então, pensavem eles, arrastar consigo toda a Africa e grande parte do Oriente Médio para fora da esfera de influência colonial-imperialista. A essas alturas, nem as ofertas apresentadas em bandeja de prata, oferecidas aos interesses ocidentais foram suficientes para a Líbia. Lá vieran as bombas devastadoras e todo o desespero que se seguiu. Muamar Gaddafi foi assassinado como tivemos que testemunhar.

Com o senado americano concluindo que o colapso financeiro de 2008 tinha sido uma consequência direta das ações criminosas dos bancos, agencias de avaliação de crédito e agências governamentais de supervisão, e realçando no contexto os  ataques com amunições apocalípticas para devastar a Líbia,  ao apresentado nesse estudo acrescenta-se também uma pequena demonstração do que vai hoje pela mídia internacional independente:-

§ Na Líbia…“A Otan candidamente reconhece seus crimes de guerra anunciando 3438 saidas com 1432 saidas de ataque desde 31 de março.”…  [4]

§ “Novas áreas de conflito armado e  risco para uma multi-regional guerra mundial.” …O que é de central importancia na estratégia da AFRICOM é confrontar a influência chinesa em ascensão no continente africano…  …Liderada pelos Estados Unidos e Inglaterra a Otan está atualmente sendo usada como um esquadrão da morte  com ordens para garantir territórios e recursos para as multinacionais. [5]

§ “Golpe financeiro do século. Confiscando o Capital Econômico da Líbia” A maior soma jamais bloqueada nos Estados Unidos, o dinheiro da Líbia,  dinheiro esse que foi depositado nos bancos americanos, em confiança,  para o futuro da Líbia , agora ao que tudo indica, está servindo como uma injeção de dinheiro vivo na economia degradada dos Estados Unidos e ou alguns dos seus aliados. [6]

REFERENCIAS E NOTAS:

[1] Barry Grey, “Senate Report on Wall Street crash: The criminalization of the American ruling class” (O Relatório do Senado a respeito da Wall Street: A criminalização/criminalidade das elites americanas)  em www.wsws.org  – World Socialis Web Site. (Portal Socialista Internacional)  18 de abril de 2011

[2] Rick Rozoff, http://rickrozoff.worldpress.com/2011/04/03/libyan-war-in-third-week-as-nato-takes-command  

[3] Prof. Leonid Ivashov, Presidente da Academia de Geopolitica, Universidade de Moscou. “ Muamar Kaddafi e o Cinismo do Ocidente” (em tradução livre do russo). Publicado em www.fonds.ru/2011/04/25muammar-kaddafi-i-cinizm-zapada.html

Strategic Culture Foundation- Online Journal – www.strategic-culture.org/   

[4] 2011-04-24  Global Research em  www.globalresearch.ca

[5] Patrick Henningsen (Managing Editor of 21st Century Wire) em www.globalresearch.ca

[6] Manlio Dinucci 20011-04-24 “Financial Heist of the Century: Confiscating Libya´s Sovereign Wealth Funds (SWF) (Confiscando o Capital Econômico da Líbia) em www.globalresearch.ca

Anna Malm – Correspondente de Patria Latina na Europa

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SOCIAL CONSTRUCTION AND ITS ENEMIES

By Anna Malm

AUTOMATIC TRANSLATION –

It was announced that the U.S. Senate had presented its findings regarding the 2008 financial meltdown and that the documentation clearly showed how fraud and criminality encompassed the entire U.S. financial system, as well as its relationships with government oversight agencies. It was specified that the investigation was based on the examination of internal documents of the large banks involved, the government control agencies and the firms in charge of the formal assessment of the creditworthiness of the various players in the market. It was stated that it was established that the collapse of 2008 was due to the use of fraud and systematic imposture by creditor banks in complicity with the agencies in charge of assessing creditworthiness, as well as with government control agencies. [1]

It was emphasized that the total scenario is that of criminality on the part of the financial system in its entirety, with all levels of government agencies serving as accomplices. The country’s economy had been systematically plundered. It is known that the result was a social tragedy for millions and millions of people, not only in the United States but all over the world. However, this historical crime did not lead to any of those involved having to face justice. None of those responsible are in any jail. On the contrary, they are richer and more powerful than ever. [1]

It was a completely different story with Libya. The ”crime” of Muammar Gaddafi was punished by the indignation, hands, weapons and bases of the following actors in the international arena: [2]

England: – 17 bombing aircraft “Tornado and Hurricane, ” as well as aircraft for reconnaissance, supervision and aerial refueling. Also from England come two frigates and a submarine.

France: – 36 warplanes, 20 Type Mirage and Rafale. In addition, the aircraft carrier “Charles de Gaulle” with 10 Rafale aircraft and six attack jets type “Super Etendard”, all escorted by two frigates as well as “AWACS” and aircraft for aerial refueling.

Italy: – 16 jets, the aircraft carrier Garibaldi and four other ships, as well as the availability of air and naval bases.

Canada: – 11 fighter jets, patrol and refueling aircraft as well as a frigate.

Belgium: – 6 F-16 fighter jets, as well as a ship for reconnaissance and mine management.

Netherlands: – 7 Jets and one ship.

Turkey: – 7 Jets, five warships and one submarine.

Norway: – 6 F-16 type jets.

Denmark: – 6 F-16 jets.

Sweden: – 8 fighter jets type “Gripen”, a transport plane and a reconnaissance plane.

Qatar: – 6 Mirage fighter jets and two C-17 transport aircraft.

United Arab Emirates: – 6 Mirage jets, 6 F-16 type jets and one C-17 transport plane.

Greece: – 2 Jets, a helicopter, a ship and 4 bases.

Bulgaria: – a frigate.

Romania: – a frigate and the use of a base.

For details see [2]

It was argued that Libya is being destroyed firstly for having demonstrated its independence from the Western bloc, and secondly for having realized and developed a socialist idea specific to the cultural and social conditions of the country. Gaddafi själv wondered where in the West one finds a social system as good as Libya’s was, with a high level of completely free health care, a high level of subsidy with many completely free aspects in the area of housing, as well as a high level of welfare and social Security. Gaddafi also called attention to the fact that when representatives of the Western oligarchy see all this, as well as modern highways, ports, terminals, airports and the effective irrigation system throughout the country, they seem to see nothing always togetherwith the question: What about democracy? We have nothing against democracy, says Gaddafi. Quite the contrary, but the democracy they are referring to is an American Democracy. Democracy by definition means government of the people for the people, but in the case of the United States and the West, what is at stake is the government of the elites, for their own good, which in principle has nothing to do with democracy, per se. [3]

Many may say that it’s all about oil, but here the situation goes beyond oil. Oil plus something else. What then? Unfortunately we are facing the same phenomenon that took place in Cuba 1959, in Brazil in 1964, in Chile in 1973, in Nicaragua in 1979, in El Salvador 1979-80, and in the 2000s in Venezuela. This just to mention a few in the great list of collective tragedies unleashed by the same tormentors, actors and economic interests led by the Americans. The difference is that now, the story unfolds in Libya, a country in North Africa, not in Latin America.

The crime also remains the same. The attempt to build a social reality, different from that demanded by the economic-financial interests of the Western bloc, which today, as well as yesterday, remain the same neoliberal interests led by Wall Street, carried out through its main working tools, the International Monetary Fund and the World Bank.

With Libya the problem became acute because as one of the most important countries in Africa, in the area of economy, socialist Libya began to represent a direct affront and a concrete threat to the economic interests of the old colonizers France and England, as well as to American imperialist interests. Socialist Libya could then, they thought, drag all of Africa and much of the Middle East out of the colonial-imperialist sphere of influence. At this point, even the silver platter offers to Western interests were not enough for Libya. There came the devastating bombs and all the despair that followed. Muammar Gaddafi was murdered as we all had to witness.

With the U.S. Senate concluding that the 2008 financial meltdown was a direct consequence of the criminal actions of banks, credit rating agencies, and government oversight agencies, we also have here the following.

In Libya … ” NATO candidly acknowledges its war crimes by announcing 3,438 sorties with 1,432 strike sorties since March 31.”… [4]

§ “New areas of armed conflict and risk for a multi-regional world war.”…What is of central importance then in AFRICOM’s strategy is to confront the rising Chinese influence on the African continent … … led by the United States and Britain, NATO is currently being used as a death squad, with orders to secure territories and resources for the multinationals. [5]

§ “The Financial coup of the century. The largest sum ever blocked in the United States, Libyan money, money that has been deposited in American banks in trust for Libya’s future, is now apparently serving as an injection of hard cash into the degraded economy of the United States and some of its allies. [6]

REFERENCES AND NOTES:

[1] Barry Grey, “Senate Report on Wall Street crash: the criminalization of the American ruling class” in http://www.wsws.org -World Socialis Web Site. (International Socialist Portal) April 18, 2011

[2] Rick Rozoff, http://rickrozoff.worldpress.com/2011/04/03/libyan-war-in-third-week-as-nato-takes-command

[3] Prof. Leonid Ivashov, President of the Academy of geopolitics, Moscow University. “Muammar Gaddafi and the cynicism of the West” (in free translation from Russian). Published in http://www.fonds.ru/2011/04/25muammar-kaddafi-i-cinizm-zapada.html

Strategic Culture Foundation-Online Journal – http://www.strategic-culture.org/

[4] 2011-04-24 Global Research in http://www.globalresearch.ca

[5] Patrick Henningsen (Managing Editor of 21st Century Wire) in http://www.globalresearch.ca

[6] Manlio Dinucci 20011-04-24 ” Financial Heist of the Century: Confiscating Libya’s Sovereign Wealth Funds (SWF) in http://www.globalresearch.ca

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A GUERRA PELO DINHEIRO – MAIS CONHECIDA COMO GUERRA AO TERRORISMO

Por Anna Malm

Combater terrorismo? Sem dúvida, mas dentro dos limites das juridições policiais. Em cooperação? De certeza, mas é preciso estar de olhos abertos e cérebros no alerta porque o que se esconde por baixo da respeitável fachada da idéia de estar contra o terrorismo em forma despersonificada é realmente uma emaranhada internacional para suster um quadro de poder conquanto em busca do dinheirocobiçado. No meio tempo essa emaranhada internacional avança suas posições militares,  posições essas que pretendem manter,  mesmo que não haja nenhum terrorista à vista.

 Isso é assim porque o que interessa não são os terroristas mas as posições militares que possam assegurar baseados no pretexto dos terroristas que estão em tudo e por tudo, sobretudo dentro dos barris de óleo e dos bujões de gás. Pior ainda fica se os terroristas estiverem literalmente pisando no ouro que tem abaixo dos  pés, nas reservas geológicas, que como no caso do Afeganistão, são como que  incontávies.  Isso para se mencionar só o ouro e não se insistir nas reservas de gás, petróleo ou outros minerais de alto valor tecnológico que também lá estão, de longa data. Condições e  reservas essas que são conhecidas pelos americanos desde os anos oitenta através das pesquisas da União Soviética o que  em 2000 puderam  verificar por conta própria através das suas próprias pesquisas geológicas.  Por motivos indecifráveis,  apresentam o conhecimento dessas riquezas e reservas como uma surprêsa muito grande, uma notícia  que se lhes foi  dada muito recentemente,  depois  de lá já estarem à muito. Imagine! No valor de trilhões e trilhões de dólares dizem-nos.  Quem diria!  Surpreendente!.. É, muito surpreendente mesmo.

Suponha se que por mal dos pecados não se tenha nenhum terrorista para contar a história. O que fazem eles?  Eles muito simplesmente  o constroem. Já o fizeram inúmeras vêzes,  o que em muitos casos específicos reconheceram oficialmente. Ataques com as chamadas “falsas bandeiras”. Assaltam, matam e destroem conquanto jogando a culpa e construindo falsas evidências para apontar “o terrorista.” Depois é só invadir e aos poucos desfrutar os frutos da sua conquista. Quanto à isso Cuba que o diga,  que até hoje sofre os efeitos dessas políticas criminosas.

Há inúmeras questões sem respostas quanto ao ataque terrorista de 9/11, respostas essas que muitos gostariam de ter. Seja como fôr, evidências de culpas criminosas específicas nunca foram apresentadas,  mas uma guerra ilegal, pois é uma guerra ilegal dentro de todos os padrões internacionais,  se iniciou contra o Afeganistão, contra os Talibãs e contra os “terroristas.”  Partiram e agiram muito simplesmente por suposições de culpa. Por suposição iniciaram uma guerra que já hoje dura nove anos e não se sabe quantos mortos acarretou.

Diga se de passagem, Osama bin Laden que é o suspeito de ter planejado o ataque, não é do Afeganistão. Nenhum dos dito terroristas do ataque de 9/11 eram do Afeganistão. Digo dito terroristas porque há muitas e muitas perguntas quanto aos reais perpetradores do ataque e pelos vistos nem sombras de evidências concretas. As evidências que tentaram apresentar quanto aos supostos  perpetradores do ato terrorístico, parecem ter sido tão ridículas que ao que parece acharam melhor nem apresentá-las.

O que de facto se sabe é que Bush exigiu do Afeganistão que se lhes entregassem Osama bin Laden.  Os representantes do Afeganistão não se opuseram à possibilidade, mas pediram provas ou evidências de que Osama bin Laden era o responsável pelo ataque. Se as provas ou pelo menos uma sequência de indícios a isso apontasse entregariam Osama bin Laden. Bush negou se. Aqui näo se dá provas a coisa nenhuma. Entreguem me o homem e isso é mais é já. Se não,  já sabem o que acontece e até nós já sabemos o que aconteceu.

O que já não se sabe com tanta certeza é o que continua acontecendo agora que já lá estão. Êles não estão só matando e morrendo. Estão também ganhando terreno que pretendem manter. Como fazem?  Bom, quanto mais atrocidades cometem, melhor para êles. Atrocidades garantem reações desesperadas. Quanto mais desesperadas,  mais violentas e quanto mais violentas, melhor para êles. Tá ai. Não disse? São uns terroristas que precisam ser contidos através da nossa boa vontade e ajuda. Fogo neles. Aqui ainda se tem que trabalhar e é muito para pôr fim a êsses terroristas. Portanto, mais crianças, mais idosos, mais festas, mais enterros, tudo abaixo de fogo. Aqui se ficará livre de terroristas. Quem viu seu pai, sua mãe, seus irmãos ou seus filhos despedaçados acabará por explodir como uma bomba humana e isso é exatamente o que se espera deles. Porque quando explodirem de desespêro  estarão dando razões para novos ataques ferozes das forças da hegemonia ocidental. A dita civilizada.

 Parece incrível, mas ao que tudo indiga é a pura verdade. Ao que tudo indica essa tática está sendo usada não só no Afeganistão. Essa tática parece estar sendo usada de maniera generalizada através do globo. Essa tática garante que a presença militar seja assegurada para muitos e muitos anos. Para que não se lhes falte motivos para maiores atividades trabalham para semear  novos conflitos e discórdias nas regiões vizinhas, mesmo se para isso tiverem que contratar diversos grupos terroristas, como comprovadamente já o fizeram em muitas ocasiões.  O que se tem  em mente em vista ao futuro  é um contrôle econômico-militar total.  Esse contrôle estratégico total pensam conseguir através da chamada  guerra contra o terrorismo. Para assegurar que tudo correrá bem contratam terroristas de diferentes organizações para  assegurar que terroristas não se lhes faltem

Se não há conflito o incitam e o  mantem vivo pela maneira indicada acima e isso  para a alegria e satisfação do complexo industrial militar e a todos a êles associados. Não há nenhuma indignação por parte de nenhum  dêles? Pelo que eu pessoalmente pude observar essa indignação só se mostra quando algum dos atacados reage à altura. Para nós que conhecemos a história do Brasil, do Chile, da Argentina, do Uruguai, de Cuba, de El Salvador, de Guatemala, da Nicarágua, da Bolívia, do Vietnam, do Iraque, de Gaza, da Líbya e muitas e muitas outras não se nos apresentam muitas dúvidas à respeito do que são capazes para manter seus interesses econômicos.  

Além do acima apresentado tome se cuidado e arregale-se bem os olhos e abram se bem os ouvidos quando se ver ou se ouvir falar de:

Situações caóticas ou de caos generalizado. De caóticas essas situações deverão ter é muito pouco ou nada,  porque estão sendo planejadas minunciosamente de antemão para fins políticos determinados, ou seja, intervenção repressiva em massa. Note se por favor que não estamos falando dos anos sessenta ou setenta, mas de 2010. De fontes seguras se sabe que a idéia está na agenda de gente muito poderosa, gente essa nem de todo desconhecida por nós mesmos.

Crises econômicas exigindo medidas dracônicas.  No final sempre se verá que de espontâneas essas crises também não tem é nada. Já é de conhecimento geral que os conglomerados especulativos lançam guerras econômicas contra países para fins econômicos específicos. O que se pode acrescentar é que essas manipulações também estão agendadas para fins socias de aspecto político-militar.

Guerras. Tenha se certeza. Não são guerras ao terror. São guerras de terror para avanço militar com fins sociais de natureza  político-econômica. As táticas usadas foram apresentadas acima.

Fique se em estado de alerta quando êsses três pontos destacados, ou seja, cáos generalizado, crises econômicas exigindo medidas dracônicas ou guerras,  se  apresentarem exigindo medidas extras de segurança ou de abstinência no setor econômico. Êsses três pontos são três instrumentos na agenda das elites internacionais – leia se a dita hegemonia ocidental,  para se manter no poder quando o descontetamento social e mais que tudo,  a atividade político-social no mundo esteja a caminho de um ápice. Êsses três pontos são os instrumentos principais que as elites internacionais trabalhando em conjunto já prepararam de antemão em vista dos desenvolvimentos internacionais. Revolta popular internacional frente aos seus abusos é esperada. Isso é esperado por elas e medidas de contenção já estão  preparadas,  medidas essas que devem ser ativadas baseadas nas situações apresentadas acima, como por ex. caos generalizado, que pode mesmo ser instigado ou ativado pelos próprios interesses político econômicos para precipitar os acontecimentos.  Se novas medidas ou pretestos forem contemplados faremos o nosso melhor para nos pôr  à par e comunicar à galera.   

Observe se que hoje em dia a comunicação internacional entre os diversos interesses  das elites nacionais ou  internacionais não se faz através de instituições internacionais oficiais reconhecidas para tal, mas em sistema de redes de comunicação informal, networks, divididas e caracterizada por setores. Temos por exemplo o setor econômico internacional, os devidos  setores militares nacionais ou  agregados assim como os setores  políticos com todas as suas divisões e sub-divisões como por exemplo tribunais, conselhos, câmaras, agências reguladoras e executivas e mesmo setores de legislação. Do nacional ao internacional numa miríade de setores, o plano internacional se emaranha e não há quem possa mantê-los à parte para maiores investigações. Uma coisa é certa. Todos acham o seu caminho, porque já há muito estão sincronizados e trabalhando em conjunto.

No entanto,  nós também temos uma arma poderosa que ao meu ver se chama informação, ou seja, comunicação em massa. Essa comunicação hoje em dia se faz pela mídia digital. Não foi por nada que uma das primeiras medidas tomadas pelos israelenses atacando a flotilha de Gaza foi o total isolamento das comunicações digitais do barco atacado por êles. Isso o fizeram porque compreendem o poder explosivo dessa comunicação.

Mas como não estamos em guerra ou em estado de sítio ainda podemos nos comunicar no dia a dia.  Não é para menos que todos os orgãos militares dígnos do nome queiram se apoderar e ter controle do que se passa na internete e portanto das nossas vidas particulares e da nossa maneira de pensar e agir. Como se sabe, de certeza,  porque aqui na Europa até se tem leis específicas para tanto, se guardam  todos os dados a nosso respeito no que se refere as nossas vidas digitais no computador. Com quem falamos, o que falamos, quando, como, onde e porque. Pode parecer paranóia mas não é.

São os chamados sociogramas, ou seja, um quadro dos nossos hábitos de comunicação que as devidas autoridades guardam e compartilham entre si internacionalmente. Por exemplo, se eu moro na Alemanha e visito alguns sites interessantes na internete posso ter certeza que o conhecimento dêsse evento muito interessante será distribuido pelo menos às autoridades americanas e inglêsas, se não cair nas mãos das autoridades francesas e baixar na mão dos israelenses e porque não  fazer o serviço completo e já dar de vêz para a OTAN?   

Quem se comunica com quem e para que. Lá isso acham que é um assunto de alto interêsse militar e não há porque estranhar se se entender que o fim que tem em mente é contenção social conquando que seus abusos se tornam mais e mais repugnantes na esfera internacional. E que se tenha certeza. Êles mesmos compreendem o quão repugnante tudo é  e portanto o que devem esperar como resultado de suas ações.

Portanto, toda calma e frieza é pouca. Que não se lhes dê a oportunidade de meter o pau. Êles cairão por conta própria. Nós só teremos que mostrar abertamente o que fazem  às escondidas, atrás de portas fechadas, longe dos nossos olhos e ouvidos.  Mas no final não adianta muito porque pelas consequências podemos tirar nossas conclusões altamente lógicas e sofisticadas. Estou brincando, mas a coisa é de doer. É só se pensar em Gaza que toda a alegria acaba.

Agora, nós temos uma vantagem. Somos muitos. Como representantes deles mesmo explicam para os seus aliados em armas.  Uma população sendo submetida a à uma dominação na África tem hoje em dia a possibilidade de saber que está sendo submetida as mesmas formas de domínio que uma outra população no Oriente Médio, na América do Sul ou na Ásia e que por mal dos pecados elas podem perceber que estão sendo dominadas pelas mesmas estruturas globais de poder, ou seja, a dita hegemonia. Disso êles tem medo e aqui temos a nossa linha a seguir. Não precisamos fazer muito. É só desmascará-los e para tanto só precisamos de mostrar as coisas como são, pura e simplesmente como são, sem fazer muito alarde e sem pisar nos pés  de ninguém. Nem um fio de cabelo precisará de ser torcido para que percebam que a guerra está perdida. Até me parece que na própria bíblia se encontra a idéia de que “a verdade me fará livre.”

Portanto, é o nosso ativismo social de massa, e em massa que nos dará a redenção. Mas, naturalmente, como vimos em Gaza, no Iraque, agora no Afeganistão e muito provavelmente como veremos no Irã, muito sangue ainda vai rolar antes que se deem por rendidos. Mas se renderão, lá isso se renderão e mais informação que deitemos a torto e a direito,  o mais rápido essa rendição se materializará. É por a boca no trombone ou gritar aos quatro ventos, como fizemos nos assassinatos da flotilha de Gaza. O mundo inteiro a gritar e espernear.  Terão que contemplar um Hamagedon para nos fazer a todos a calar a boca subjulgados.

Algumas estatísticas:

1%  da população adulta  no mundo utiliza ou mete as mãos em 40% das riquezas ou vantagens internacionais.

Vendo se do aspecto dos 10% mais ricos vemos que êsses 10% utilizam ou monopolizam 85% do total das riquezas ou vantagens mundiais.

Em contraste temos que a metade [50%] da população adulta mundial só e exclusivamente dispõe de 1% da riqueza mundial.

Ao dito junte se que todos os dias, cada um dos dias 34 000 crianças abaixo de cinco anos morrem de fome ou das consequências da fome. Isso quer dizer que 6.000.000 crianças por ano morrem de fome.

A ONU TEM QUE CONFRONTAR O PROBLEMA

Por Anna Malm

O que temos visto no Conselho de Segurança da ONU é uma mudança fundamental em relação ao conceito de Segurança Internacional. Essa mudança espelha-se  nas suas constantes resoluções de embargo, sanções ou de mandatos para agressão militar. Agressão essa que dificilmente se poderá chamar de guerra,  porque são em realidade massacres.

Pontos de referencia e resoluções partindo tradicionalmente do conceito de Soberania Nacional foram  sorrateiramente deslizando para uma prática de ataque militar à diversos países utilisando diversos pretextos. O pretexto sob o disfarce de “Ajuda Humanitária”  ressaltando o “Direito de Proteger” é o último deles, e está sendo aplicado na Líbia.  Não tenhamos dúvidas de que é um disfarce.

O ponto central que ressaltamos é que essa mudança sorrateira só foi acontecendo na prática sem que para isso tivessem algum mandato oficial, ou algum ponto de referencia, por exemplo no Direito Internacional ou através de uma decisão oficial, ou à algum pedido explícito da Assembléia Geral.

A Assembléia Geral  é o orgão deliberativo da ONU,  com 192 países membros. O Conselho de Segurança é o encarregado de decidir em questões de segurança,  mas para tanto tem que se basear, civilizadamente,  nos conceitos do Direito Internacional, ou seja das leis estabelecidas, das quais o Conceito de Soberanidade das Nações é uma delas.

O problema está em que o deslizamneto que põe o conceito de direito internacional dos povos fora de ação-  que na prática começou  com a guerra contra a Iugoslávia, repetiu-se no Iraque, consolidou-se no Afeganistão e agora perpetua-se na Líbia, transforma a segurança internacional de tal maneira, que hoje os únicos que realmente se podem sentir seguros são os quatro ou cinco  países que integram o âmago do projeto economico-militar imperialista,  que por mal das misérias,  também tem o controle do próprio Conselho de Segurança da ONU. Os quatro ou cinco países que integram o amago do projeto economico imperialista são os que na realidade decidem.

Os  restantes, quer dizer, todos os outros países pequenos ou grandes, desenvolvidos ou não, capitalistas ou com orientação socialista, em desenvolvimento ou à serem vistos como potencias emergentes, ficam mesmo é na corda bamba. Muitos dos que em muitos aspectos já ultrapassaram os Estados Unidos e de longe a maioria dos países que integram o âmago da velha Europa colonialista, ao que tudo indica, não se atrevem a confrontrar o status-quo mantido pelo terror das armas apocalípticas, prontas à entrar em ação.

Até pode ser que muito dos países e potencias mencionadas acima tenham  interesses político- economicos ou militares conjuntos  lado à lado ao projeto economico- militar imperialista,  mas é bom lembrar-se que Saddam Hussein também tinha muitos interesses conjuntos com o projeto imperialista. Foi associado e amigo do peito por mais de vinte anos e hoje está morto. Foi enforcado. Primeiro foi o caso de libertar Kuwait, mas quem será que a nível oficial lhe terá assegurado luz verde? Só pode ter sido uma pessoa de confiança  relacionada aos vinte anos de atividades conjuntas, se não ele não teria caido na emboscada. Como sabemos, marionetes ou subordinados não agem por conta própria.

O que temos visto no Conselho de Segurança da ONU  é uma mudança fundamental que tem que ser clara e abertamente confrontada e analisada pelo próprio Conselho de Segurança. O problema é muito sério e tem que ser enfrentado decididamente. Armas apocalípticas ou não.

O Conselho de Segurança da ONU não tem o direito legal de olhar para o outro lado, ou de sancionar ações criminosas quando pressionado por alguns menbros poderosos.

Como ressalta Michel Chossudovsky [1],  o apôio sob o conceito da “Responsabilidade de Proteger” (R2P)  foi dado à forças integradas por terroristas e  posta em ação  através da resolução 1973 [ataque à Líbia].  Isso está em completa violação da resolução 1267, que identifica a Frente Al- Jamaà al-Islamiyyah al-Muqatilah bi-Libya, a Frente de Ação Islamica LIFG [2],  como uma organização terrorista.  Isso significa que o Conselho de Segurança,  no caso da Líbia, para não se mencionar nenhum dos outros casos antecedentes,  viola  não só dos Estatutos da ONU,  como das suas próprias Resoluções. (The Al-Qaida and Taliban Sanctiolns Committee- 1267).

Michel Chossudovsky [1] deduz,  muito sensatamente, que os conceitos estão dando cambalhotas e caindo com as pernas para o ar. Onde deveriam estar os pés está a cabeça e vice-versa. Os Estados Unidos-e a aliança militar NATO estão apoiando uma revolta integrada por terroristas Islamicos, em nome da “Guerra ao Terrorismo”…

Existem muitas facções fazendo parte da oposição na Líbia: Roialistas, desertores do regime Kadafi, membros das Forças Armadas da Líbia, A Fronte Nacional para Liberação da Líbia (NFSL) e a Conferencia Nacional para a Oposição Líbia (NCLO), que age como uma organização central (as an umbrella organization).[1]

Raramente tem sido reconhecido pela mídia internacional (mas foi reconhecido por nós – veja Papo do Dia- Líbia como e porque, no Pátria Latina ) que o grupo Frente Islamica,  LIFG mencionado acima, faz parte substancial da oposição na Líbia. Tanto a LIFG como entidade,  assim como seus membros individuais foram categorizados pelo Conselho de Segurança da ONU como terroristas. A lógica demanda a conclusão de que Al-Qaeda está, no mínimo, sendo usada como um instrumento de intervenção e um aliado dos EUA-NATO sammanslutning. [1]

Diga-se de passagem que essa não é a primeira vez que os EUA usam o estratagema “botar fogo no circo” com a ajuda de terroristas locais. A primeira vez foi no Irã, quando da “necessidade de mudança de regime,” em 1953. Os resultados ainda se fazem sentir hoje em dia.

Por todas essas razões, o Conselho de Segurança tem que ser levado à discutir o problema. Não só discutí-lo. O problema tem que ser encarado e resolvido. Desde a guerra na Iugoslávia em 1999 a mudança sorrateira ou o deslizamento e embaralhamento de fins e meios tem se engendrado na maquinação do processo de decisão do Conselho de Segurança, com consequencias e implicações como as levantadas nesse estudo.

Se todos estão de acordo que os EUA-NATO E CO. devem dirigir o mundo a seu bel-prazer, então que façam isso formalmente. Com análises, estudos e decisões oficiais. Sair matando em nome do direito de ajudar e apresentar a própria matança como “ajuda humanitária” não deve ser permitido, e se for, que o façam oficialmente com todos os protocólos necessários.

Não há como. Barack Obama, mesmo que represente interesses econômicos astronomicos, foi eleito Presidente de um país, os EUA,  não do mundo. À não muitos dias atrás, Barack Obama declarou publicamente que a força militar, leia  massacres, é uma  solução potencial,  sempre e onde quer que seja,  que os “interesses e valores” dos Estados Unidos, “incluindo o fluxo de comércio,” esteja ameaçado.

Essa não é uma idéia qualitativamente diferente da indéia de guerras “preemptivas” (pre-emption = direito de prioridade, direito de opção) e preventivas de Bush, mas é muito mais perigosa. De repente, aqui não se le mais a necessidade de um motivo legal ou mesmo substancial, apoiado pelo Direito International (International Law).

Analistas se perguntam se “existirá qualquer recanto da terra onde os bancos ou as transnacionais  dos Estados Unidos não tenham “interesses ou valores” incluindo até mesmo o “fluxo de comércio”  à serem reindificados”

A ONU  tem que confrontar  e resolver o problema para o bem da Segurança Internacional. É certo que nenhum passarinho virá nos contar o que realmente dizeram e deliberaram por detrás de portas fechadas bem longe dos nossos ouvidos, mas é como diz a prática: – Através dos resultados se fica conhecendo qual foi o método empregado. Responsabilidades serão exigidas.   

REFERÊNCIAS E NOTAS:

[1]  Prof. Michel Chossudovsky, “Our Man in Tripoli”: Islamic Terrorists Join Libya´s Pro-Democracy Opposition em www.globalresearch.ca

[2]  Anna Malm, “Libia. Como e Porque,   “Papo do Dia” em www.patrialatina.com.br

[3]  Barry Grey, “London conference plots imperialist carve-up of Libya”  – World Socialist Web Site,  em www.wsws

A OTAN CONTINUA COM A DANÇA DA MORTE NA AFRICA E NA ASIA

Por Rick Rozoff

O presidente Barack Obama recebeu na Casa Branca o secretario geral da OTAN, Anders Rasmussen. Numa declaração conjunta os dois afirmaram a continuação das duas maiores guerras atuais, a do Afeganistão e a da Libia. Na declaração Obama e Rasmussen declararam também que os Estados Unidos seriam anfitriões do próximo “summit” da OTAN  a ser realizado no próximo ano. A declaração deu-se a conhecer em 13 de maio.

Há mais de 150.000 tropas estrangeiras empenhadas na guerra do Afeganistão que já dura mais de  dez  anos. Pelo menos 130.000 dessas tropas estão servindo abaixo do comando da OTAN,  na  Força de Assistencia a Seguranca Internacional (ISAF na sigla inglesa).

Na Libia temos já quase que  7.000 saídas aéreas  incluindo-se aqui  2.600 voos de ataque desde que o bloco militar da OTAN tomou o comando da guerra contra este país do norte da Africa,  em 31 de março.

Rasmussen de acôrdo com o “Wall Street Journal” disse,  no mesmo dia em que fez a declaração conjunta com Obama,  que os compromissos operacionais da OTAN tinham mudado substancialmente nos ultimos vinte anos e que hoje em dia estavam muito diferentes do que foram. Completou dizendo que  numa comparação nem se poderia reconhece-los. Realmente. Deveras.

As tropas da OTAN mataram uma menina de 12 anos e feriram quatro outras de 8 à 15 anos de idade na provincia afegã de Kunar, em 15 de maio.  O acontecimento foi declarado pelo policial chefe da provincia. No dia anterior  as forças da OTAN tinham matado um menino de 15 anos filho de um soldado afegão numa incursão noturna na provincia de Nangarhar. A morte do menino resultou numa demonstração que por sua vez causou a morte de mais quatro pessoas. Entre os mortos encontrava-se outro menino, este de 14 anos de idade.

No dia 12 de maio as tropas da OTAN mataram uma menina de 12 anos assim como um policial,  seu parente,  tendo essas duas mortes também ocorrido na provincia de Nangarhar. O pai da menina disse que as tropas estrangeiras tinham atirado uma granada de mão contra a menina quando ela em estado de panico tentava sair correndo do quarto. Ela morreu imediatamente. [1]

Duas semanas antes a OTAN e as forças governamentais afegãs tinham atacado um ponto de contrôle no sul do Waziristão. Três soldados do Afeganistão foram mortos e dois seguranças paquistaneses foram feridos. As Forças de Segurança do Paquistão disseram que retornaram fogo quando cairam abaixo do ataque das forças afegãs quando estas atacaram  agindo em conjunto com as forças da OTAN. [2]

O líder do partido da oposição no Paquistão disse que que o ataque da OTAN não tinha sido um ato do acaso, mas sim  um ato planejado para tirar as atenções dos fracassos deles nas operações em curso no Afeganistão. Acrescentou  ainda que a violação do território paquistanes indicava que os Estados Unidos estavam planejando a levar a guerra para dentro do Paquistão. [3]

Ataques americanos com os chamados drones  -aviões de ataque sem piloto-  mataram oito pessoas no norte do Waziristão no Paquistão, em 12 de maio. De acôrdo com o que foi  relatado os mortos eram pessoas  inocentes. [4]   Foi também publicado que dois dias antes do mencionado os americanos, com misseis projetados pelos drones,  tinham atacado um veiculo matando pelo menos cinco pessoas e ferindo sete outras  no sul do Waziristão. [5]

Ao que tudo indica os americanos também tiveram  misseis de ataque tipo Fogo Infernal (Hellfire) para poder lançar outros  ataques com seus “drones”. Um deles sendo o do Yemen,  no começo de maio. Lá  perderam o alvo pretendido e em vez de atingirem o alvo mataram duas outras pessoas.

Nos finais de abril três helicópteros da OTAN abriram fogo contra pescadores iranianos,  no Oceano Indico,  à  750  km  ao norte de Mogadishu,  capital da Somalia. Feriram três iranianos e mataram três pessoas da Somalia  no segundo ataque desse tipo em dois dias. O Ministro Iraniano para recursos marítimos condenou o ataque da OTAN e declarou que aguardava um pedido de desculpas pelas forças internacionais. [6]

A cidade de Brega na Libia  foi bombardeada pela OTAN no dia 13 de maio matando 16 civís inclusive 11 clerigos em missão de paz. Feriram 45 outros.

No mesmo dia navios de guerra da aliança,  fazendo parte de uma flota de 20 navios impondo o bloqueio à Libia,  bombardearam as instalações da associação da “Lua Crescente” – a Cruz Vermelha Arabe. A instalação estava localizada na região libia mantida pelos rebeldes em Misrata . Também bombardearam os arredores de Zlitan,  uma cidade das vizinhanças.

No dia anterior a televisão oficial tinha anunciado que um ataque da OTAN tinha atingido a Embaixada da Coréa do Norte  em Tripoli. Muitos outros sitios foram atacados em Tripoli nas horas que se seguiram  a atuação de Muamar Kadafi na televisão. Esta era a sua primeira atuação pública  depois do ataque que matou seu filho e  seus três netos,  em 30 de abril.

O general-comandante das forças americanas “Comando da Africa” que esteve na direção das operações aereas e navais contra a Libia entre 19 e 30 de abril [operações estas hoje sob o comando da OTAN],  disse em Uganda que ele era pelo envio de mais tropas para o conflito armado na Somalia e que para tanto oferecia assistencia americana.

Desde o ano passado a OTAN tem transferido por via aerea milhares de tropas da Uganda para dentro e fora da capital da Somalia, onde três soldados da Uganda foram mortos e muitos outros foram  feridos três dias após a declaração do general.

Djibouti -onde o Pentagono tem sua unica base permanente na Africa e no minimo  2.500 tropas designadas para  a força operativa “Combined Joint Task Force”  – anunciou que iria enviar dois batalhões para a Somalia e que estes estes iriam unir-se com  9.000 outras  forças vindas da Uganda e do Burundi.

Haverão muito mais pessoas inocentes inclusive muitas crianças que serão mortas pelas bombas, granadas e misseis das forças militares na Africa, na Asia e na Peninsula Arabica antes que a OTAN e os Estados Unidos se encontrem oficialmente no “summit” US-OTAN do próximo ano.

Tradução Anna Malm

O original “NATO Continues Killing Spree in Africa and Asia” encontra-se em www.globalresearch.ca e em http://rickrozoff.wordpress.com

REFERÊNCIAS E NOTAS:

  1. Pajhwok Afghan News, May 12, 2011
  2. Dawn News, April 27, 2011
  3. News International, April 28, 2011
  4. The Nation, May 13, 2011
  5. Online News International, May 10, 2011
  6. Press TV, April 24, 2011

RELATÓRIO COM TRADUÇÃO LIVRE DE TEXTOS E ASPECTOS SELECIONADOS

ASSUNTO – A REPRESSÃO SOCIAL NOS TEMPOS MODERNOS

Relatório de Anna Malm para Patria Latina

Wayne Madsen, publicou em “Strategic Culture Foundation” http://www.strategic-culture.org “The CIA and Pentagon: Enforcing the Monroe Doctrine in the modern age”. [A CIA e o Pentágono: A observancia da doutrina Monroe nos tempos modernos] – em 2010-12-06

O texto que segue é um relatório dos principais pontos levantados no artigo de Wayne Madsen feito através de uma tradução livre ao português. Sendo um relatório e não simplesmente uma tradução tenta-se aqui da melhor maneira possível apresentar a essência do que literalmente foi apresentado pelo autor em seu “The CIA and Pentagon: Enforcing the Monroe Doctrine in the modern age”, on Dec, 2010. Publicado em “Strategic Culture Foundation” – http://www.strategic-culture.org – Tem-se então:

Continua a velha doutrina Monroe a por as nações da América Latina embaixo dos esporrões  norteamericanos?

-A moderna observância dessa doutrina continua através dos braços longos da CIA e do Pentágono, que hoje em dia  usam para tanto seus componentes SOUTHCOM e WHINSEL

-Barack Obama continuou, como sempre foi feito antes, a reinforçar a velha doutrina. A tentativa de golpe na Venezuela foi dirigida por Bush; Bill Clinton tentou com repetidas interferências em Haiti; Bush, o pai, a materializou com a invasão do Panamá e Ronald Reagan com a invasão de Granada.O golpe de estado no Chile e a criação da Operação Condor, que nos atacou com assassinatos, torturas e emprisionamentos, mostrou um dos aspectos dessa doutrina, então exercida por Richard Nixon.

A invasão da República Dominicana materializou a mesma doutrina com Lyndon Johnson.

O apoio de Obama ao golpe militar consumado contra Zelaya em Honduras e a tentativa abortada do “golpe policial” contra Rafael Correa do Equador, foram um dos últimos exemplos palpáveis da continuação do uso da doutrina Monroe usando os recursos da CIA e do Pentágono.

[OBS! Artigo de 2010 – Hoje 2023-10-14 – Muitas águas rolaram mas tudo continua na mesma, senão pior].

As ações de Obama contra o governo de Zelaya mostra claramente a atitude nortamericana frente a América Latina em sua totalidade. Zelaya foi juntar-se a lista dos líderes latinomericanos expulsos, ou derrubados pelas ações conjuntas da CIA, dos militares norteamericanos e dos militares locais treinados na Escola do Forte Benning, na Geórgia, denominada antigamente Escola das Américas, quando situada no Panamá. Na linguagem dos entendidos conhecida como a “Escola dos Assassinos”.

O QUE ACONTECEU EM HONDURAS

O golpe de estado contra Zelaya em 28 de junho de 2009 foi apoiado pela administração de Obama, que por sua vez foi apoiada pelas forças de direita dos Estados Unidos, assim como também pelas companias multinacionais com interesses em Honduras. Depois tem-se ainda governos de direita de outros países juntando-se a isso, incluindo-se aqui então Colômbia e Israel.

A conspiração contra Zelaya nasceu como resultado de uma comunicação diplomática. A mala diplomática digital levava a carta do embaixador Llorens -um cubano/americano de orientação política de direita de Tegucigalpa para Hillary Clinton. Cópias foram dirigidas para a CIA e SOUTHCOM. A mensagem levada pela mala diplomática digital  admitia que o golpe em Honduras era ilegal, ou seja anti-constitucional.

A carta do embaixador americano em Honduras especificava que, na perspectiva da embaixada, não havia dúvidas a respeito de que militares de Honduras, o Supremo Tribunal e o Congresso Nacional conspiraram, resultando no dia 28 de junho, em um ilegal e anti-constitucional golpe de estado contra o Poder Executivo de Honduras. A mensagem também afirmava que não havia sombra de dúvidas de que a tomada de poder por Roberto Micheletti era ilegal.

A carta do diplomata Llorens era ilusiva, porque ignorava o facto de que os golpistas eram apoiados pelos militares americanos estacionados na base militar de Palmerola. Essa sendo a base militar onde Zelaya foi mantido em prisão e de onde o forçaram  ao exílio em Costa Rica.

O embaixador especifica que mesmo se Zelaya tivesse cometido ofensas a constituição,  estava claro que a remoção dele do poder  por meios militares era ilegal e que mesmo os mais zelosos apoiantes do golpe não conseguiriam provar outra coisa.

Zelaya foi expulso do seu próprio país ilegalmente e sem nenhum processo que pudesse pelo menos dar uma aparencia, mesmo que falsa, de legalidade. Disso estava o embaixador americano convencido.

No entanto, Llorens e os seus attachés militares da embaixada americana, juntos com o pessoal da CIA,  trabalharam de perto com os militares de Honduras para derrubar Zelaya.

Não sendo tudo isso suficiente, ainda se acrescenta que o Cardinal Oscar Andrés Rodriguez ativamente encorajou e apoiou os golpistas. Muitos líderes de igrejas fundamentalistas protestantes em Honduras, muitas com laços com igrejas fundamentalistas de ultra-direita nos Estados Unidos, também apoiaram os golpistas.

Llorens pessoalmente tem laços com elementos de direita na Flórida, elementos esses que apoiaram o golpe contra Zelaya. Esses elementos são os mesmos que apoiaram ações semelhantes contra Hugo Chavez na Venezuela, Correa no Equador, Evo Morales na Bolívia, Fernando Lugo no Paraguay, Daniel Ortega em Nicaragua, Desi Bouterse em Surinan e Cristina Kirschner na Argentina.

A carta de Llorens também ignorou o fato de que apoiando o golpe também estavam multinacionais de mineralogia e minas, assim como de companias de banana, com medo de exigências para melhores condições de trabalho. Um dos primeiros atos da junta foi o de anular os planos da administração de Zelaya para mudar as leis trabalhistas das industrias de mineralogia e minas, assim como dar a Honduras maior controle das operações de mineralogia. As companias de mineralogia ativas em Honduras, assim como as baseadas no Canadá, apoiaram o golpe de estado em Honduras..

O Ministro dos Negócios Estrangeiros para as Américas, no governo do ministro canadense Stephen Harper, com laços aos interesses da mineralogia,  não ficou  ao que tudo indica muito entusiasmado com possibilidades de Zelaya  poder retornar a Honduras. Muitas das companias de mineralogia canadense operando em Honduras, especialmente as ligadas à mineração do ouro, estão ligadas a investidores israelenses.

Os militares americanos em Honduras com o seu quartel general na base aérea Soto Cano (também conhecida como Palmerola base, perto de Tegucigalpa,  supervisou a virtual ocupação militar americana no país. Essa ocupação virtual possibilitou aos militares de Honduras, muitos dos quais oficiais em postos de alto escalão treinados na WHINSEL, a perpetrar o golpe contra Zelaya.

Houve muita atividade militar conjunta entre os Estados Unidos e Honduras, antes e depois do golpe. O líder do golpe, o Gen. Romeo Orlando Vasquez Velasquez, foi convidado ao quartel general da SOUTHCOM  em Miami antes do golpe, mas mudou abruptamente seus planos de viagem, mandando um sinal aos altos comandantes no Pentágono de que o movimento contra Zelaya estava à caminho. Vasquez e o comandante hondurenho Gen. Luis Javier Prince Suazo, também na liderança do golpe foram  treinados na Escola das Américas [agora conhecida como Escola do Forte Bennin]

Vasquez mandou um representante à cerimonia do SOUTHCOM em Miami, o Brigadeiro Gen. José Geraldo Fuentes para representá-lo. Em Miami Fuentes encontrou-se com o Secretário da Defesa Americana, Robert Gates, com o Gen. James Cartright (vice chairmam of the Joint Chiefs of Staff – Marine Corps). Fuentes encontrou-se também com o comandante (de saída do pôsto) da SOUTHCOM,  Amiral James Stavridis, que agora está tomando o pôsto de comandante na OTAN, assim como com o sucessor de Stavridis como chefe do SOUTHCOM,  o Gen. da Força Aérea Douglas “Skeet” Fraser.

Conclui-se que os altos escalões do Pentágono e do SOUTHCOM tinham de estar conscientes do se passava e que mesmo assim apoiavam o plano de golpe contra Zelaya.

Llorens estava consciente que Zelaya tinha sido levado para a base aérea americana Soto Cano/Panerola. Na base aérea americana Zelaya foi “guardado” por tropas hondurenhas e americanas, antes de ser pôsto no avião para Costa Rica e forçado a “exilar”.

Os serviços de inteligencia de Israel trabalharam intimamente com a liderança do golpe contra Zelaya antes, durante, e depois da consumação do mesmo. Isso por cima do apoio militar americano aos mesmos golpistas em Honduras.

Um nexus semelhante de militares americanos e serviço de inteligencia israelense está envolvido em atividades semelhantes dirigidas contra o governo de Ortega na Nicaragua.

Os planos da administração de Obama continuaram a basear-se no uso dos mesmos modelos do abortado golpe contra Hugo Chavez em 2002, do golpe consumado contra o presidente de Haiti Jean-Bertrand Aristides, em 2004. Agora usado contra  Zelaya em Honduras.

A intenção dos Estados Unidos é, ao que tudo indica, a de sabotar e privar a nossa América dos nossos queridos e admirados presidentes progressivos,  como por ex. Hugo Chavez na Venezuela, Evo Morales na Bolivia, Rafael Correa no Equador, Fernando Lugo no Paraguay, assim como Daniel Ortega na Nicaragua.

A intenção dos americanos coincide também com a de Israel, quanto a por fim a influência do Irã na America Latina.

A correspondencia diplomática mostra que o Departamento do Estado norteamericano [US State Department] teve entre outros, como alvo o governo Lugo no Paraguay. Para tanto a estratégia deles, que certamente coincide aqui também com a de Israel, é a de fazer falsas e ilegítimas reinvidicações, em bom portugues mentir, para conseguir seus objetivos. Acusações criminosas de que esse ou aquele governo, de quen não gostam, está envolvido com Hamas e Hezbollah, assim também como com o tráfico disso ou daquilo.  Essa é no final das contas a receita certa para se poder bombardear, ou de outra maneira matar crianças, velhos, culpados e inocentes numa sopa só, como já não há quem não o saiba.

Semelhantes mentiras envolvendo Hamas e Hezbollah foram usadas para incendiar o lobby de Israel para o apoio ao golpe contra Zelaya em Honduras. Como  pode ser lembrado, a história do golpe estava ligada a mineração do ouro, assim como as atividades das multinacionais no setor da mineralogia e das minas, para não se mencionar as bananas.

Em fato, Lanny Davis, um lobista [lobbyist] e um membro chave do Lobby em Washington foi contratado pela junta de Roberto Micheletti.

De acordo com os dados vazados, o então diretor dos serviços nacionais americanos de inteligencia, Dennis Blair, tentou vender a idéia de que Venezuela e Irã estavam juntos fazendo o que o gato sabe lá o que, e agora se joga , como só mesmo o gato sabe como, o plano de acusar Ortega disso mesmo. Entenda quem puder.

Destaca-se que mesmo depois de Llorens ter advertido Washington de que o golpe contra Zelaya era anti-constitucional e ilegal, a Secretária de Estado, Hillary Clinton, recusou-se à cortar a ajuda financeira a junta dos golpistas em Honduras declarando no meio de tudo isso que agora, beleza, teremos democracia de verdade.

Nós na América Latina devemos reconhecer que a doutrina Monroe e os Corolários [Enumeração de Sequencias Coerentes e Lógicas] de Roosevelt ainda estão em efeito e ativas, e que os Estados Unidos nunca foram, e nunca serão amigos reais das nações da América Latina. Se não fosse por outras coisas, então só pelos interesses economicos tradicionais dos mesmos no nosso continente.

E também é como diz o ditado:- Com tais amigos quem é que precisa de inimigos?

REFERENCIAS E NOTAS:

[1] Wayne Madsen, publicado em http://www.strategic-culture.org  “The CIA and Pentagon: Enforcing the Monroe Doctrine in the modern age” – [Tradução Livre: A CIA e o Pentágono: A observancia da doutrina Monroe nos tempos modernos], em 2010-12-06.

[2] A doutrina Monroe é uma declaração política dos Estados Unidos vinda de 1823. Ela declara que qualquer tentativa de poderes europeus para continuar qualquer forma de colonização no continente das Américas será visto como um ato de agressão a eles e que os Estados Unidos responderão a essa agressão de forma a ser esperada.

Isso significa em outras palavras que daí para frente sempre se viram como os proprietários do continente, o que até hoje ninguém conseguiu lhes explicar convenientemente que não são. A doutrina foi adotada oficialmente pelos presidentes James Monroe e John Quincy Adams, sendo depois desenvolvida pelo presidente Theodore Roosevelt em seus “Corolários” e pelo Secretário do Estado de então John Foster Dulles. Os irmãos Dulles estão ligados a história dos serviços secretos americanos e as cruzadas anti-comunistas, para aqui nem mencionar outras coisas, como por ex NATO/OTAN.

[3] SOUTHCOM- O Comando do Sul- baseado em Miami.

WHINSEC- O Institutoo para Segurança e Cooperação do Hemisfério Ocidental.

Comunicação Diplomática apresentada por WikiLeaks – Mala Diplomática Digital de 24 de julho de 2009, Tegucigalpa-Washington.  

A ideia que representantes do serviço de inteligêcia americano parecem ter de acordo com os de Israel, é a de vender para os recalcitrantes a receita Hamas-Hezbollah-Narcóticos. Diga-se de passagem então também “Corrupção”. Essa seria sem dúvida uma receita certa para derrubar qualquer regime, que não caia no gosto dos interessados.  Não há quem a possa resistir no Ocidente. É Carta Branca e Vitória Certa.

APERTANDO O CÊRCO PARA ALEGRIA DAS ELITES

Por Anna Malm

No mundo ocidental  uma estratégia para um cêrco econômico-social que deverá ser cada vez mais  estrangulante está sendo desenvolvida em dois frontes: um fronte internacional e um fronte nacional.

No plano internacional desenvolve-se o cêrco econômico-social através de guerras ou de ameaças de ataques armados de maior ou menor envergadura,  podendo ou não ser precedido por sanções. Essas guerras, ameaças ou sanções dirigem-se contra os países que não se alinham na linha de ordem social determinada pelos dirigentes do mundo ocidental. Observa-se que em vez de trabalhar para impedir uma catástrofe social, a ser esperada, os govêrnos ocidentais trabalham e lutam ardentemente para manter os interêsses das elites econômicas através de guerras cada vez mais sangrentas e cada vez mais ilegais, ou seja, guerras que se iniciam cada vez com menor razão legal sustentável.

No plano nacional êsse cêrco está sendo construido por um sistema de contrôle político-militar-cibernético que tem por objetivo conseguir um contrôle total das populações locais. Pode ser que no Brasil êsse sistema de contrôle ainda não se veja muito claramente, mas na Europa e nos Estados Unidos êsse sistema de contrôle social já está estrangulando as devidas populações. Nos Estados Unidos e na Europa já se tem um sistema de contrôle cibernético bem instalado e a colaboração e a troca de informação entre os sistemas de inteligência desses países floresce para cada dia o que é uma ameaça muito grande para o indivíduo, uma vez que sabemos de longa data como a coisa funciona no dia a dia.  Na prática já hoje se vive na Europa e nos Estados Unidos abaixo de um sistema de contrôle político-militar quase que total. Modêlo “Big Brother” que deverá ser mais e mais aperfeiçoado. O objetivo final a longo prazo é preparar o campo para confrontar e reprimir todas as formas de oposição à supremacia econômica das elites constituidas.

No plano internacional podemos constatar que seguindo o debacle econômico e a exposição da fraqueza econômica dos países dirigentes uma forma mais aberta de ofensiva militar pode ser claramente observada. Essa forma militar não tem por objetivo o só subjugar através da força bruta. Aqui o verdadeiro perigo para a paz mundial está no fato de que essa força militar está sendo usado para manter as devidas economias que estão em queda livre. Enquanto só era os Estados Unidos já era suficinetemente ruim. Agora estão todas as economias ocidentais entrando no mesmo barco e como de se esperar ajudando e sustentando umas as outras.

No plano nacional um sistema de contrôle estrangulante está sendo desenvolvido nos Estados Unidos e Europa  nas águas de um desenvolvimento de contrôle cibernético. Êsse programa de contrôle cibernético tem como objetivo um contrôle e uma contenção social total. O programa para essa contenção social, como dito,  tem por objetivo o garantir os privilégios das elites econômicas.

No plano internacional então temos as ofensivas militares que para cada dia se tornam mais e mais íntima e assustadoramente ligadas a um novo sistema econômico. Um sistema econômico que a cada dia se mostra com maior tendência a ganhar terreno em todos os planos. Como já vimos anteriormente o sistema econômico baseado na produção industrial foi nos Estados Unidos substituido por um sistema de especulação econômica que não só levou o mundo à beira da falência como por muitos e muitos anos, ou seja nos últimos vinte anos, foi usado cada vez mais para atacar diversos países que sucumbiram frente ao ataque econômico organizado. Quando o país já estava de joelhos vinham com o Banco Mundial ou IMF exigindo que o atacado desmontasse seu sistema social, despenasse o seu govêrno e sorrisse amarelo enquanto as multinacionais  tomavam as rédeas do coitado do país. Agora,  mesmo essa economia de especulação financeira com os seus quartéis generais em Wall Stret  parece não estar sendo mais sufuciente. Lá veio o debacle e até mesmo êles se apercebem que o sistema de especulação econômica já é, e será ainda mais em futuro próximo,  insuficiente  para manter o carrossel rodando.

Temos então aqui e agora a máquina bélica com todas as suas imagináveis e inimagináveis ligações que mais e mais está para sustentar o pais economicamente. Infelizmente fica também cada dia mais observável que essa maneira de resolver problemas econômicos é contagiante. Mesmo países europeus que talvez ainda pudessem concorrer no mercado internacional vão nas águas dos Estados Unidos e mais e mais aumentam sua sede de sangue, ou seja, de dinheiro obtido bélicamente.

No plano nacional, e isso principalmente nos Estados Unidos, a nova ameaça às liberdades individuais, em princípio garantidas pela Constituição, hoje em dia mais e mais posta de lado, mostra se como uma grande fonte de dinheiro. É a nova indústria de contrôle cibernético. Essa indústria é ligada através de uma rede nacional incluindo o Pentágono com as suas milhares de ramificações, passando por todos os recantos do país através das organizações locais e regionais por sua vez tem as suas próprias ramificações. Por mal dos pecados tudo cresceu como um organismo fora de contrôle.

Presidindo êsse cenário no plano nacional temos o sistema de espionagem doméstica que só êle envolve empresas governamentais, como também emprêsas privadas ao lado das especificamente chamadas organizações não governamentais. Aqui temos 1271 orgãos  governamentais e 1931 privados, dos quais 792 na área da tecnologia de informação. Tudo concentrado em Washington em 33 edifícios onde temos 854.000 pessoas trabalhando no métier,  todas tendo documentos de passagem livre como os que se concede aos agentes secretos da área de segurança. Não se precisa ter muita fantasia para compreender o que isso representa. O circo está pegando fogo. Faça, se puder, essa máquina funcionar com consequência.

Até seria engraçado se não fosse pelo fato que é trágico, não tendo nem condições de ser tragi-comico, pelo menos não para os cidadões americanos, não pertencendo as elites econômicas. A situação do contrôle social através do contrôle cibernético ou eletrônico também como dito já é uma realidade na Europa, se bem que na Europa êsse controle não tem o mesmo significado econômico que nos Estados Unidos,  onde essa indústria de contrôle social  no plano nacional, se tornou ao lado das guerras e da economia baseada na indústria militar no plano internacional, em uma grande fonte de dinheiro.  Essa  fonte é de tão grande importância que já se pode falar em uma nova economia americana. Essa nova economia é a economia baseada na economia militar-eletrônica-cibernética.

A economia baseada na produção industrial ou a economia das finanças já pertencem à história.  Assim, um negócio de bilhões e bilhões de dólares levando aos trilhões e trilhões de dólares explica muito bem a realidade que todos os dias vislumbramos nos jornais e noticiários que tudo fazem para nos apresentar essa realidade retocada e como quase que pintada de ouro.

Hoje em dia é tudo muito complexo, diversificado e fragmentado. Aparentemente temos acontecimentos, fragmentos de acontecimentos,  guerras,  prisões e mortes que parecem não ter relação umas com as outras. Olha-se mais atentamente e voilà. A figura mostra-se completamente como em um problema enigmático de quebra-cabeças.

 Difícil de acreditar? Estude-se os acontecimentos dos últimos 12 mêses e coloque os em relação ao modêlo apresentado acima.

Em resumo:- As economias ocidentais escolheram conscientemente um modêlo de ação à longo prazo que significa no plano internacional uma economia baseada na indústria militar. Issoexplica muitos dos acontecimentos na arena internacional, ou seja, as guerras sendo lutadas já hoje assim como as na fila de espera.  No plano nacional as economias ocidentais escolheram conscientemente um modêlo econômico baseado na indústria eletrônica-cibernética sustentado pelo sistema de segurança nacional garantindo um sistema de muitos bilhões e bilhões de dólares capaz de em si  manter a economia doméstica. Na prática, além do dinheiro pôsto em circulação na economia, o resultado obtido é usado para repressão imediata e contenção social futura.

Vê-se que quase nada acontece no plano internacional que não caia dentro do modêlo de quebra-cabeças apresentado acima.  No final o objetivo é garantir a felicidade das elites conquanto garantindo a contenção social.

O desenvolvimento apresentado foi baseado no estudo da legalização da  guerra pelo dinheiro,  a que afinal  ficou mais conhecida como a guerra contra o terror. O que vimos acima foram as consequências práticas que sucederam essa legalização das guerras pelo dinheiro, ou seja,  as guerras das fraudes, enganos e imposturas. Em outras palavras, apertando o cêrco para alegria das elites.

ARMAS NUCLEARES: A POLÍTICA ISRAELENSE: DA ÁFRICA DO SUL AO IRÃ

By Prof. James Petras

No dia 24 de maio de 2010, o jornal “The Guardian” do Reino Unido,  publicou um documento altamente confidencial liberado pelo govêrno da África do Sul. O documento de 1975 revela um acôrdo militar secreto assinado por Shimon Peres, o Ministro do Exterior daquele tempo (e hoje Presidente de Israel) e o Ministro da Defesa da África do Sul P.W. Botha. Israel ofereceu ao regime do apartheid a compra de armas de destruição massiva, incluindo armamento nuclear, químico e convencional para vencer e destruir o movimento de resistência Africano, movimento êsse incorporado por milhões de pessoas.

Os presidentes das maiores organizações Américo-Judaicas, imediatamente puseram em movimento a Máquina de Mentiras pretendendo que os protocólos oficiais da oferta nuclear de Israel e o acôrdo abrangente de alianças militar entre os dois regimes de apartheid var  simplesmente uma conversa (sic) e que Israel não “fêz uma oferta”. [1]  Então sem pestanejar os defensores de Israel começaram a contradizer-se especulando que um acôrdo nuclear não teria tido o consentimento do Primeiro Ministro Yitzhak Rabin (Daily Alert Maio 25, 2010). Os documentos foram descobertos pôr um academico americano, Sasha Polakow-Suransky, nos arquivos sul-africanose publicados em seu livro, As alianças Silenciosas: A aliança Secreta de Israel com a Apartheid África do Sul. Ao que parece o regime Israelense achou que os documentos eram mais que uma “conversação” porque fizeram pressão no govêrno Sul Africano do após-apartheid para não publicá-los. [2]

A oferta nuclear de Israel e o requerimento da África do Sul tiveram lugar num tempo de ascensão da luta popular por toda a África do Sul, de Sharperville até Soweto, incluindo resistência armada e o começo do boicote internacional. A África do Sul expandiu a sua ofensiva militar invadindo Angola onde foram finalmente derrotados pelas Forças Armadas Cubano-Angolanas. Como resultado estavam enfrentando problemas para comprar os tipos de armas de destruição massiva  que poderia não só decapitar a liderança do movimento de liberação Sul Africano como também destruir sua base popupar de suporte nacional. Israel estava preparado para servir de livre vontade como cúmplice de uma solução nuclear.

As Implicações Genocidas da Oferta Nuclear de Israel

A maioria dos comentadores liberais e críticos da oferta de Israel para fornecer ao govêrno de apartheid da áfrica do Sul armas nucleares sómente puseram o focus no “comportamento irresponsável” de Israel em violaçäo da idéia do tratado de não proliferação. [3] Para outros o caso era simplesmente um “embarassamento” para o Estado Judaico, em relação a Conferência (Junho de 2010)  da não proliferação. [4]  Poucos, se no caso de mesmo algum, levantaram a grande questão moral e política das profundas consequências humanas de uma cumplicidade em um assalto nuclear genocida em milhões de Africanos. A questão em caso é a da responsabilidade moral de Israel, se a África do Sul tivesse concretisado a oferta do estado Judaico, comprando as bombas nucleares e mandando os mísseis como chuva sôbre milhões de Africanos exigindo liberdade. Se pode perguntar se cumplicidade em um potencial ato genocida deve ser sujeito a um tribunal para crimes de guerra, da mesma maneira que os produtores alemães de gás para os campos de concentração foram julgados em Nuremberg por cumplicidade em crimes de guerra do Estado Nazista. ? [5] *

A oferta de Israel para fornecer mísseis nucleares se implementado teria muito provavelmente levado ao bombardeamento das áreas mais pobres e dos campos de refugiado através das fronteiras acomodando milhões  de Sul Africanos, matando muitos milhares (cem de milhares) e com uma radiação de muitos mais para uma morte lenta e sofrida. Um ataque nuclear a um movimento popular de resistência nêsse caso através das deliberações de dois regimes rasistas, seria mais que um crime de guerra, seria um crime monstruoso contra a humanidade.

Mais do que qualquer outro fator,  a defesa dos Zionistas Americanos das alianças militares de Israel e apôio ao regime de apartheid da África do Sul ofendeu profundamente Afro-Americanos e amargou antigas relações amigáveis entre Judeus e Afro-Americanos.

Outro fator é que Israel não se mostra compungido à respeito das suas alianças econômicas e militares com o regime rasista da África do Sul [6], uma relação apoiada pelos ledares dos interêsses econômicos Zionistas in Johannesburg.

Porque Israel Ofereceu Armas Nucleares à Botha

A decisão de Israel para oferecer mísseis nucleares para a África do Sul baseou-se em considerações comerciais, políticas e ideológicas. A África do Sul era um empático e incondicional partidáriodas invasões Israelenses aos países Árabes e a ocupação dos  territórios  de West-Bank e de Gaza por Israel.  Em primeiro lugar, mais do que qualquer outra coisa a África do Sul simpatizava com a política colonial de assentamentos Israelenses nos territórios ocupados e isso em uma época em que Israel era condenado pelas ONU, pela maior parte dos países europeus ocidentais e também pelos novos países independentes apó da era colonial. Dois estados párias tinham muito inimigos comuns e uma necessidade de apoiar um ao outro frente a rejeição do mundo à regimes de ocupação ou assentamento colonial.

Em segundo lugar, os dois tinham uma afinidade ideológica baseada em uma ideologia rasística com suas raízes na crença bíblica de um “Povo Escolhido”, destinado por poder Divino como um Povo Superior. Judaismo e uma Cristandade enraizados na idéia de uma superioridade étnica legitimando um govêrno de superioridade acima de Africanos e Árabs! Tão importante quanto à venda de armas e os serviços consultativos militares era o setor de exportação da economia Israelense e o setor da sua manufactura, tecnologia e comunicação. A confederação dos sindicatos rasistas-zionísticos – o chamado Histadrut – estava profundamente enraizado entre os trabalhadores das indústrias bélicas e era um campeão de venda de armas para a África do Sul. As Uzis Israelenses sustentou o capital branco e reprimiu os  trabalhadores Africanos, especialmente na mineração.

O Papel Central dos Partidos de Esquerda Israelense na Oferta das Armas Nucleares

Contrariamente ao que muitos pagães e judeus de esquerda , liberais e progressistas que atribuem todos os crimes cometidos por Israel contra os Palestinos aos neoconservativos,  ao “Likud” ou diferente partidos religiosos de direita, os autores e os que propuseram a venda das armas nucleares à Africa do Sul eram dirigentes do Partido de Esquerda de Israel (Labor Party). Shimon Peres (o Ministro da Defesa) e Yitzhak Rabin (o Primeiro Ministro) eram os principais personagens involvidos no negócio nuclear. Todas as anteriores guerras de conquista de Israel, as expulsões em massa dos Palestinianos e a construção de armazenagem de armas nucleares de Israel foram feitas durante a égide do “Labor Party”. Ao partido nunca lhe faltou retórica socialista [êles são membros do grupo da  “Socialista Internacional” (sic)] ou discursos anti-rasistas quando da ocasião propícia, mas nunca perderam uma oportunidade de vender armas convencionais para os ditadores latinoamericanos. (Pinochete no Chile, Videla na Argentina, Rios Monte na Guatemala), ou oferecer armas nucleares para um regime brutal como o da Africa do Sul que mantinha  a maioria da sua população em estado de sítio.

O papel central do Labor Party em oferecer uma solução nuclear para o regime de menoridade branca mostra que todos os maiores partidos Israelenses são capazes  de prosseguir com uma política genocida se ela serve a sua compreensão do que deve ser interpretado como “interêsse judaico”. O papel central do Labor Party confirma a idéia que não há diferenças básicas entre a esquerda e a direita em Israel quanto à respeito de cometer crimes contra a humanidade. O sistema de crenças em que se apoiam é em primeiro lugar que o Povo Escolhido está isento das leis contra crimes de guerra.  

TRADUZIDO POR ANNA MALM – PATRIA LATINA

As eleições do Brasil e os interesses norte americanos

Por Anna Malm

Em relação as eleições brasileiras e os serviços secretos americanos desenvolve-se alguns aspectos da questão na mídia internacional [1]. Comenta-se que nos últimos tempos os Estados Unidos tem se mostrado amigável demais e cheio de respeito para com o Brasil e que isso contra um pano de fundo onde eles publicamente distribuem reprimandas e sanções aos que chamam de governos democráticamente imaturos na América Latina e no Caribe apresenta-se como caso suspeito.

Sabe-se que na categoria “imaturos” estão os que no tempo de Bush viam-se como governos que se atreviam a defender interesses nacionais sem pedir licença aos norte-americanos. Já à oito anos o govêrno de Lula reinvidica o direito soberano do Brasil de ter uma política externa independente. Muitos pensaram que mais cedo ou mais tarde Bush iria perder a paciência com Lula e lhe colocar no devido lugar. Tal não aconteceu. Os gaviões na Casa Branca não conseguiram se decidir por mais uma situação de conflito na América Latina e Chavez como consequência teve que estar aparentemente sózinho frente a uma confrontação mais aberta, se bem que o Brasil continuasse a reinvidicar seus direitos na arena internacional de forma decidida.

Hillary Clinton, falando em março desse ano em frente ao seu corpo diplomático disse que todos na administração Obama estavam trabalhando para desenvolver e aprofundar relações com países importantes para eles e que o Brasil estava no alto dessa lista. De acôrdo com ela o Brasil realmente merecia atenção, porque muita força foi posta em movimento para cumprir a promessa de um futuro melhor para toda a população do país e que isso abria as portas para um trabalho conjunto, onde o Brasil juntamente com os Estados Unidos deveria liderar em todo o continente o caminho certo à seguir.

Isso compreendeu-se internacionalmente como sintomático. Hillary Clinton parece dar ao Brasil juntamente com os Estados Unidos o direito moral de mostrar à outros povos e países do continente o caminho certo à seguir. O caminho certo a seguir, do ponto de vista de Washington deveria ser:

  1. Sufocar e impedir todas as tentativas de uma construção socialista no continente
  2. Impedir o desenvolvimento de projetos que excluam, por princípio, a participação norte-americana
  3. Impedir tentativas de desenvolver uma coordenação da defesa sul-americana
  4. Restringir uma expansão economica da China na região

No começo da campanha eleitoral no Brasil os Estados Unidos enviaram oficialmente o Sr. Tomas Shannon ao Brasil. Ele é um diplomata de pêso, um dos chamados “gaviões”, com funções políticas importantes e desde à muito tempo representando a função de secretário de estado na América Latina.

Shannon faz, ou deveria fazer, todo o possível para encaminhar Lula segundo o postulado do caminho certo à seguir, o que deveria incluir uma correção, ou ajustamento do curso da política externa brasileira. Washington recomenda e encoraja também o que chamam de passos construtivos para uma aproximação maior entre os dois países, por ex.

  1. Colaboração na área energética do etanol e seus derivados
  2. Permitir uma filial americana no país para construção de aeronaves
  3. Permitir a participação do Pentágono por ex. na construção das aeronaves tipo Tucano, umas 200

Do ponto de vista norte-americano, manter teimosamente relações de amizade com Hugo Chavez assim como com Morales, visitar Havana e Teerão, condenar o golpe de estado pró-americano em Honduras e desenvolver planos para a energia nuclear no país, são pontos que não pertencem ao “caminho certo á seguir”.

José Serra é o favorito das forças da direita nacional  assim como dos interesses norte-americanos. As sondagens assim como as agências de notícias apoiam as conclusões dos serviços de inteligência norte-americanos de que Dilma Rousseff não se deixará convencer à colaborar com os interesses norte-americanos por detrás das culissas e que ela se manterá bravamente no caminho da política interna e externa estabelecido por Lula. Em consequência disso trabalham ativamente para compromete-la. O método que usam é o “do arquivo brasileiro.”  Extraem informações  para distribuição eletronica em massa ou por via de outros meios de comunicação para por assim dizer “comprovar o extremismo” dela.

Nessas águas vai a concentração da mídia numa guerra de “cotações” onde pretendem ver “ótimas perspectivas” para Serra e “fracassos” para Dilma,  mesmo quando os fatos nos dão 47% para Dilma e 33%  para Serra. No entanto, apesar de todos os esforços de difamação e destabilização exercido pela mídia nacional e pelos recursos norte americanos, o envolvimento ativo de Lula é visto como um fator estabilisador contrabalançando a esmagadora campanha de difamação posta em prática. Essa campanha conta com a capacidade financeira e com a capacidade de coordenação do Império, além da concentração massiva da mídia nacional tentando influenciar os eleitores para bem e alegria dos norte americanos.

A tarefa de Tomas Shannon e seus colaboradores compreend-se que seja a de estabelecer condições para chegar ao âmago do novo centro de poder brasileiro que eles esperam, e trabalham para que esse seja, mais indulgente e complacente com Washington e os interesses americanos e não com os do povo brasileiro em primeira mão.

Agradar e favorecer “os verdes” de Marina da Silva é desse ponto de vista a melhor maneira de obter esses fins. Os analíticos do serviço de inteligência norte americano parecem ver “os verdes” como uma base operacional segura à longo prazo. Isso está em relação ao grande interesse que eles tem demonstrado para com os problemas e possibilidades ecológicas no e do Brasil, e então muito especialmente em relação à Bacia Amazonica.

Entende-se que os colaboradores dos serviços de inteligência americanos concentram seu trabalho à volta da direção do partido da Marina da Silva e à volta dos ativistas influentes do partido, enquanto também trabalham ativamente para influenciar José Serra. Julga-se que o que se espera dele é que ele garanta o máximo de regalias ao partido de Marina da Silva oferecendo posições e acordos que garanta a participação direta dos verdes num govêrno Serra.

Os americanos tem pressa pelo fato dos verdes estarem à ponto de se comprometerem publicamente  à respeito de por quem e pelo que optar. De qualquer forma, com ou sem a possível caida dos verdes na tentação de garantir para si e seu partido regalias à curto prazo, Dilma Rousseff e os trabalhadores do Brasil tem todas as possibilidades de se impôr e garantir acordos de maior interesse para o Brasil, mesmo na área ecológica, acordos esses que serão para o bem dos brasileiros e não em primeira mão para o bem dos interesses americanos.

Não se trata de uma guerra aberta. Não. O método desses colaboradores é o de assegurar informantes que garantam conhecimento de causa, discreto controle de determinados individuos, discreto, mas muito detalhado e próximo controle da vida particular deles, serviços de cópias e armazenamento de documentos para serem mais tarde usados para chantagem, etc. Pelos vistos ou como entendido pela mídia internacional muitos ex-políticos que por uma razão ou outra perderam seus cargos oficiais são rutinamente alvos de interesses dos americanos para que lhes entreguem,

em bandeja de prata, os fatos de interesse ou que estabeleçam relações que o faça. Entende-se que isso se paga bem.

Também se sabe que os agentes americanos trabalham em tudo e por tudo e que tem um interesse muito especial pelos departamentos, como por ex. os departamentos da agricultura, do banco central, da casa civil, das comunicações, da defesa, da indústria e comércio, das finanças, da política exterior, minas e energia, planejamento, dos portos e aeroportos, tecnologia e segurança.

A organização dos interessados não é brincadeira. Só debaixo do teto de uma embaixada pode-se encontrar mais de quarenta repartições para os diversos assuntos de interesse. Det certa maneira é normal, mas de outra não é porque o principal motivo abaixo de tudo isso parece ser o de obter capacidade para um controle total a ser devidamente exercido com mão de ferro. Como sabemos tudo costuma ser defendido com unhas e dentes. Representação oficial com todas as honras e muito respeito, mas tem que se estar de olhos abertos para as atividades de rua, que nós, crianças dos anos sessenta sabemos aonde leva, assim também o como, e o porque. Quando o interesse é tão grande, toda a atenção é pouca.

Os próximos planos dos americanos, pelo que se sabe,  é o de abrir mais de dez novos consulados nos grandes estados do Brasil, inclusive em Manaus, Amazonas. Por razões economicas é de se esperar uma diminuição efectiva de gastos públicos nas representações norte-americanas, mas a representação diplomática no Brasil é excessão. Quanto às devidas razões podemos exercer nossa capacidade de fantasia livremente.

O fato é que nos próximos 15-20 anos, como dizem os analistas internacionais, o Brasil deverá estar em condições de ser um contra pêso geopolítico para os Estados Unidos no continente e isso preocupa Washington e muito. Que não se tenha dúvidas que isso é verdade em relação aos republicanos assim como aos democratas e eles agem de acôrdo.

Queremos um Brasil soberano e uma ecologia saudável e isso sem as tramas mortais de uns e outros para seus próprios benefícios economicos e geopolíticos.

Referências:

Nikandrov, Nil, “Eleicões em Brasil” – em www.fondsk.ru

ATAQUES NUCLEARES PARA IMPEDIR DESENVOLVIMENTOS SÓCIO-ECONOMICOS

Por Anna Malm

Quando armas nucleares com uma capacidade explosiva seis vezes à da bomba de Hiroshima são aclamadas pela opinião científica autoritativa como uma arma humanitária, conquanto armas nucleares não existentes do Irã são apontadas como um perigo alarmante para a segurança  global  [1] está na hora de se começar a fazer algumas perguntas.

Antes de mais nada é bom entender o que os Estados Unidos com o seu séquito de aliados querem dizer com a chamada doutrina da guerra nuclear preventiva, ou seja,  guerras nucleares como meio de  prevenção. O que chamam de prevenção é um ataque e no caso, um ataque com armas nucleares. Esse ataque ao qual chamam de prevenção, não se refere a uma resposta nuclear  a uma ataque nuclear ou mesmo a uma  resposta nuclear  a um ataque com armas convencionais. Aqui os Estados Unidos apoiados pelos seus seguidores  tomam simplesmente a liberdade de atacar com armas nucleares a quem quer que seja,  para impedir desenvolvimentos sócio-economicos desfavoráveis aos interesses financeiros das elites sustentadas pelo poder político que eles representam nos seus países. A isso chamam de guerra preventiva, onde se reservam o direito de usar armas nucleares.

O uso de ataques nucleares para prevenir ou impedir desenvolvimentos indesejáveis e isso, em primeira mão no Oriente Médio, e aí muito especialmente no Irã,  foi projetado em 2001. [2]  A seguir veio o passo necessário [3] para  obscurecer a diferença entre ataque e defesa. Isso é importante porque o que vimos durante toda a guerra fria foi uma doutrina de estabilidade onde tudo girava em torno de uma ação defensiva. Se atacado, a retaliação imediata era certa. Assim sendo era a doutrina nuclear do tempo da guerra fria uma doutrina nuclear puramnete defensiva. As armas nucleares da guerra fria eram armas de estabilização e puramente de defesa, por assim dizer. A idéia não era ir ao ataque, mas se defender de um ataque.

Hoje estamos face a uma realidade diferente. A nova doutrina nuclear estabelece não sómente ataques nucleares para prevenção, como também estabelece a doutrina da ação conjunta, ou seja do uso de armas nucleares a ser usadas conjuntamente com o uso de armas convencionais em casos a serem escolhidos[3]. A ação conjunta de armas nucleares e convencionais a serem usadas contra os países  inimigos  que chamam de vagabundo, sem eira nem beira, ou seja, “rogue states”,  precisa de ser bem entendida. Nos dias de hoje, de acôrdo com as especificações militares norte americanas,  um ataque nuclear poderá até ser deslanchado no caso de um país dito  inimigo,  for suspeito de planejar a construção de armas de destruição massiva num futuro  próximo,  assim também como num futuro mais indeterminado. Parece coisa de louco, mas é a implementação dessa doutrina que estamos à beira de verificar no Irã. Deus que não o permita.

É também bom se abrir os olhos para o que chamam países vagabundos, sem eira nem beira, rogue states. O Irã, que decididamente colocam nessa categoria, uma vez que planejam atacá-lo com armas nucleares na suposição de que num futuro indeterminado ele venha a ter a intenção, e então a possibilidade,  de construir armas nucleares, é um dos berços da nossa civilização e uma cultura antiguíssima.  Irã hoje é um país  sofisticado e rico, com 74.196.000 de habitantes e com um PIB  de  $858.652 bilhões de dólares. Isso para não se mencionar que Irã é por aí a segunda reserva mundial em petróleo e gás, sendo o seu petróleo o equivalente a 10% da reserva mundial de petróleo. A reserva do Oriente Médio é de 65%, com o Irã aqui incluido. Os Estados Unidos tem  2,8% (dois vírgula oito por cento) do total mundial, como sabemos.

Em termos de comparação podemos acrescentar que o Brasil tem um PIB estimado para 2010 de por aí  uns $2.013 trilhões de dólares com uma população estimada de 192. 272. 890 de habitantes.. Acrescentemos que a China tem uma população de 1.338.612.968  de habitantes e  um PIB de $ 8.765 trilhões de dólares. Isso faz com que a China e o Brasil, juntos,  tenham uma população de 1.530.885.858 de habitantes e um PIB de $10.778 trilhões de dólares.

Os Estados Unidos tem 309.730.000 de habitantes e Israel tem 7.602.400 de habitantes. O PIB dos Estados Unidos é de $14.256 trilhões de dólares e o de Israel $ 206.430 bilhões.

Num contexto internacional – Quem é o Mr.Universo – chama-se  a atenção para o fato que a população dos Estados Unidos não é maior que 5% da população mundial e que num contexto de PIB temos, como especificado acima, EUA e Israel com aproximadamente quatorze trilhões de dólares conquanto a China e o Brasil juntos  tem como onze trilhões de dólares em PIB.

Agora,  se a isso colocarmos a Turquia (72.561.312 habitantes), a Líbia, a Venezuela, Cuba, Bolívia Equador, Nicaragua Síria e Líbano teremos quantos trilhões de dólares e quantos habitantes? A minha pequena calculadora não dá conta do recado, mas ponho as sifras individuais em [4] nas referências e notas que segue abaixo.

É interessante exercitar os nossos podereres de observação e análise para entender do que se trata. De quebra podemos acrescentar que as maiores companías de gás e petróleo do mundo vem da  Arábia Saudita, Irã, Qatar, Iraque e Venezuela. Interessante e instrutivo prestar atenção aos países na liderança energética aqui especificados, assim como também prestar atenção a importância economica  dos bilhões e trilhões de dólares  dos países especificados mais acima com suas respectivas populações e PIB, que note-se de passagem não são os países da chamada hegemonia, ou liderança ocidental.  O que os  países da dita liderança ocidental tem , e aí os Estados Unidos estão realmente liderando,  são dívidas,  que em relação aos respectivos PIB são mais mesmo é impagáveis. Daí as doutrinas nucleares preventivas, o Afeganistão e mais do que outro o Irã que estão mesmo preparando para  uma atrocidade nuclear.

Quem quer atacar quem, quando, onde e porque?

Em 1945 no final da guerra mundial, na hora de saber quem teria o que, os Estados Unidos tinham alguns interêsses que se pode ver como interesses de mercado para exportação e investimentos. Os mercados desejados eram os  da Europa Ocidental, da Alemanha derrotada, da Europa Central e Oriental. Hoje, sessenta e cinco anos depois,  já não temos mais alguns desejos e objetivos especificados em conferências internacionais como por exemplo a de Jalta, logo após o final da guerra mundial.

Hoje os Estados Unidos não especificam mais seus desejos e objetivos. Hoje  já põem diretamente suas tropas através do globo. Portanto temos o nosso globo dividido em esferas militares a serem sujeitas à supervisão e ao comando militar norte  americano. Confira as siglas americanas em [5] abaixo. As regiões militares especificadas são divididas e denominadas como Norte América, América do Sul, Pacífico, União Européia, Europa Central, Ásia e Africa.  Temos as devidas áreas do globo divididas em regiões militares a serem submetidas ao economicamente impotente Estados Unidos.  

De acôrdo com os segredos oficiais americanos,  agora abertos ao público por razões constitucionais, se pode comprovar que os projetos de ataque ao  Irã vem dos anos noventa. Um ataque ao Irã  faz parte de um programa  muito descarado de ataques sucessivos  premeditados já a muitos anos. Primeiro o Iraque, depois Irã. Era o que tinham e continuam a ter como  projeto Nr 1,  por assim dizer. A diferença é que agora – e contra isso teremos que agir com tudo o que temos – o ataque  premeditado é nuclear.

Nos Estados Unidos vai agora uma campanha: “Israel – Ameaça Existencial.” Ao lado dessa campanha temos a publicação de um artigo de Jeffrey Goldberg. [6 ]

Goldberg afirma em seus relatórios que conversas com generais israelenses, assim como outros analistas e planejadores na área da segurança nacional de Israel, deixam claro que os que estão na liderança política israelense não vêem o programa nuclear iraniano como uma ameaça existencial. Acreditam na verdade que o Irã não tem propensões suicidas declaradas ou veladas.O que acham é que um Irã nuclear vai progressivamente  minar as posição de supremacia israelense na região, o que se mostraria na prática na redução das possibilidades de Israel de reter seus mais creativos e produtivos cidadões assim como de atrair novos. Em outras palavras, um enfraquecimento mais endêmico e progressivo como nação.  Isso então,  de acôrdo com o Ministro da Defesa Israelense, Ehud Barak.

A grande ameaça ao Sionismo é a diluição da qualidade de ponta ou de supremacia, diz Ehud Barak à Goldberg. Isso significa, trocado em miúdos, que Israel não conseguiria manter seus cidadões mais capazes em áreas como por exemplo a da tecnologia em Israel, assim como também não conseguiria atrair novas capacidades  para Israel, se Israel não pudesse  manter a  posição de liderança única na região. Liderança essa que lhe confere um grande poder de atração,  apresenta-se como subentendido.  Desse aspecto é um Irã nuclear e tecnologicamente avançado uma ameaça maior e mais temível do que um ataque nuclear com armas nucleares não existentes, ou se no  caso de existência futura,  uma opção suicida, que por si mesmo descartam como não realista. Lembre-se aqui e de passagem,  que em 1992 era o Iraque que era o grande perigo.

Na prática vimos que em 2003 os Estados Unidos tiveram que fabricar uma mentira para sustentar o ataque desejado por Israel ao Iraque.  Já em 2005 os americanos resolveram o problema de maneira mais eficaz. Reforçaram a doutrina do ataque preventivo de 2001  com uma nova doutrina para Operações Nucleares e Convencionais  Conjuntas como especificado em [2] e [3].

Para se arrepiar os cabelos acrescenta-se ao dito que já não é o Presidente em ato único e imprescindível que autoriza os ataques nucleares. De acordo com as novas diretivas são os comandantes no local  da guerra que determinan quando e onde usar as armas nucleares.

Mas voltando a Ehud Barak e Goldberg. Difícil de acreditar? Não são simplesmente minhas palavras. Também não é simplesmente Ehud Barak que sósinho está para as afirmações. Ephrain Snenh, ex autoridade na área da Defesa em Israel, também confirma as posições israelenses apresentadas nos relatórios de Goldberg.

Israel deseja então que os Estados Unidos ataquem o projeto nuclear civil do Irã com armas nucleares para que Israel se salve não de uma aniquilação existencial, quando e se, as armas nucleares presuntivas do Irã estiverem prontas.

Não, é como dito. O ataque nuclear deve ser infligido para evitar “uma diluição da qualidade de atração de Israel”. Minhas palavras? Não. Palavras de Ehud Barak, Ministro de Defesa israelense. Lembre-se também que essas palavras não foram ditas em entrevistas internacionais coletivas, mas pessoalmente para Goldberg, como esse as apresentou  no seu relatório. Isso é realmente uma ironia,  porque a intenção básica de Goldberg, como eu a entendi, era a de ajudar na campanha à respeito da suposta  ameaça existencial de Israel. Seja como for, os fatos apresentados não ajudam muito nessa campanha de desinformação e subterfúgios.

 É  piada? Não, não é piada. Bombardear as instalações nucleares iranianas com armas nucleares significa guerra. Guerra essa com consequências mundiais  imprevisíveis.

Ataques nucleares para impedir desenvolvimentos sócio-economicos indesejáveis, como se nos apresentam oficialmente nas doutrinas nucleares dos Estados Unidos?  De que mais precisaremos para agir individualmente, assim como países, unidos,   contra a demencia e barbarície generalizada? O que podemos fazer contra tudo isso?  Na minha opinião, em primeira mão, como indivíduos com voz pública,  informar  apresentando os fatos tais como são.

Ataques nucleares para impedir desenvolvimentos sócio-economicos indesejáveis é o que temos a nossa frente.  Piada?  Não. Fatos que se nos apresentam em linguagem sofisticada. Linguagem militar-diplomática. Exemplo Magnum – Irã.

REFERENCIAS E NOTAS

[1] Prof. Michel Chossudovsky, “Preparing for World War III, Targeting Iran.” Part I:Global Warfare em www.globalresearch.ca

Prof Michel Chossudovsky,  “Targeting Iran: Is the US Administration Planning a Nuclear Holocaust?” em www.globalresearch.ca

[2] 2001 – Nuclear Posture Review – Veja também “PNAC document Rebuilding America´s Defenses, Strategy, Forces and Resources for a New Century.”

[3] Conhecida em Washington como “Joint Publication 3-12” (Publicação Conjunta 3-12) – a doutrina nuclear – Doctrine for Joint Nuclear Operations, DJN –MARCH 2005 que chama para uma integração dos ataques convencionais e nucleares.

[4] Turquia 72.561.312 habitantes – PIB $ 880.061 bilhões; Líbia 6.420.000 – PIB $ 90.744 bilhões;  Venezuela 26.814.843 hab. –  PIB$ 349.081 bilhões; Cuba 11.236.444 hab. – PIB $ 111.001 bilhões; Bolívia 10.907.778 – PIB $ 45.563 bilhões; Equador 13.625.000 hab.- PIB 114.827 bilhões; Nicaragua 5.891.199 hab. –PIB 16.626 bilhões; Síria 22.198.110 hab. – PIB $ 99.544; Lebano 4.224.000 – PIB $ 58.576 bilhões.

[5] USNORTHCOM; USSOUTHCOM; USPACOM; USUCOM; USCENTICOM; USPACOM; USAFRICOM.  Especificação dos nomes dos comandos militares nos quais os Estados Unidos dividiram o mundo.

[6] Leverett, Flynt e  Leverett, Hillary Mann; ”The Campaign To Turn Iran Into An Existential Threat” em  www.raceforiran.com

CAUSAS E EFEITOS

Por Anna Malm

Os efeitos se conhecem bem mas as verdadeiras causas ainda continuam desconhecidas para a grande maioria das pessoas. Quais foram as verdadeiras causas do terror militar que nos matou, mutilou e nos pôs a chorar no exílio?

A relação entre a doutrina econômica e o terror devastador a que fomos submetidos nunca foi clara e abertamente focalizada e muito menos reconhecida como tal. As pesquisas focalizaram no que aconteceu, enquanto “o porque” nunca foi focalizado com a devida atenção. Teremos que reconsiderar e reconhecer isso se não quisermos ser vítimas de novas afrontas e desgraças. A causa, ou seja  a introdução de um capitalismo completamnete libertado do poder coordenador e restritivo de um estado organizado, capitalismo esse agindo em liberdade para acabar com todo e qualquer resíduo do que tradicionalmente se chamou um “Estado” foi a causa maior do terror que nos paralisou por tantos anos de ditadura militar e isso  tem de ser entendido.

Se as causas do terror no Chile, Uruguai, Argentina e Brasil tivessem sido devidamente entendidas, hoje não teríamos nem um Iraque nem um Afeganistão nem uma Líbia nem uma Síria e nem mesmo Gaza na condição em que se encontram, assim como também não estariamos obrigados a perpetuamente assistir as macabras danças de guerra ao redor do Irã.

A derrubada do poder democrático do Chile foi o produto de uma ação planejada, assim como o desenrolar dos acontecimentos no Uruguai, Argentina e Brazil foram fruto de um planejamento bem orquestrado para possibilitar a aplicação de uma teoria econômica que nunca poderia ter sido aplicada dentro de um sistema democrático. A teoria de Milton Friedman, a de um liberalismo extremo, implica na prática a destruição total das organizações tradicionalmente existentes para se construir uma forma completamente nova de poder, onde qualquer coisa que se chame “Estado” não teria maiores probabilidades de sobrevivência. Tanto a transição como os efeitos a longo prazo desse processo são tão dolorosos, que nenhum povo iria se submeter de livre e espontânea vontade  ao experimento.

Por conseguinte nem tentaram aplicá-la aos Estados Unidos. Para a aplicação prática dessa teoria  precisava-se de um poder que contivesse  a indignação popular calando-a por exemplo por meio de um terror paralisante o que seria impossível dentro dos padrões democráticos tradicionais.  Tudo começou nos meados de 1950 nos Estados Unidos quando CIA iniciou o financiamento de pesquisas na arte da dominância total. [1] O sistema de tortura que veio desses esforços se concretizaram na nossa carne e nas nossas mentes no tempo infeliz durante o qual fomos completamente subjulgados pelos Estados Unidos. Mais recentemente esse sistema de dominância/tortura e guerra também foi se concretizar no Iraque, com sua central de tortura extendida à Guantánamo, Líbia, Síria e incontáveis outros centros de morte e destruição. 

O mais elaborado laboratório para a aplicação da teoria econômica neoliberal de Milton Friedman – com toda a dor resultante – foi realmente o Chile. Os acontecimentos que levaram em 11 de setembro de 1973, a derrubada de um poder democrático para assegurar que  uma ditadura militar sanguinária fosse no futuro levar a uma democracia,  é uma lógica com todas as aparências de lógica de doido varrido. A lógica estringente no entanto está lá e tem um fim determinado. Se age  com a intenção de chegar a um fim bem definido.

No Chile assassinaram barbaricamente mais de 3200 pessoas, muitas das quais mesmo depois de mortas continuaram a ser mutiladas. Emprisionaram  mais de 80 000 das quais não se sabe quantas torturadas e no exílio se jogaram mais de 200 000 pessoas. Isso não foi feito silenciosamente. Muito pelo contrário, porque o objetivo não era por fim a um grupo de revolucionários armados, como diziam, mas de criar e manter o terror necessário para a aplicação prática da teoria econômica.

A miséria e a fome devastadora tornou se realidade para muitos dos quais se mantiveram no país, através da queda brutal dos salários seguida do aumento exorbitante dos preços da comida básica tudo acompanhado pelo pavor de poder ser o próximo a ser levado dentro da noite para um centro especialisado de tortura. Tudo isso para que? Tudo isso por causa de uma campanha monstruosa para limpar o país dos tipos subversivos que lá estavam, isso quer dizer a grande maioria dos habitantes do país, impedindo o desenvolvimento de uma doutrina econômica pura, a teoria econômica do Sr. Milton Friedman, amigo do Sr. Donald Rumsfeld, que naquêle tempo não se via pelo Chile, mas que mais recentemente se pôde ver fazendo inspeccões no Iraque.     

Quando o verdadeiro terror começou, quer dizer o terror militar, os grupos armados já estavam controlados a muito tempo. Não eram os grupos revolucionários armados que tinham de ser destruidos. Era a nossa própria cultura, em suas raízes mais profundas que tinha de ser destruida, era a nossa maneira de ser e pensar que tinha de ser destruida. Da mesma maneira que se trabalha um campo com um arado ou um trator para limpá-lo e amaciá-lo para uma nova plantação assim se estava trabalhando o país para uma nova realidade e maneira de ser, ver e pensar.

Em outras palavras, a maneira neoliberal derivada de um contexto norte americano contendo naturalmente as maneiras básicas de vida norte americanas. Se não puderam aplicá-la nos Estados Unidos foi porque essa teoria econômica era tão extrema que nem mesmo os americanos a poderiam aceitar, mas Chile a teve empurrada pela guéla abaixo. Não foi por méro acaso que na Argentina não se limitaram a tirar crianças filhos das famílias revolucionárias para as colocar junto a famílias abastadas ou de militares. Prenderam, mataram ou fizeram desaparecer uma grandíssima quantidade de jovens os quais consideravam já como caso perdido para a sua causa ideológica. As crianças ainda poderiam ser programadas, mas os jovens já estavam formados dentro de uma outra realidade, ou melhor dizendo, numa outra maneira de pensar.

Dígno de ser  lembrado é que na realidade não foram os militares latino americanos que planejaram tudo. Êles só executaram a parte prática da história. O planejamento foi feito em universidades por todo o continente norte americano e financiado com capital de interêsses econômicos americanos e seu centro de inteligência em direto contacto com o Pentágono e com todas as diversas administrações que se seguiram. Tudo seguindo um caminho linear desde os anos cinquenta-sessenta. Mais recentemente estiveram no Afeganistão e por enquanto ainda continuam a dançar em volta do Irão.

Observe-se aqui que na América Latina dos anos sessenta aos oitenta, o inimigo ou o obstáculo aos cálculos dos interêsses financeiros americanos aparecia na forma de elementos de esquerda, portanto a luta foi contra a esquerda, mas poderia muito bem ser qualquer outra coisa. A verdade é que não importaria se fosse de esquerda, de direita, centralista, islamista, budhista ou diabista. O que não deveria existir era uma organização política, econômica ou social impedindo drásticos cortes no âmbito social assim como um enfraquecimento do Estado, enfraquecimento êsse que tinha vistas ao seu fim definitivo. O ideal que êles tinham em mente seria um mundo no qual o correio público, os postos de saúde e os hospitais públicos, as escolas do estado, os transportes públicos, a indústria siderurgica assim como a indústria petrolífera, a polícia, as prisões, as interrogações policiais ou mesmo a polícia e porque não os militares e seus serviços de inteligência, enfim tudo, deveria estar  em mãos não do estado, mas de particulares.

Mãos essas que consideravam como mais efetivas. As mãos idealisadas seriam então as mãos dos “senhores doutores” com os bolsos cheios de dinheiro e com mais dinheiro a caminho. Que maravilhoso mundo novo. Seria mesmo muito maravilhososo para os que estivessem no cúmice da pirâmide. Para os outros seria só calar a boca e trabalhar. Se ficar doente, paga. Se morrer, não faz mal. Outros virão aqui trabalhar. Hoje tudo isso some dentro do conceito de “globalismo”.

A solidaridade assim como a organização social e um estado capáz são, como conjunto, o inimigo número um dessa forma de capitalismo extremo, ou seja, do neocapitalismo. É o capitalismo que se pretendeu impôr ao Iraque, ao Afeganistão, a Síria e ao Irã em vez de aceitar as alternativas de Governança Islâmica ou de um Capitalismo Nacionalista, como no caso do Iraque de Saddam Hussein ou a alternativa da Líbia Socialista de Muamar al-Gaddafi. A União Africana com uma valuta baseada em ouro puro também foi vista como um sacrilégio ou pecado mortal aos olhos do “Ocidente Coletivo”. Sacrilégio e Pecado Mortal foi o veredicto.

Gaza, numa eventual Governança Islâmica com o eleito Hamás, fica numa situação especial porque não está confrontando sómente um capitalismo mordaz mas outros tipos de subjugação também. O que tanto horroriza na situação dos prisioneiros palestinos  adultos, ou ainda de maneira mais horripilante quando se trata das crianças palestinas emprisionadas por Israel, é a total falta de direitos humanos dessas. Entretanto, o tipo de emprisionamento que sofrem está bem dentro das linhas de diretivas partindo dos centros de pesquisas americanos dos anos cinquenta e sessenta, quando da procura de um domínio total.

A União Europeia, UE, caso a parte, caminha também lenta e certamente na mesma direção no que diz respeito a um total domínio pelas elites. Na minha opinião aqui já se pode ver claramente a junção e a influência das teorias econômicas de Milton Friedman -neoliberalismo extremo- com a herança nazista transportada da Europa para a América 1945-1949, herança essa implementada pelo mundo todo desde então pelos americanos através das suas agências civís e militares de segurança. Dessa maneira a herança nazista voltou ao continente europeu, onde por tudo o que se pode entender veio a encontrar um ninho acolhedor nos mais altos âmbitos administrativos da União Europeia.

Agora, a mídia ocidental descreve certos acontecimentos, por exemplo como os de Guantánamo e Abu-Ghraib de tal forma, que até se pode pensar que aquilo até que não é nada. Um capuchão na cabeça, um pouco de orgia sexual e de abusos humilhantes e pronto, até que não é assim tão perigoso. Até as tentativas de afogamento com as sensações de angústia que se apresentam na experência da própria morte conseguem apresentar como coisa leve.

O que escondem é que  as pessoas submetidas aos tratamentos específicos das diversas formas de tortura (estabelecidas desde os anos cinquenta e sessenta nos Estados Unidos) acabam por perder a sanidade mental e a sua condição normal de seres humanos. O que a mídia ocidental mostra é muito pouco, ou quase nada, da realidade terrorizante a que as pessoas emprisionadas, em diversos centros correlacionados pelo mundo são submetidas. Pessoas dígnas de crédito depois de visitarem Guantánamo em posição oficial, puderam constatar que Guantánamo mais se assemelhava a um manicômio do que a uma prisão. Salas cheias de gente com sintomas de loucura generalizada e sem contacto com o que nós chamamos de realidade acaba por ser o resultado das torturas desses tratamentos.

SANGUE AFEGÃO

O PODER DA UNIÃO MONOLÍTICA

Por Anna Malm

De acôrdo com notícias apresentadas e analisadas na mídia internacional [1],  a reunião dos Ministros do Exterior da India, Brasil e Africa do Sul, na India, resultou em um grupo de declarações conjuntas entre as quais algumas com grandes implicações na arena internacional. Por ex., analisando os acontecimentos no norte da Africa o grupo ressaltou que a imposição de uma zona militar no espaço aéreo da Líbia é um ato declarado de guerra.

Levando-se em consideração que aqui temos a India que é um país de peso não só regionalmente na Asia como também internacionalmente, o Brasil na América Latina do qual se pode afirmar o mesmo, assim também como a Africa do Sul que também está na mesma categoria em relação ao seu peso político, pode-se chegar a algumas conclusões. 

Os países que cada um por si e conjuntamente estão reclamando a imposição de uma zona militar no espaço aéreo da Líbia – ato declarado de guerra – são em sua maioria velhos colonizadores e exploradores não só da Africa como da América Latina e da India.

Através da declaração conjunta temos então frente aos nossos olhos uma configuração clara e bem formada de velhos atores frente à frente com os novos exponentes da política internacional, tomando posições determinadas e opostas.

Aqui temos contra mais uma guerra na Africa e no Oriente Médio vislumbrada pelos interesses econômicos dos velhos imperialistas de sempre,  uma coalisão oposicionária de nada menos que a India, Brasil e a Africa do Sul, que apesar de terem em muitos aspectos uma colaboração política e econômica com os velhos atores internacionais aqui apresentam-se como um bloco monolítico à se levar em consideração.

De acordo com o analista do mencionado estudo [1], a India, o Brasil e a África do Sul também declararam conjuntamente que veem a necessidade de reformar o Conselho de Segurança da ONU como premente e inevitávle.

Como já ressaltamos em outras ocasiões, o Conselho de Segurança da ONU era viável e apropriado em 1945. Já hoje, 2011, nos leva à situações deploráveis como quando um único país por interesses políticos e econômicos próprios pulveriza as intenções de centenas de outros países ao mesmo tempo em que coloca a humanidade frente à ainda mais uma guerra injusta e abominável.

Como apresentado pelo analista mencionado [1] as declarações conjuntas da India, através do seu Secretário das Relações Exteriores, Mirupama Rao, do Brasil através do seu Ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota e da África do Sul,  ressaltam-se  a necessidade de reformas no forum internacional.

Reformas essas que são de uma importancia enorme para refletir as realidades geopolíticas contemporaneas assim como também para aumentar a representatividade, a eficiencia e a legitimação, por ex.  da ONU, de maneira que o objetivo comum de fazer essa estrutura governante mundial mais democrática, representativa e transparente, possa ser conseguido.

Como apontado pelo analista [1], apesar dos elementos muito importantes apresentados acima, a reunião e as declarações conjuntas da India, Brasil e Africa do Sul tem implicações principiais mais fundamentais.

As declarações conjuntas desses tres países de pêso apresentando-se como um bloco monolítico mostram-nos claramente o que pode ser conseguido no forum internacional. Para usar um aforismo é mesmo literalmente o caso do poder da flor contra o canhão, como no seu tempo vislumbrou o velho Geraldo Vandré.

O mesmo pode ser expressado como não só a necessidade premente, mas como a realidade potencial abrindo-se frente aos nossos olhos para um mundo de-facto multipolar. Mundo multipolar esse com pêsos e medidas na arena internacional contrabalançando as políticas imperialistas dos EUA-OTAN-UE. Políticas imperialistas essas que infelizmente atualmente se baseiam na necessidade de criar e manter guerras por razões não outras que manter a economia imperialista defendendo-se da falencia.

A India, o Brasil e a Afria do Sul (sigla inglesa IBSA) é uma demonstração produtiva do que uma ação conjunta representa para o mundo atual. No caso do Brasil temos ainda que ressaltar que não é o Brasil, é a América Latina. É o conjunto dos que já sofreram suficientemente com as exigências dos Estados Unidos, do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional,  que outra coisa não é que instrumento dos interesses econômicos simbolisados pela Wall Street. Desmantelar govêrnos, estruturas sociais e forças coesivas para o bem das oligarquias pertencentes as economias imperialistas e seus associados. Não é esse o futuro que teremos ter.

Queremos uma América Latina unida através da Mercosul e das estruturas de coesão à duro custo estabelecidas nos últimos decenios. Não queremos nos aliar, subjugando-nos, ao Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, organizações essas que em primeira mão foram criados para defender os interesses econômicos dos Estados Unidos no fim da segunda guerra mundial, quando então eles tinham capacidade econômica de pêso, o que já não acontece hoje.

O que os Estados Unidos tem hoje são os canhões para os que não se submeterem as directivas do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional quando suas economias quebradas abaixo da especulação financeira dirigida pela Wall Street se puserem de joelhos pedindo a inevitável “ajuda financeira”, ajuda essa que será conseguida se os governos, assim como as intituições públicas, se desmantelarem deixando as multidões famintas e desamparadas, mas a estrutura imperialista fortificada.

Mas não precisa ser assim. Existem outras oportunidades como por ex. o Banco da China ou o Banco do Desenvolvimento da Republica Popular da China que por sua vez está para abrir uma filial no Rio de Janeiro.

Em suma, é através da formação de blocos monolíticos na América do Sul, assim como com contactos com centros de poder fora da esfera EUA-NATO-UE  que poderemos ter um futuro mais promissor.

Esse trabalho não é para amanhã. É para hoje, assim como já foi feito à tres dias atrás com as declarações conjuntas da India Brasil e Africa do Sul. India e Brasil também fazem parte do grupo BRIC (Brasil Russia India e China) grupo esse que se reunirá na China em abril.

EUA-OTAN-UE com todas as honras, mas nosso futuro está nas possibilidades de unir laços de interação com a Venezuela, Cuba, Argentina e todos os outros na América Latina assim também como com nossa capacidade de conseguir ampliar nossa rede de relações fora da camisa de força dos EUA-OTAN-UE.

Aqui temos por ex os países árabes por excelência, a IBSA (India Brasil Africa do Sul) o grupo BRIC – ressaltando-se aqui a Russia e a China como avenidas potenciais para um mundo multipolar mais equitativo.

Deixemos em paz os guerreiros recolhendo os destroços e escombros de suas guerras intermináveis e ainda por vir.

Referências e Notas: [1] Mahapatra Aurobinda (India) em “Arab World and Beyond: The IBSA Perspective. Key Words: Brazil, India, Middle East, South Africa. Em www.strategic-culture.org

Decadência Político-Econômica; Predominância  Militar

Por Anna Malm

Porque se está a convidar a raposa para guardar o galinheiro? Conquanto um govêrno brasileiro realmente popular pudesse conseguir manter um equilíbrio entre o colaborar militarmente com os EUA e o guardar a integridade futura do país, o mesmo já é mais questionável quanto por exemplo ao tucanato, ou seja, quanto a um govêrno elitista.

Mesmo em um govêrno brasileiro verdadeiramente popular os riscos de uma colaboração militar abrangente com os EUA já me parecem maiores que os benefícios. Isso se dando ao fato de um govêrno Obama com todas as probabilidades será mais cedo ou mais tarde repôsto por um que mais corresponda aos fatores históricos americanos, ou seja um govêrno de tipo neocon. Também nunca se sabe que tipo de govêrno ou de interêsses econômicos que estarão em possibilidades de dar as cartas no Brasil.

Os EUA estão decididamente numa fase de decadência político-econômica. Quando se vê os EUA como um poder mundial absolutamente invencível se comete um grande êrro. Em análises que só veem o grande poder militar esquece se de levar em consideração os pés de barro sustentanto o colôsso, ou seja:- [1]

O declínio econômico americano  relativo às potências emergentes, a vulnerabilidade dos países “sustentando a super-potência” e a própria des-industrialização e a financialização da economia americana. [2]  Também aqui se acrescenta a precária situação do dólar como moéda de reserva para as transações econômicas internacionais, um dos alicerces do poder americano ao lado da força militar.  [3]

A forte predominância militar americana no mundo é infelizmente sustentada pelo poder midiático internacional que no essencial está nas mãos dos próprios americanos impossibilitando  uma conscientização do problema por parte da população mundial. [4]   A força militar norte americana se bem que contando com o empurrão da mídia internacional,  acompanha se também da  grande fraqueza econômica dos EUA. Uma eventual recuperação,  à julgar pelas probabilidades não é de se contar com,  ou de se creditar em confiança. Os débitos astronômicos do país e as relações desses com o produto interno bruto- PIB norte americano- desaconselham um tal julgamento otimista.

Os grandes potenciais econômicos emergentes em muitos casos atuais de-facto e de importância estratégica na economia mundial, já ultrapassaram de longe em têrmos de mercados assim como de produção industrial os EUA.  Às grandes potências emergentes também se juntam outras mais antigas que nunca alcançaram um lugar ao sol por si mesmas pela situação histórico-política mundial,  mantendo se à sombra do colosso de pés de barro. Colôsso que hoje lhes ameaçam com o sufocamento, se não com o próprio esmagamento quando da sua queda final, levando a êles e aos que com êles se associam ao ultimo vislumbre de poder e dominância.

As fraquezas endêmicas norte americanas também se pode destacar na seguinte equação matemática: x = 5% seguido de 20%  no conjunto abrangente de 50%.  Os têrmos da equação significam e note se que isso é muito importante: Os EUA fazem sómente 5% da população mundial, gastando em produção bélica mais que 50% do total dos gastos bélicos  do mundo inteiro. Sózinho- os EUA gastam mais em atividades relacionadas a guerras do que todos os outros países do mundo – juntos. 20% é o que êles representam do ponto de vista do PIB – produto interno bruto mundial.   [4]  [5]

Isso é fraqueza esclarecida em têrmos matemáticos precisos. Junte se a isso a arrogância e a ostentação ao que se pode acrescentar os seguintes dados: Os EUA  possuem 2% das reservas energéticas mundiais que se pode comparar com 65% das do Oriente Médio, onde só o Irã possui 10% desses 65. Um ponto a pesquisar é o exato nível do consumo energético dos Estados Unidos. No x da equação acha se a explicação do porque do Iraque, Afeganistão, Irã e Síria em forma matemática, por assim dizer.

Se acrescentarmos um y à equação encontraremos a  razão exata dos interêsses militares dos norte americanos na América Latina, que nem por um minuto acredito que seja uma sana vontade de combater [6] o terrorismo transnacional; o tráfico de narcóticos; a lavagem e a falsificação de dinheiro ou os desastres naturais que no final das contas sempre podem ser usados, como já fizeram em teoria e em prática para deslanchar seus interêsses financeiros.

Já combater movimentos sociais radicais e migração massiva parece-me mais aquim a uma sana razão para os interêsses militares norte americanos na América Latina, além de naturalmente virem juntos com interêsses estratégicos como acesso à água potável e outros bens imprecindíveis em caso de emergência como apresentado em  [6].   Um ponto central a se destacar na situação é que aspectos acima mencionados como por exemplo, o combate ao terrorismo transnacional, o tráfico de drogas e relacionados, deveriam estar dentro de uma área de competência policial, que nos seus aspectos transnacionais deveriam ser resolvidos através de acôrdos de colaboração mútua entre os países latino americanos.

Chamar os militares norte americanos para  soluções de problemas de natureza  policial através de toda a América Latina, onde terão por conta disso acesso ao que denomina centros de mobilidade estratégica com possibilidade de utilização de força decisiva em guerras relâmpago com rápida mobilização [6] é ao meu parecer o mesmo que pedir à raposa para tomar conta do galinheiro. Que não me venham a chorar quando não tiver nem uma galinha para contar a história do como foi que aconteceu.

Já de antemão se pode concluir que o paradoxo da expansão militar externa americana conquanto em um processo de deteriorização econômica interna em nada ajuda a situação no caso estudado acima, ou seja uma colaboração militar mais abrangente com os EUA. Soluções? Além de solidificar uma posição política compatível com o exercício dos legítimos interêsses sócio-econômicos brasileiros através do voto popular consciente, aguardar e observar os desenvolvimentos antecipando se a êles quando necessário, numa limitação muito ativa e previdente das regalias que se lhes apresentem antes que se fique de pés e mãos atados.

Referências:

[1]  Prof. James Petras, [Guerra com a China? Os Perigos de uma Conflagração Global. Poderes Econômicos Emergentes e em Declínio: Os Conflitos Sino-US aprofundam-se]  “War with China? The Dangers of a Global Conflagration. Rising and Declining Economic Powes: The Sino-US Conflict Deepens”  em  www.globalresearch.ca

[2]  Anna Malm, As guerras das fraudes enganos e imposturas em www.patrialatina.com.br

[3]  Anna Malm, Diversidade econômica e militar em www.patrialatina.com.br

[4]  Emir Sader – Entrevista com o filósofo italiano Domenico Losurdo: “Situação dos EUA é insustentável no longo prazo”  em www.cartamaior.com.br

[5]  e [6]  Manuel Freitas, Pravda.ru, “Império e o Sub-império em Nossa América   www.patrialatina.com.br

DECLARAÇÃO COLETIVA DO CENTRO DE PESQUISAS GLOBAISGLOBAL RESEARCH

Por Anna Malm

O grupo de investigação socio-politica da GLOBAL RESEARCH-  Centro de Pesquisas Globais [1] numa declaração coletiva publicada em 29 de maio trouxe à  superficie uma serie de fatos importantes. Na declaração argumentou-se que os inimigos da verdade, da liberdade e da  justiça são muito bem financiados e organizados.

Especificou-se que a estrutura do poder institucional, seja essa local, national ou global é um  mecanismo efetivo através da qual as elites dominantes exercem sua influencia, constroem consenso entre si,  embrutecem  a opinião publica através da desinformação assim como expandem o controle sobre a sociedade tomada como um todo.

Não importando as formas que as instituições do poder  tomem, sejam elas como centros de analises culturais, universidades, governos, corporações, instituições militares,  agencias secretas de inteligencia, Organizações Não Governamentais, conglomerados jornalisticos ou fundações filantropicas elas são, no contexto social atual,  instituições de controle e dominancia. Eles ressaltaram que independentemente da forma que essa dominancia tome, restrição fisica ou conquista ideológica, o resultato é sempre o mesmo: opressão e repressão.

Disse-se também que essas instituições são financiadas através do sistema bancario global numa comunhão entre os particulares e quasi-governamentais bancos centrais  que controlam o fornecimento do dinheiro assim como o valor desse nos nossos bolsos. Destacou-se que o sistema bancário que controla o fluxo e o valor do dinheiro é de- facto um  grupo altamente concentrado de instituições e pessoas. Nunca na historia da humanidade tão poucos controlaram tantos e tanto, visto de um ponto de vista global. Também nunca na historia da humanidade houve tantos com tão pouco e isso também numa escala global.

Argumentou-se que nunca antes houve um mecanismo para um controle tão global e uma  opressão tão abrangente. Disse-se que estavamos vendo a emergencia de uma nova forma de sociedade na qual os governos estavam a se tornarem mais e mais imperialistas num contexto internacional assim como mais e mais policiais repressivos no contexto nacional. Também se apontou  para o fato que esses estados estavam se estabelecendo cada vez mais como estados policiais absolutistas abaixo do pretexto da segurança nacional e que a repressão, o controle, a falta de liberdade, a falta de segurança pessoal e jurídica estava sendo  apresentada como uma necessidade  para proteger o cidadão,  mas  que na verdade as medidas tomadas serviriam  mesmo é para proteger os poderosos e as elites dos seus respectivos  povos.

A declaração ainda continha informação referindo-se a que sempre em forma mais abrangente os direitos civis e as liberdades da grande maioria das pessoas estavam sendo desmanteladas e que paises e povos a volta do mundo inteiro estavam sendo bombardeados e  atacados por maquinas modernas  totalmente automaticas, robots assassinos voando nos ceus com nomes como “Predatores,”  assim como por equipamentos militares de alta tecnologia,  projetados e usados para mais efetivamente matar ou oprimir as populações mais pobres.

Nos mencionados estados policiais emergindo por todo o  mundo, com centro no amago dos estados imperialistas, a tecnologia está sendo usada para espionar de perto o povo de maneira generalizada. Todos os movimentos na internet tem sido controlados com as devidas informações pessoais sendo arquivadas,  ou no ambito militar ou no ambito politico-policial. Os telefones tem sido escutados de maneira generalizada, assim como as devidas informações pessoais, assim adquiridas,  tem sido devidamente arquivadas. As camaras de controle não só estão nos filmando e fotografando por todo lugar como também categorizando e quantificando nossos rostos e registrando nossas reações emocionais. Destacou-se que estamos vivendo num cenário de pesadelo sempre crescente. Estamos tanto na Europa como nos Estados Unidos vivendo num mundo que se pensava existisse só na literatura,  como descrito por exponentes  como Aldous Huxley ou o autor de “1984.”  Foi concluido  que a tecnologia tinha influenciado e facilitado  imensamente os desenvolvimentos em questão e que pela primeira vez  em toda a historia da humanidade estavamos nos encaminhando para um estado policial verdadeiramente global e total.

Pessoalmente eu já a algum tempo tinha compreendido que de facto nós hoje já vivemos numa ditadura-militar-corporativista global,  onde o capital manda e a OTAN executa. Um exemplo concreto e bem atual o temos na Libia. Além de toda a tragedia e de todos os acontecimentos de que tão bem sabemos,  ainda temos um caso especial envolvendo o que foi apresentado num artigo de um serviço de noticias do Azerbaijão, publicado em 28 de março com o explicativo titulo de “A OTAN Conquistou o Controle do Petroleo de Kadafi Para o Centro de Negócios e Investimentos do Qatar no Azerbaijão.”  [2]

Nesse artigo explica-se que as perdas militares de Kadafi no solo da Libia, ocasionadas pelas forças militares aereas da OTAN, abriram possibilidades para os rebeldes libios de por sua parte restaurarem as exportações do petroleo. Como resultado dos bombardeamentos da aliança executados pela OTAN, e de acordo com um dos representantes para economia e petroleo dos rebeldes, esses agoram já tinham conseguido acordos para a exportação do petróleo, através da supervisão de Qatar. [2]

Os imperialistas manejam uma autorização farjuta  na  ONU,  a OTAN  bombardeia,  o petroleo da Libia vai  – para só dar um exemplo- parar nas mãos de seu concorrente e rival, Qatar que tem  filiais de seus negocios e investimentos de petroleo, no Azerbaijão.  Nós somos informados de que tudo tem  absolutamente de ser feito através de bombardeamentos humanitarios do povo da Libia. Completam dizendo que  isso tem absolutamente que ser feito antes que Kadafi consiga matá-los. Parecem ficar indignados pelo fato de que isso já não os levaria à morte por bombardeamento humanitario, mas sim à morte por  genocidio, o que  significaria uma afronta internacional, a ser punida com mais  bombardeamentos humanitarios. Compreenda-se por favor que não estou jogando com palavras.

Isso é criminoso.  São os que  conseguem autorizações farjutas  os que jogam com palavras assim como os que continuam a matar seres humanos  para manter suas posições socio-economicas.  Já agora nem querem mais usar as proprias mãos. Usam, como mencionado acima,  maquinas a que denominam predatorias. Se bem que ainda em alguns casos continuem a fazer isso cara a cara.  Mas, em muitas e muitas noites frias e infelizes do Afeganistão ou Paquistão essas caras seriam melhor descritas como carinhas, pois trata-se de crianças de 9, 12 ou 15 anos. Crianças essas que em muitos e muitos casos  – já como se dentro de um  esquema geral-  foram  tiradas da cama ao meio da noite para serem executadas. Elas são mortas, sem tribunal, juizes ou advogados,  no meio de suas proprias salas de visitas ou quartos. Não por engano ou acidente, mas intencionalmente.

Assim temos imperialistas no contexto internacional que se tornam em  estados policiais repressivos no contexto nacional. Quanto a novos estados policiais repressivos emergentes  serem já uma realidade na Europa, onde moro, é só reconhecer como fato consumado.  Tanto o meu telefone como a minha internet, entre muitas e muitas outras coisas,  estão totalmente abaixo de controle governamental   e isso não porque eu seja muito interessante. É por causa de muitas  leis,  que uma por uma foram sendo  aprovadas e passadas no Parlamento Nacional. Talvez nem fosse necessário especificar aqui que muitas e muitas informações apontaram para o fato que a esmagadora maioria dessas leis  vieram  através de requerimentos especificos dos Estados Unidos, onde diga-se de passagem o pesadelo dos que la vivem abaixo desse novo sistema repressivo é de doer.

Eu,  assim como Adriano Benayon o fez em seu artigo “Oligarquia financeira falida derrubou DSK” publicado aqui no Pátria Latina à  pouco tempo,  gostaria de recomendar o site Global Research  aqui nesse meu artigo denominado por “Centro de Pesquisas Globais.”  O endereço é como especificado em [1], No site também se encontram muitos e muitos artigos de central importancia traduzidos tanto para o espanhol como para o  português, francês e italiano. Para podermos vencer o poder temos que nos fazer poderosos e conhecer nosso inimigo,  e aqui temos uma boa fonte de informação a poder ser usada,  assim como no nosso Pátria Latina,  para o bem das nossas conquistas sociais em lutando as forças inimigas da verdade, da liberdade e da justiça.

É muito trabalho que temos que fazer conjuntamente com Hugo Chavez, Evo Morales, Daniel Ortega e Rafael Correa. Temos que lutar por nossas conquistas sociais  nesse mundo onde o banditismo está se tornando cada vez mais numa estrategia legitima abaixo da insignia da OTAN  e seus associados. A nossa luta tem que ser global e para tanto precisamos nos afiar e nos fortalecer lutando pelas nossas conquistas sociais.

Saber é poder e além do mais é como diz nosso querido Fidel Castro:- Ser Culto Es El Unico Modo de Ser Libre.”

REFERENCIAS E NOTAS:

[1] Global Research: “Empower Yourself to Fight the Power” by  Global Research em www.globalresearch.ca

[2]  NATO conquered from Gaddafi control over Libyan oil for Qatar Azerbaijan Business Center, March 28, 2011   http://abc.az/eng/news/main/52557.html.

Em português aproximadamente “A OTAN Conquistou o Controle do Petroleo de Kadafi para o Centro de Negócios e Investimentos do Qatar no Azerbaijão”

*Anna Malm é correspondente de Pátria Latina na Europa

DIVERSIDADE ECONÔMICA E MILITAR

Por Anna Malm

Diversificar as relações economicas e militares para sobreviver a devastação que o campo de morte do império, hoje naufragando, causa ao mundo atual.

O poder americano nos últimos cinquenta anos foi e continua sendo sustentado por dois fatores. O primeiro deles é o sistema do dólar e o segundo o poder militar.

O chamado sistema de “Bretton Woods” e´central para que se entenda a posição que o dólar tem na economia mundial.

As regras para as relações comerciais e financeiras entre as maiores nações industriais no tempo da segunda guerra mundial foram estabelecidas pelo acôrdo conhecido como Bretton Woods. Êsse acôrdo foi assinado em Bretton Woods, New Hampshire nos Estados Unidos,  por quarenta e quatro nações em julho de 1944. Daí o nome  de Bretton Woods.

New Hampshire é um estado no nordeste dos Estados Unidos. New Hampshire faz fronteiras com Massachussets ao sul, Vermont no oeste e Maine e o Oceano Atlântico no leste. Fica bem mesmo para o nordeste já quase nas fronteiras com o Canadá.. A região é mesmo bonita com imensas florestas que me parecem eucalíptos e lagos maravilhosos, como se vêm em filmes. O lugar até que é muito bonito mas as consequências para cada um de nós foi e continua sendo menos bonita.

 As negociações de Bretton Woods foram a primeira tentativa de negociações sistemáticas com a intenção de regular as relações monetárias e financeiras entre vários países.

Diversos fatores contribuiram possibilitando a introdução do chamado sistema do dólar. A grande depressão, a concentração do poder nas mãos de poucos países e a existência de um poder então dominante, os Estados Unidos, com possibilidades e vontade de assumir a liderança no setor monetário e financeiro internacional.

Pode se dizer que os Estados Unidos vestiram o manto e tomaram  a corôa imperial da Inglaterra no período da guerra mundial, entre 1939-1945. O poder mundial passou das mãos de um para outro sem grandes fanfarras se bem que a Inglaterra por sua vêz  nunca se tenha realmente afastado do  centro do poder, agindo nas sombras e recantos dêsse novo poder imperial. Nesse tempo Estados Unidos era um país de importância real, conquanto a Inglaterra estava sofrendo quedas e muitas dificuldades.

Os Estados Unidos contavam então com uma larga base industrial e uma economia sólida e isso foi uma realidade desde a recuperação do seu crash econômico de 1929 até mais ou menos o final dos anos sessenta e começo dos anos setenta. Como tinham emergido da guerra com uma enorme reserva de ouro, tiveram a possibilidade de propôr a comunidade mundial um sistema onde pagariam pelo seu dólar uma quantidade determinada de ouro, ou em outras palavras, garantiriam que cada dólar fosse trocado diretamente por ouro.

Dessa maneira o dólar veio a ser oficialmente escolhidocomo a “moeda internacional”. Os Estados Unidos então comprometeram-se oficialmente a trocar cada dólar por “an ounce”, ou seja, algumas miligrams de ouro. Os países que assinaram o acôrdo comprometeram-se a implementar uma política econômica que sustentasse as suas próprias moédas no pêso proporcional que se lhes tinha sido atribuido, na ocasião, em relação ao dólar.

Tendo o dólar sido escolhido como a moéda para as transações financeiras internacionais êle  passou a ser o dinheiro com a qual se pagava a compra e venda, por exemplo, do petróleo e seus derivados  no mercado internacional.  Sendo esse o caso,  os bancos centrais da maioria dos países começaram a acumular seu capital em dólares.  O dólar foi literalmente escolhido como moéda para as transações internacionais e foi se estabelecendo naturalmente no decorrer dos tempos como “moéda de reserva” nos bancos centrais  mundiais. Como os responsáveis sabiam que uma crise poderia vir a qualquer momento e que o petróleo e seus derivados necessários para a manutenção das suas indústrias teria de ser pago no mercado internacional em dólares – para aqui não se mencionar todas as outras comodidades que também deveriam ser compradas e pagas no mercado internacional por dólares – enormes reservas de dólares foram se acumulando nos bancos centrais do mundo todo.

Tudo funcionou muito bem até 1971. O fator imediato precipitando os acontecimentos veio da França que nessa ocasião queria trocar então uma grande quantidade de dólares por ouro. Os Estados Unidos, que por umas e outras e entre elas a guerra do Vietnam, tinha diminuido  sua reserva de ouro de maneira preocupante já não se encontrava em condições de fazer isso sem maiores problemas.  Pagando  dólares em ouro como prometido iria levar inevitávelmente ao desaparecimento da sua agora reduzida reserva de ouro. O então presidente Nixon resolveu muito simplesmente declarar, sem maiores cerimônias, que dalí para diante  não se trocaria mais dólar por ouro.

Se tudo tivesse sido como mandava o figurino, o dólar teria voltado automaticamente a sua condição normal de ser uma moéda entre outras moédas e isso por volta de 1973. Em outras palavras, o sistema de Bretton Woods – o sistema do dólar como moéda mundial tendo seu pêso avaliado em ouro – teria morrido muito normalmente e isso no mais tardar pelos  meados dos anos setenta.

Mas o que aconteceu então construiu a monstruosidade na qual  vivemos hoje. Outros países com grande capacidade econômica como por ex. o Japão e a Alemanha possuiam grandes quantidades de dólares nos seus bancos e caso o sistema do dólar como moeda internacional se dissolvesse no etéreo, eles seriam as primeiras economias a serem desmoronadas por completo. Nessa situação então resolveram continuar a sustentar o dólar como moeda internaional e de reserva, mesmo sem nenhuma garantia em ouro. Isso para salvar o que salvar, se pudesse.

Na prática o que aconteceu  foi que através dos bancos da “Reserva Federal” – que nos Estados Unidos são organizações particulares ligados a Wall Street – o Japão e a Alemanha, agora já entre outros, começaram “a investir” em digamos assim notas promisórias, ou seja “papéis de valôr”. Sim, papéis – não ouro – que hoje em dia de valor não tem nem mesmo o cheiro, por mal dos nossos pecados diga-se então.  

Os mais diversos países davam aos bancos americanos seus próprios dólares, em troca de “Notas Promissórias.”  “Papéis de valôr”, notas promissórias,  porque significam uma promessa  de trocar  “êsses papéis de valor” por outros dólares, mas já em tempo futuro, tempo êsse determinado, ou não, a partir da data da “compra.”  Quem garante essa “recompra” do papel pelo dólar pode ser o próprio banco ou “o govêrno”, quando quem emite a promissória é o govêrno. Muitos e muitos outros bancos centrais seguiram o exemplo do Japão e da Alemanha e  tem hoje suas reservas “em papéis de valôr.”  Muitas dessas reservas “em papéis de valôr” chamados “investimentos” ficaram mais ou menos sem valor, ou tiveram seu valor fortemente questionado, quando o “bluffe” das “hipotécas” (que chamam de bôlhas)  se visualizou, ou na linguagem “das bôlhas” estourou nos finais de 2008.

As infelizes especulações financeiras nos quartéis da  Wall Street  tinham começado  a se manisfestar de forma cada vez mais especulativa e perversa culminando em  2008 quando o mundo inteiro se pôs a beira da catástrofe econômica por causa dessas especulações. A Wall Street tinha vendido cada vêz mais “papéis de valôr” para o mundo inteiro fazer “investimentos.”

Entre êsses, os “papéis de valor” que de valôr só tinham o bolôr, uma vêz que o que “garantia” êsses papéis eram hipotécas de casas que além de terem um preço irreal traziam consigo a surprêsa de que “ninguém” seria capaz de localizar entre essas um dos inúmeros papéis que pudesse ter uma chance teorética, mínima, de ser resgatado em dólares.

Para se resgatar “êsses papéis” em dólares no valor real da compra,  teria de ser   comprovado que aquêle era o  “papel da hipotéca da casa”  que estava como garantia de que êsses papéis valiam o que se dizia, quer dizer valiam o valor do empréstimo ou do investimento, o que já não seria possível. O que se podia comprovar é que em qualquer lugar do mundo com alguém, não se sabe quem, existia um papel que realmente correspondia a hipotéca real de um imóvel real, ou seja o papel real da hipotéca, não uma garantia de que uma hipotéca existia. Complicado? Melhor perguntar para os gênios da Wall Street.  Aqui viria em casos normais a falência,  mas dessa vêz decidiram resgatar o sistema roubando por assim dizer o dinheiro dos trabalhadores via impostos imorais conquanto ameaçando o resto do mundo a mão armada. E aí está a história de como o dólar em vez de morrer em paz  como moéda de reserva internacional, começou por volta de 1973 sua existência de zumbi, ou seja de morto-vivo.

Tudo indica que foi a partir dos meados dos anos setenta  ou seja mais ou menos alí por 1975 que começou a ficar claro para os estrategistas americanos de mais envergadura que a situação econômica seria insustentável a longo prazo, sendo como era sem “ouro” e sem base industrial ampla, uma vez que essa tinha sido delapidada no meio tempo. Se por premeditação ou se por coincidência  não sei, o que é certo é que a  alucinante construção militar deslanchou de vez. Os Estados Unidos, que como compreendemos não tem base econômica para ser nenhum poder mundial,  gasta agora, sózinho, mais que todos os outros países do mundo juntos. Gastam em que? Em princípio para sua indústria bélica, quer dizer para construção da sua capacidade de ataque militar, pois certamente que a isso não se poderá chamar de defesa.

Chegamos dessa maneira à  2010 – e nessa revisão a 2024 – onde testemunhamos a  total militarização do globo para o bem financeiro dos Estados Unidos e seus cúmplices.  Vivemos agora os abusos militares americanos sustentado por muitos dos seus irmãos em armas – na e da OTAN.  Muitos  dos países que se comprometeram nas transações financeiras da Wall Street pelo mundo afora estiveram morrendo e matando no Afghanistão, na Síria, na Ucrânia e agora, 2024, de novo no Oriente Médio, se bem que não se possa afirmar com certeza quem faz o que e porque. O que se pode ver e saber com certeza é quem é massacrado a sangue frio, sem dó nem piedade.

Em Bretton Woods também se estabeleceu a criação do FMI – Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial. Essas duas organizações econômicas foram construidas para satisfazer as necessidades financeiras dos Estados envolvidos na “hegemonia ocidental.”  Essas organizações, para se dizer o mínimo, em nada satisfazem as necessidades dos países ditos em desenvolvimento, do terceiro mundo,  ou qualquer outra caracterização do gênero.

Para ser mais realistas podemos acrescentar que essas organizações no caso do Brasil de uma maneira ou de outra sempre estiveram envolvidas em manter a nossa miséria conquanto adiantando o enriquecimento dos bancos da Wall Street, das multinacionais da hegemonia ocidental,  das indústrias petroleiras multinacionais e do govêrno americano de maneira geral. A nossa miséria corresponde a riqueza deles ,de maneira proporcional. Não é e nunca foi o caso de uma relação equilibrada e não existe e nunca existiu um interesse de acelerar nosso desenvolvimento para por exemplo nos colocar em condições de mercado para os produtos deles. É bom lembrar que agora êsses produtos cobiçados êles – e a maioria dos seus cúmplices –  já não os tem. Quem os tem e quem os vendem no mercado internacional é a China. Portanto, se se quizer fazer negócios equilibrados e de interesse mútuo é só olhar para o Oriente. Lá estão os que poderão ser nossos amigos e convidar condições de negócios mutualmente favoráveis. 

Os interesses econômicos americanos no Brasil sempre estiveram ligados a necessidade de manter uma grande miséria e ignorância generalizada. Se bem que as elites brasileiras sempre tiveram  o seu quinhão garantido a parte do leão sempre foi para os Estados Unidos e seus aliados.  O conjunto dos interesses americanos, o que também incluem as acima mencionadas  instituições financeiras, estiveram muito profundamente envolvidas na queda do Jango e nas consequências dessa queda e  isso nos leva direto aos compartimentos da CIA.

De lá podemos calmamente observar que as manipulações da realidade brasileira para proveito econômico dos Estados Unidos e seus aliados  é uma históra muito antiga. Como nos mostrou o filho do Jango,  (veja “O Brasil perdeu a guerra fria em 1964”  de João Vicente Goulart  na lista de referências)  em 1942 os norte americanos tinham onze centros de inteligência militar instalados no Brasil e como se isso fôsse pouco herdaram toda a rede nazista de espionagem no Brasil.  Êles não se abstiveram de manipular os acontecimentos que mudaram a história do Brasil em 1964. Como afirma João Vicente Goulart, a CIA por meio do IPES presidido pelo Sr. Golbery, o qual era assalariado da CIA,  enviava um informativo semanal para a maioria dos oficiais da ativa das forças armadas do Brasil promovendo um recrutamento ideológico e tentando destabilizar o govêrno de Jango Goulart. A pesquisadora Denise Assis mostrou  que no período levando a 1964 foram produzidos 200 filmes de propaganda pró-golpe sendo então um filme em cada três dias.

 Além de destabilizarem as forças armadas entre outras atividades também agiram através de patrocinar campanhas eleitorais  de muitos deputados e senadores que garantissem seus interesses, interesses êsses que no final das contas são sempre econômicos. Patrocinaram  também sem maiores retrições passeatas pelas ruas do Rio e São Paulo, que muitos de nós  ainda hoje se lembram como se tivesse sido ontem. Recrutaram colaboradores em todas as camadas da nossa sociedade  tudo para em última instância solidificar suas fortunas e nos manter na miséria e ignorância.

 Aqui já nem se precisa relembrar os torturadores nacionais com suas técnicas sofisticadas. Não quero difamar ninguém pois não sei com precisão onde foi que aprenderam a soltar ratos em celas pequenas ou a penetrar membros masculinos com alongados metais eletrificados. Pode ter sido que aprenderam isso em locais apropriados  mais ao norte do equador mas pode ser também que tenham descoberto as possibilidades por conta própria.

Com tôdos êsses aspectos relembrados volta se a atenção para o poder militar americano que como se afirmou no começo desse estudo é o outro fator que sustenta o poder americano, o primeiro sendo o dólar como sistema de moéda internacional, o hoje morto-vivo zumbi nos assombrando a própria morte.

 O poder militar  americano atual tem dois aspectos principais. O primeiro aspecto tem como suporte as armas convencionais e as nucleares e o segundo aspecto tem como suporte os interceptores de projéteis ou mísseis tipo Patriota,  que vimos em ação na guerra do Iraque.  Êsses interceptores de mísseis devem fazer o papel de goleiro num jôgo de futebol, não devem deixar passar nada. No caso dos interceptores os mísseis do inimigo devem ser agarrados antes de atingir o alvo.

Isso parece muito inocente. Todos nós deveriamos ter o direito de nos defender, principalmente contra mísseis convencionais ou nucleares chovendo sôbre nossas cabeças.  Parece bom naturalmente e ainda por cima tem a vantagem de que nem uma gota de sangue seja despejada,  pois o desastre é completamnete evitado nunca chegando a se materializar.

Isso me faz lembrar de uma história que andou por aqui. Uns políticos nos seus comícios afirmavam apaixonadamente que no reino dêles ninguém, ouça bem, ninguém precisaria de abaixar a cabeça quando viessem ter a êles para apresentar suas queixas e opiniões. Ótimo pensaram todos. E foi verdade, nenhum dos queixantes precisou abaixar sua cabeça pois já tinham sido decapitados. É é isso aí o que as vêzes se esquecem de esclarecer.

No caso do sistema de interceptores de mísseis que estão impondo ao mundo, o que  esquecem de esclarecer é que nem uma única nação teria uma real capacidade de se defender se os Estados Unidos decidisse  atacá-la. Se os Estados Unidos atacasse  conquanto se defendendo a si e a seus aliados com o seu sistema de interceptores de mísseis o país atacado  estaria completamente incapaz de se defender. Iriam bombardeá-lo até se fartarem, o que a experiência já nos mostrou iria demorar muito tempo. Pedra não estaria sobre pedra quando começassem a mostrar sinais de satisfação. Infelizmente a experiência também já nos ensinou quão sanguinária as devastações inhumanas que são capazes de materializar podem ser. Na prática o sistema de interceptores nas mãos de comprovados agressores para fins econômicos pessoais representa uma nova forma de ditadura econômica-militar em formato global. E essa é a realidade em que vivemos hoje e que precisa ser revertida.

Simplificando: 

DIVERSIFICAR AS RELAÇÕES MILITARES E ECONÔMICAS PARA PODER SOBREVIVER

 REFERÊNCIAS NOTAS E LITERATURA RELEVANTE

Dólar e Economia: em www.engdahl.oilgeopolitics.net

(Dólar e Economia – aproximadamente 1) O sistema do Dólar e a Realidade Econômica Americana depois da guerra do Iraque – 2) Porque a Bôlsa de Valores do Irã não conseguiria quebrar o dólar – 3) O tsunami financeiro- Parte I:As dívidas derivadas das hipotécas abaixo do ideal financeiro; Parte II- As Bases Econômicas do Século Americano).

1) William Engdahl, “The Dollar System and US economic reality post-Iraq War

2) William Engdahl, “Why Iran´s Oil Bourse can´t break the Buck

3)William Engdahl  “The Financial Tsunami: Sub-Prime Mortgage Debt is but the Tip of the Iceberg – Part I; Part II:- The financial foundations of the American Century.

Governos e Organizações: – Consequências práticas: Veja em www.patrialatina.com.br  Beto Almeida:Energia Nuclear e Dependência Tecnológica  e em www.globalresearch.ca  –  Autor: Andrew Gavin Marshall (aproximadamente A Nova Ordem Mundial, Falsário no Gôlfo – O Irã e o Playground Imperial.  Parte II do “essay” do mesmo autor: “Playground” Imperial: A História Recente do Irã).  

1) The New World Order, Forged in the Gulf – Iran and America´s Imperial Playground. This article is Part 2 of  the author´s essay: Imperial Playground: The Story of Iran in Recent History.

João Vicente Goulart, “O Brasil perdeu a Guerra fria em 1964” em www.patrialatina.com.br

 Terroristas e Grupos Extremistas Armados Trabalhando para Governos ou Oficiais de Govêrno “Não” Patrocinadores de Terroriamo: (leia-se EUA e CIA?) veja Andrew Gavin Marshall no “essay” “A História Recente do Irã” – The Story of Iran in Recent History”- Parte III- Marchando para o leste do Iraque- ao Irã…em www.globalresearch.ca  “Imperial Playground:Marching East of Iraq. The Story of Iran in Recent History. Parte III.

Jornalistas Assassinados em Honduras. Notícias- Prensa Latina, Opera Mundi – Diretor de TV é morto com tiro na cabeça em Honduras.

Pesadêlo: O Pentágono, A CIA e a América Latina –  Veja:

1) Manuel Freytas –Pravda.ru – em www.patrialatina.com.br  “Império e o Sub-Império

2)  Wes Enzinna, Benjamin Dangl. Jornalista e Editor em www.UpsideDownWorld.org  O artigo “Estão os Americanos recomeçando    as guerras sujas na América Latina?”  está em www.voltaire.org  no original. – “Is the US Restarting Dirty Wars in Latin America?”

3) Rick Rozoff – STOP NATO –  “Os Estados Unidos Mergulham a América Central de Novo na Era dos Golpes e Esquadrões da Morte.”

“US Plunges Central America Back To Era of Coups and Death Squads”  em www.globalresearch.ca

DIVERSIFICAR ENQUANTO É TEMPO: RT- Russian Television – CROSS TALK: BRIC- The Foundation of a New Economic Order em http://rt.com  e em www.engdahl.oilgeopolitics.net   “CROSS TALK” – BRIC – “AS BASES DE UMA NOVA ORDEM MUNDIAL.”

BRICS:-BRASIL RUSSIA ÍNDIA CHINA ÁFRICA DO SUL +

SCO: SHANGAI COOPERATION ORGANISATION  

ALBA

BANCO DO SUL

MERCOSUL

Então Hillary – Quem são os terroristas? Quais serão as sanções que pedirá à ONU?

Por Anna Malm

O ataque de Israel ao barco com ajuda humanitária para Gaza é uma das maiores covardias entre as inúmeras perpretadas por Israel contra o povo palestino. O mundo inteiro se revoltou – o choque foi geral assim como a devida linguagem e demonstrações de ira e indignação. Imediatamente se convocou uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a operação militar israelense.  A  representante do Brasil junto à ONU apoiou o efetuar dessa reunião extraordinária na tomada de posição do govêrno brasileiro. [1]

O que em linguagem diplomática se denomina como operação militar, o ataque, em linguagem e avaliações da pessoa comum não pode ser considerado senão como um ato de terrorismo, ato esse como tantos outros perpetrados por Israel. Foi um ato terrorístico de pirataria e assassinato, mas é necessário dizer que nêsse caso até mesmo piratas agem com maior discernimento do que o demonstrado por Israel.

Para mim além disso existem alguns aspectos para os quais não encontro resposta apropriada. Na minha opinião só crianças, bêbados ou loucos, iriam ter a idèia de ir descendo um a um, caindo do céu no meio da noite perante uma multidão que de esperar-se não os receberia com gratidão e carinho. Como explicar militares israelenses descendo um a um no meio da noite da maneira como fizeram?

Como todo o mundo a essas alturas deve estar consicente, Israel tem um serviço de inteligência que no mínimo deveria compreender que lá embaixo estariam centenas de homens que com todas as razões do mundo os detestariam e ainda resolveram ir caindo um por um, devagarinho com o resultado de dezenove mortos. Não teriam eles capacidade de planejar melhor? A mim isso me cheira uso de infiltração militar, agindo agressivamente dentro de uma multidão, em sua grande maioria passiva,  para justificar o uso de força, o que no caso resultou em dezenove mortos. Muitas coisas esquisitas a serem explicadas.

Coisas a serem explicadas. De certeza. O Brasil em sua tomada de posição oficial considera que [em linguagem diplomática] -o incidente deve ser objeto de investigação independente. Também há uma exigência internacional para um inquérito independente à respeito do ataque militar a um barco civil de ajuda humanitária – exigência essa sustentada pela China, Rússia e França. No entanto,  essa exigência internacional para um inquérito independente parece estar a ser contestada por vozes israelenses e americanas, argumentando que Israel tem capacidade de conduzir seu próprio inquérito a respeito, e é de entender-se que a comunidade internacional deveria se satisfazer contanto. É o criminoso a fazer papel de juiz, advogado e procurador ao mesmo tempo.

Na acima mencionada reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU, apesar das muitas vozes oficiais, como por exemplo da Turquia, exigindo uma tomada de posição concreta, muito claramente especificadas num texto claro e conciso, onde se exigia uma total abertura das fronteiras do setor de Gaza, o que no final de treze horas de argumentação o que se conseguiu foi um texto declaratório muito aguado que por causa de sua ambiguidade pode ser entendido de muitas formas conforme quem o observe.

Portanto, e por favor preste muita atenção e mantenha só isso em mente quando tudo o mais se dissipar e misturar.  Na conclusão desse estudo, depois de se analisar e estudar a situação de todos os ângulos possíveis e imagináveis chegou-se a compreensão de que no fundo só há uma saída realista – a curto prazo – para a situação miserável em que nos encontramos hoje.

É de importância capital conseguir-se uma mudança do sistema de veto usado no Conselho de Segurança da ONU. Sem essa mudança nunca se conseguirá pôr fim aos atos terrorísticos de Israel ou aos avanços criminosos dos Estados Unidos, avanços criminosos esses destinados a conseguir seus objetivos econômicos e nada mais.     

É de qualquer maneira uma estrutura que já fez o que tinha que fazer. A estrutura do Conselho de Segurança da ONU foi apropriada no tempo do após guerra – a partir de  1945.  Hoje essa estrutura é obsoleta e errada não correspondendo em nada a realidade atual, sendo boa para permitir guerras macabras e injustificáveis para bem de poucos e miséria de muitos, assim como para impedir que a comunidade internacional possa atuar convenientemente contra estados criminosos.

Que o que aconteceu com a “Frota da Liberdade” nos ensine pelo menos essa lição. O Conselho de Segurança da ONU tem que ser reformado e isso é mais é já. Ao meio tempo pode se ir tomando uma ou outra atitude, mas é a própria estrutura de trabalho internacional que tem que ser reajustada para acomodar a realidade atual.

Tendo se isso bem claro então gostaria de apresentar alguns fatores que me pareceram de interêsse nos noticiários internacionais depois dos acontecimentos de ontem e hoje.

Não se pode deixar de concordar que a União Européia –UE, como se apresenta hoje é uma estrutura imperialística. [2]

No entanto, gostaria de destacar que quase tanto quando o primeiro ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, exigindo a abertura incondicional das fronteiras do setor de Gaza,  Catherine Ashton – a representante da União Européia para assuntos exteriores e de segurança,  se põe clara e também incondicionalmente à frente dessa exigência a partir da estrutura da União Européia.

É uma força a se contar com, se se tem intenção de conseguir um alívio imediato do drama dos palestinos em Gaza, porque como vimos, a ONU, por melhores intenções que tenha, está de pés e mãos atados por causa do poder do veto dos Estados Unidos, o que tenhamos certeza é um problema que não se resolverá amanhã. A mim me parece que a União Européia, através do seu ministério das relações exteriores está em posição de agir no aqui e agora, fazendo a pressão necessária para a abertura e para o levantamento do bloqueio desumano de Gaza. Apoiemos esse esforço se bem que possamos manter nossa atitude crítica quanto a estrutura imperialística do conjunto europeu.

Que se levante o cêrco de Gaza e se considere Hamas dentro de um contexto de relações a serem respeitadas. Deve se considerar também em que extento se tem direito de se tratar essa organização como terrorista.

Nas eleições oficiais de 2006,  Hamas, como partido político, ganhou as eleições de maneira incontestável, ganhando a maioria das posições parlamentares numa eleição considerada pelos representantes europeus como justa e democrática. Ainda me lembro de Bush na televisão dando as congratulações aos palestinos pela grande vitória democrática conseguida através das eleições, que nas palavras dele mesmo, foram um exemplo de ação democrática a se admirar. Não se passaram mais de dois ou três dias e lá aparece Bush tentando reverter o que tinha tão espontaneamente dito. Para mim ficou claro que esteve conversando com um ou outro representante israelense. A partir dai tudo mudou.  Aqui não se conversa com terroristas e dai para adiante.  E o que foi que  se seguiu  a tudo isso?

O cerco de Gaza e todos os outros atos criminosos culminando com com o massacre que deixou mais que 1400 mortos em Gaza, na sua maioria mulheres e crianças contra 14 soldados israelenses mortos.

A minha revolta não foi pouca quando ontem, depois do ataque a comitiva de ajuda para Gaza tive que ouvir na televisão, explicado por representantes israelenses,  que eram a única democracia na região, e portanto que se lhes desse o devido respeito. Só me faltou chorar de raiva.

Pergunte-se: qual é a diferença entre terroristas e movimentos de resistência armada a uma ocupação militar ilegal? Porque é que os ocupantes poderão ver mulheres e crianças como alvo legítimo sem correr o risco de serem criticados, sendo muito pelo contrário apoiados, não só com palavras, mas com tantos milhões e bilhões de dólares que nem sei como contá-los.

Afirmo, sem deixar margens para dúvidas, que sou completamente contra a matar inocentes para fins políticos ou outros, como por exemplo guerras ilegítimas para ganhos econômicos, quando não se tem capacidade de planejamento econômico que chegue para tanto.

 No entanto,  que justiça se faça no assunto e que se chame cada coisa pelo seu nome apropriado… Terrorista é terrorista e massacre é massacre. Mas é necessário saber quem é quem aqui  e  também o porque.  Quem está sendo massacrado? Onde está a democracia? Quem são os de-facto terroristas?  

O sistema de defesa contra mísseis chamado “Iron Dome” desenvolvido por Israel, teve o custo de $200 000 000 para os pagadores de impostos americanos. Isso acima dos $3.000.000.000 de ajuda militar anual  forneciada a Israel com o dinheiro dos impostos americanos, muito deles tirados dos trabalhadores sem que a eles próprios se lhes ofereçam condições sociais satisfatórias. [3]

De acôrdo com noticiários da BBC durante um período de aproximadamente quatro anos Hezbollah atacou Israel com 4 000 mísseis enquanto ativistas palestinianos com mais alguns mil. O que a BBC esqueceu de apresentar foi que no mesmo período Israel bombardeou os mesmos 12 000 vezes. Juntando se a isso 2 500 de “shells”  (granadas -?) e  quatro milhões e meio das chamadas “cluster bombs” que são bombas em cacho, cada bomba dividindo-se em muitos componentes.

Nos últimos sete anos tivemos 14 [?- confira se] israelenses mortos para 5 000 palestinianos de acôrdo com “Jane´s Defence Weekly.”

Então, quem são os terroristas e que sanções que se lhes caberá?

Termino êsse estudo citando Emir Sader que tão bem compreendeu a situação aqui. [4] :-

– “Quem representa perigo para a paz mundial? O Irã ou Israel? Quem perpetra massacres após massacres contra a indefesa população palestina? Quem impede que a decisão da ONU seja colocada em prática senão Israel e USA, bloqueando a única via de solução política e pacífica para a região?”

Então Hillary – Quem são os terroristas? Quais serão as sanções que pedirá à ONU?

Referências:

[1]   “Brasil convoca embaixador de Israel após ataque a navios “  em www.patrialatina.com.br

[2]   “Conselho Mundial da Paz condena agressão de Israel”  – Secretariado do Conselho Mundial da Paz.  em www.patrialatina.com.br

[3]   “James Gundun, political scientist and counter insurgency analyst. Trench – a foreign policy blog    em www.hadalzone.blogspot.com

[4]   Emir Sader,  “Israel: novo massacre humanitário.”  em www.patrialatina.com.br

TODOS OS TEXTOS DA LISTA -AGORA TAMBÉM APRESENTADA ABAIXO- CONTINUARÃO A SEREM INSERIDOS AQUI.

ARTIGOS POLITICOS

TRADUÇÕES DA ANNA PARA GLOBAL RESEARCH / MONDIALISATION

FAVOR OBSERVAR QUE TODOS OS ARTIGOS AQUI APRESENTADOS NÃO SÃO DE CARÁCTER TRANSITÓRIO COMO NOTÍCIAS “DO DIA OU DE ÚLTIMA HORA”. OS TEXTOS AQUI APRESENTADOS SÃO DE CARÁCTER MAIS ANALÍTICO E DURADOURO. OS PROBLEMAS LEVANTADOS FORAM RELEVANTES ONTEM, CONTINUAM RELAVANTES HOJE E MUITO PROVAVELMENTE TAMBÉM CONTINUARÃO RELEVANTES PARA UM FUTURO NÃO MUITO LONGÍNQUO. OS PERSONAGENS E OS FATOS PODEM IR MUDANDO COM O TEMPO, MAS AS ESTRUTURAS SUSTENTANDO OS ACONTECIMENTOS PERMANECEM DE MANEIRA GERAL BEM ESTÁVEIS SENDO COMO SÃO ESTRUTURAS DE LONGA DURAÇÃO.

NUMA RETROSPECTIVA RELEVANTE:

A Profecia Maya para 2012: O Orwélico ”Fim do Mundo” É um Apocalípse “Made in América”As Guerras Globais e as Crises Econômicas São Feitas pelo HomemBy Prof Michel Chossudovsky, February 23, 2013 [https://www.globalresearch.ca/a-profecia-maya-para-2012-o-orwelico-fim-do-mundo-e-um-apocalipse-made-in-america/5324088]

Terrorismo com face humana: a história dos Esquadrões da Morte dos Estados UnidosBy Prof Michel Chossudovsky, February 27, 2013 [https://www.globalresearch.ca/terrorismo-com-face-humana-a-historia-dos-esquadroes-da-morte-dos-estados-unidos/5324284]

Em direção a uma estrutura de guerra global?By Prof Michel Chossudovsky, March 18, 2013 [https://www.globalresearch.ca/em-direcao-a-uma-estrutura-de-guerra-global/5327238]

”O Papa de Washington”? Quem é o Papa Francis I? Cardinal Mario Bergoglio e a “Guerra Suja” da Argentina.By Prof Michel Chossudovsky, March 21, 2013 [https://www.globalresearch.ca/o-papa-de-washington-quem-e-o-papa-francis-i-cardinal-mario-bergoglio-e-a-guerra-suja-da-argentina/5327945]

Encruzilhadas Perigosas: A ameaça de uma guerra nuclear preventiva dirigida contra o IrãBy Prof Michel Chossudovsky, March 28, 2013 [https://www.globalresearch.ca/encruzilhadas-perigosas-a-ameaca-de-uma-guerra-nuclear-preventiva-dirigida-contra-o-ira/5328869]

O confisco de poupanças bancárias para “salvar os bancos”: A proposta de “salvamento” diabólicaBy Prof Michel Chossudovsky, April 07, 2013

Durante as preparações para a Copa do Mundo no Brasil, as manifestações pacíficas estão sendo violentamente reprimidas pela políciaBy Dr. Micheline Ladouceur, June 25, 2013 [https://www.globalresearch.ca/durante-as-preparacoes-para-a-copa-do-mundo-no-brasil-as-manifestacoes-pacificas-estao-sendo-violentamente-reprimidas-pela-policia/5340356]

A inauguração do Estado Policial – EUA : A caminho de uma ditadura democrática?By Prof Michel Chossudovsky, July 12, 2013 [https://www.globalresearch.ca/a-inauguracao-do-estado-policial-eua-a-caminho-de-uma-ditadura-democratica/5342581]

“A guerra do Afeganistão vale a luta”: Afeganistão e suas vastas reservas minerais e de gás naturalAfeganistão é uma guerra para lucros financeiros sendo uma guerra para recursos naturaisBy Prof Michel Chossudovsky, December 16, 2013 [https://www.globalresearch.ca/a-guerra-do-afeganistao-vale-a-luta-afeganistao-e-suas-vastas-reservas-minerais-e-de-gas-natural/5361744]

Israel: Gás, Petróleo e Problemas no LevanteBy Felicity Arbuthnot, January 07, 2014

[https://www.globalresearch.ca/israel-gas-petroleo-e-problemas-no-levante/5364106]

Geneve II – Ministro das Relações Exteriores da SíriaBy Global Research News, January 27, 2014 [https://www.globalresearch.ca/geneve-ii-ministro-das-relacoes-exteriores-da-siria/5366190]

Kerry v. Lavrov in MunichBy Stephen Lendman, February 06, 2014 [https://www.globalresearch.ca/kerry-v-lavrov-in-munich/5367626]

A Missão “Sistema País em Movimento”By Manlio Dinucci, February 09, 2014

[https://www.globalresearch.ca/a-missao-sistema-pais-em-movimento/5367842]

Sochi : Os cinco círculos de geloBy Manlio Dinucci, February 13, 2014

[https://www.globalresearch.ca/sochi-os-cinco-circulos-de-gelo/5368708]

A divulgação de uma chamada telefônica a respeito da Ukraina revela o banditismo de WashingtonBy Bill Van Auken, February 16, 2014 [https://www.globalresearch.ca/a-divulgacao-de-uma-chamada-telefonica-a-respeito-da-ukraina-revela-o-banditismo-de-washington/5369106]

Obama planeja intervenção contra a SíriaBy Stephen Lendman, February 23, 2014 [https://www.globalresearch.ca/obama-planeja-intervencao-contra-a-siria/5370259]

Suicídios de dirigentes bancários, fraudes e manipulações financeiras: o conselheiro de JPMorgan Chase Tony Blair não está envolvidoBy Prof Michel Chossudovsky, February 23, 2014 [https://www.globalresearch.ca/suicidios-de-dirigentes-bancarios-fraudes-e-manipulacoes-financeiras-o-conselheiro-de-jpmorgan-chase-tony-blair-nao-esta-envolvido/5370266]

Ucrânia : A Conexão Clinton-PinchukBy Manlio Dinucci, February 25, 2014 [https://www.globalresearch.ca/ukraina-a-conexao-clinton-pinchuk/5370680]

Como a OTAN cavou na UcrâniaBy Manlio Dinucci, February 27, 2014 [https://www.globalresearch.ca/como-a-otan-cavou-na-ukraina/5371173]

O emergir de mobilizações relâmpagos e anti-governamentais: Primeiro a Ukraina, Agora a VenezuelaBy Mahdi Darius Nazemroaya, February 28, 2014 [https://www.globalresearch.ca/o-emergir-de-mobilizacoes-relampagos-e-anti-governamentais-primeiro-a-ukraina-agora-a-venezuela/5371411]

A nova estratégia de guerra da OTAN : Os ministros da defesa reunidos em BruxelasBy Manlio Dinucci, March 03, 2014 [ https://www.globalresearch.ca/a-nova-estrategia-de-guerra-da-otan-os-ministros-da-defesa-reunidos-em-bruxelas/5371682%5D

EUA Instalou um Governo Neo-Nazi na UkrainaBy Prof Michel Chossudovsky, March 06, 2014 [https://www.globalresearch.ca/eua-instalou-um-governo-neo-nazi-na-ukraina/5372156]

A guerra pelo controle da Ucrânia: Porque essa é uma estratégia de tensãoBy Manlio Dinucci, March 06, 2014 [https://www.globalresearch.ca/a-guerra-pela-controle-da-ukraina-porque-essa-e-uma-estrategia-de-tensao/5372161]

Ucrânia: As armas econômicasBy Manlio Dinucci, March 17, 2014 [https://www.globalresearch.ca/ukraina-as-armas-economicas/5373784]

Ucrânia : A autópsia de um golpe de estadoBy Ahmed Bensaada, March 25, 2014 [https://www.globalresearch.ca/ucrania-a-autopsia-de-um-golpe-de-estado/5374931]

O «escudo» para a nova guerra friaBy Manlio Dinucci, March 27, 2014 [https://www.globalresearch.ca/o-escudo-para-a-nova-guerra-fria/5375578]

A aliança atlântica : a verdadeira agenda de ObamaBy Manlio Dinucci and Tommaso Di Francesco, March 31, [https://www.globalresearch.ca/a-alianca-atlantica-a-verdadeira-agenda-de-obama/5376027]

Guerra de informação – o que será isso?By Mahdi Darius Nazemroaya, April 17, 2014 [https://www.globalresearch.ca/guerra-de-informacao-o-que-sera-isso/5378217]

A despesa militar volta ao nível do tempo da guerra friaA arte da guerraBy Manlio Dinucci, April 20, 2014 [https://www.globalresearch.ca/a-despesa-militar-volta-ao-nivel-do-tempo-da-guerra-fria/5380136]

Estratégia de Guerra Fria dos Estados Unidos: Da Ucrânia a FilipinaA arte da guerraBy Manlio Dinucci, May 02, 2014 [https://www.globalresearch.ca/estrategia-de-guerra-fria-dos-estados-unidos-da-ucrania-a-filipina/5380141]

Como criminosos Néo-Nazis apoiados pelo regime em Quieve mataram habitantes de Odessa. Evidência FotográficaBy Global Research News, May 08, 2014 [https://www.globalresearch.ca/como-criminosos-neo-nazis-apoiados-pelo-regime-em-quieve-mataram-habitantes-de-odessa-evidencia-fotografica/5381263]

As Forças Especiais GlobalizadasA arte da guerraBy Manlio Dinucci, May 20, 2014 [https://www.globalresearch.ca/as-forcas-especiais-globalizadas/5382934]

Acordo estratégico Moscou-Pequim: uma contraofensiva da frente orientalBy Manlio Dinucci, May 22, 2014 [https://www.globalresearch.ca/acordo-estrategico-moscou-pequim-uma-contraofensiva-da-frente-oriental/5383252]

A OTAN joga a UE numa nova guerra friaBy Manlio Dinucci, May 28, 2014 [https://www.globalresearch.ca/a-otan-joga-a-ue-numa-nova-guerra-fria/5384300]

As presidenciais da Síria : votar ou morrer frente aos ”canhões do inferno” ?By Mouna Alno-Nakhal, June 04, 2014 [https://www.globalresearch.ca/as-presidenciais-da-siria-votar-ou-morrer-frente-aos-canhoes-do-inferno/5385568]

Você está preparado para a guerra nuclear?By Dr. Paul Craig Roberts, June 08, 2014 [ https://www.globalresearch.ca/voce-esta-preparado-para-a-guerra-nuclear/5386176%5D

Afeganistão: o que a ministra italiana dos negócios estrangeiros Federica Mogherini não dizBy Manlio Dinucci, June 16, 2014 [ https://www.globalresearch.ca/afeganistao-o-que-a-ministra-italiana-dos-negocios-estrangeiros-federica-mogherini-nao-diz/5387157%5D

Os que sabotaram o gasoduto South StreamBy Manlio Dinucci and Tommaso Di Francesco, June 18, 2014 [https://www.globalresearch.ca/os-que-sabotaram-o-gasoduto-south-stream/5387362]

A balcanização do IraqueBy Manlio Dinucci, June 23, 2014 [https://www.globalresearch.ca/a-balcanizacao-do-iraque/5388248]

O livro negro da guerraBy Manlio Dinucci, June 29, 2014 [https://www.globalresearch.ca/o-livro-negro-da-guerra/5389002]

Crescimento econômico negativo: Uma nova recessão e um novo mundo sem a arrogância de Washington?By Dr. Paul Craig Roberts, June 29, 2014 [https://www.globalresearch.ca/crescimento-economico-negativo-uma-nova-recessao-e-um-novo-mundo-sem-a-arrogancia-de-washington/5389070]

Síria : A política do (des)armamentoBy Manlio Dinucci, July 02, 2014 [https://www.globalresearch.ca/siria-a-politica-do-desarmamento/5389546]

Quem é o responsável pelas catástrofes no Oriente Médio?By Bill Van Auken, July 04, 2014 [ https://www.globalresearch.ca/quem-e-o-responsavel-pelas-catastrofes-no-oriente-medio/5389937%5D

O Estado Islâmico, o “Projeto do Califado” e a “Guerra Global ao TerrorismoBy Prof Michel Chossudovsky, July 04, 2014 [https://www.globalresearch.ca/o-estado-islamico-o-projeto-do-califado-e-a-guerra-global-ao-terrorismo/5389947]

Discursos da guerra e dualidade de pensamento. O exemplo da Síria.By Jean-Claude Paye and Tülay Umay, July 12, 2014 [ https://www.globalresearch.ca/discursos-da-guerra-e-dualidade-de-pensamento-o-exemplo-da-siria/5390708%5D

A arrogância de Washington irá destruir seu impérioBy Dr. Paul Craig Roberts, July 24, 2014 [https://www.globalresearch.ca/a-arrogancia-de-washington-ira-destruir-seu-imperio/5392967]

Gaza, com o gás na miraBy Manlio Dinucci, July 24, 2014 [https://www.globalresearch.ca/gasa-com-o-gas-na-mira/5392990]

“Vingança Justificada”, O Pretexto para Bombardear Gaza: Esteve o Governo de Netanyahu por detrás dos Assassinatos dos Três Jovens Israelenses?By Prof Michel Chossudovsky, July 25, 2014 [https://www.globalresearch.ca/vinganca-justificada-o-pretexto-para-bombardear-gaza-esteve-o-governo-de-netanyahu-por-detras-dos-assassinatos-dos-tres-jovens-israelenses/5393239]

Washington Configurou 2015 Para Ser Um Ano de Conflito; Esse Conflito Poderá Ser Intenso.By Dr. Paul Craig Roberts, January 02, 2015 [https://www.globalresearch.ca/washington-configurou-2015-para-ser-um-ano-de-conflito-esse-conflito-podera-ser-intenso/5422572]

A arma geopolítica do petróleoBy Manlio Dinucci, January 16, 2015 [https://www.globalresearch.ca/a-arma-geopolitica-do-petroleo-2/5431621]

CIA na América Latina: dos golpes a tortura e assassinatos preventivosBy Nil Nikandrov, February 16, 2015 [https://www.globalresearch.ca/cia-na-america-latina-dos-golpes-a-tortura-e-assassinatos-preventivos/5431510]

Guerra econômica e suas sanções (primeira parte)By Valentin Katasonov, February 16, 2015 [https://www.globalresearch.ca/guerra-economica-e-suas-sancoes-primeira-parte/5431615]

Guerra econômica e suas sanções (segunda parte)By Valentin Katasonov, February 16, 2015 [https://www.globalresearch.ca/guerra-economica-e-suas-sancoes-segunda-parte/5431635]

EUA e Colômbia vs Venezuela: conspiração, trama e complotBy Nil Nikandrov, September 11, 2015 [https://www.globalresearch.ca/eua-e-colombia-vs-venezuela-conspiracao-trama-e-complot/5475526]

Democracia OTAN na UcrâniaBy Manlio Dinucci, September 24, 2015 [https://www.globalresearch.ca/democracia-otan-na-ucrania/5477803]

Guatemala: Revolução, Golpe, Mudanças e Reviravoltas na América LatinaBy Nil Nikandrov, September 24, 2015 [https://www.globalresearch.ca/guatemala-revolucao-golpe-mudancas-e-reviravoltas-na-america-latina/5477807]

EUA e Colômbia vs Venezuela: conspiração, trama e complotBy Nil Nikandrov, September 24, 2015 [https://www.globalresearch.ca/eua-e-colombia-vs-venezuela-conspiracao-trama-e-complot-2/5477815]

O Ministério da Defesa da Rússia apresentou ao público o novo quadro dos ataques que a aviação russa fez nas posições do Estado Islâmico, “ES”By Fondsk, October 07, 2015 [https://www.globalresearch.ca/o-ministerio-da-defesa-da-russia-apresentou-ao-publico-o-novo-quadro-dos-ataques-que-a-aviacao-russa-fez-nas-posicoes-do-estado-islamico-es/5480458]

Obama acusa a Rússia de perseguir os “ Bons Terroristas ” dos EUABy Prof Michel Chossudovsky, October 10, 2015 [https://www.globalresearch.ca/obama-acusa-a-russia-de-perseguir-os-bons-terroristas-dos-eua/5481310]

Eles estão fugindo da Europa e dos Estados Unidos: Ponha ponto final a esses milhões de imigrantes!By Mondialisation.ca, October 13, 2015 [https://www.globalresearch.ca/eles-estao-fugindo-da-europa-e-dos-estados-unidos-ponha-ponto-final-a-esses-milhoes-de-imigrantes/5481600]

EUA na Síria: Ponha um Ponto Final para o “Bombeiro-Incendiário”, “Abertmente Armando, Financiando e Treinando Terroristas”By Tony Cartalucci, November 09, 2015 [https://www.globalresearch.ca/eua-na-siria-ponha-um-ponto-final-para-o-bombeiro-incendiario-abertmente-armando-financiando-e-treinando-terroristas/5487614]

Terrorismo de Estado: estilo franco-americanoBy Prof Michel Chossudovsky and Bonnie Faulkner, December 04, 2015 [https://www.globalresearch.ca/terrorismo-de-estado-estilo-franco-americano/5493567]

“Revolução Colorida” no Brasil. Quem tem medo da Dilma?By Dr. Micheline Ladouceur, March 24, 2016 [https://www.globalresearch.ca/revolucao-colorida-no-brasil-quem-tem-medo-da-dilma/5516418]